Publicado em 22/11/2023, às 15h47 por João Vitor Marliére, Estagiário | Filho de Greice e Marcelo
Rayelle Keller, mãe de um dos alunos da Escola Municipal Doutor Adhemar Rezende de Andrade, em Juiz de Fora, Minas Gerais, afirmou que seu filho sofreu um ato de injúria racial da professora, que teria prendido o cabelo ‘Black Power’ da criança de 8 anos.
A mãe afirmou que além do ato de prender o cabelo, a professora teria ofendido seu filhoainda dentro da sala de aula. "Ele falou que a professora chamou o cabelo dele de feio na sala de aula. Na hora do recreio, falou com ele numa ignorância danada: 'Senta aí agora!'. Pegou uma buchinha dela, nem é dele, ele não tem buchinha, e prendeu com força. Ele falou que até doeu", disse ela ao G1.
Diante dessa situação, o garoto chegou a dizer para a mãe que se sentiu nervoso por ter tido o cabelo preso. “Fiquei triste, fiquei nervoso. Quer prender meu cabelo e eu não gosto”, falou.
A professora do ensino fundamental teria dito ainda, que "não aguentava olhar" para o cabelo do menino.
Segundo informações divulgadas pelo G1, a Secretaria de Educação da cidade disse estar investigando o caso, que foi registrado pela família na Polícia Militar. Além disso, também afirmou que repudia qualquer tipo de ação que remeta a discriminação ou racismo.
O racismo pode chegar de diferentes maneiras e com diferentes intensidades. Ele pode vir por meio de elogios, observações e críticas. E o cabelo crespo, que é uma marca para a identidade e cultura negra, é um grande alvo desses comentários racistas.
“Na nossa sociedade só é possível identificar esse racismo quando começamos a estudar, a desconstruir os padrões racistas. Do contrário, não é possível identificar, porque fomos ensinados e treinados a naturalizar o racismo”, explica Paula Batista, jornalista e madrasta de Iara Flor e Sofia Lua.
Algumas vezes, esse preconceito vem de forma velada – ou seja, ofensas feitas aos negros de maneiras indiretas. E foi isso o que aconteceu em uma publicação feita no perfil da Pais&Filhos no Instagram, em que uma foto de uma criança negra de black power, foi alvo de comentários racistas.
Por isso resolvemos fazer esta reportagem. E reforçamos: a bandeira antirracista que a Pais&Filhos vem levantando não é algo pontual – estamos comprometidos com essa causa.
Dentre os comentários feitos na publicação, a maioria demonstrava racismo de forma velada ao criticar o cabelo crespo do menino, o que, para Humberto Baltar, pai de Apolo, educador infantil e criador do Instagram @paispretos, é um belo exemplo de como esses dois assuntos se entrelaçam.
“Especialmente na questão da representatividade. Durante muitos anos, foram poucos os personagens infantis pretos com cabelo grande e crespo. Alguns desenhos tinham personagens pretos, mas com o cabelo liso, ondulado ou que usavam turbantes. Qual é a dificuldade em ter personagens pretos com cabelo crespo, black power, afro puff ou trançado?”, ele levanta a questão.
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