Família

Mãe comemora chegada do primeiro filho após vencer dois cânceres de mama aos 30 anos

Linda também ministra palestras corporativas - Arquivo pessoal
Arquivo pessoal

Publicado em 19/10/2022, às 14h57 - Atualizado às 15h02 por Marcela Guimarães, filha de Rita de Cássia e Sérgio


Paulistana, Linda Rojas é um dos maiores exemplos atuais de superação no combate ao câncer de mama na internet. Após ter recebido dois diagnósticos da doença antes dos 30 anos, possui motivos e histórias para celebrar a vida. Ela conseguiu realizar um de seus maiores sonhos: ser mãe. Hoje, seu filho, Martin, está perto de celebrar o primeiro aniversário e ela resolveu transformar sua trajetória em uma referência como superação, abordando o tema do câncer de mama e a prevenção.

Linda também ministra palestras corporativas (Foto: Arquivo pessoal)

História de vida

Linda recebeu o primeiro diagnóstico de câncer de mama no ano de 2012, quando tinha 24 anos. Naquela época, namorava o empresário carioca Caio Barreto, que hoje é seu marido e pai de seu único filho. O apoio do parceiro – assim como o de sua família – foi uma de suas maiores motivações na época.

“As pessoas que eu tinha aqui foram imensas. Elas me preencheram e me deram muita força. Apesar de tudo, eu as amo tanto que eu também procurei ficar bem para poder prestar o suporte que eu estava acostumada a dar, especialmente para a minha mãe, pois eu sempre fui um grande alicerce pra minha família e especialmente para ela. Tudo isso foi uma grande pressão, mas também um estímulo para eu continuar bem”, conta.

“O câncer de mama geralmente vem na mulher, mas todo mundo passa junto”, diz Linda (Foto: Arquivo pessoal)

Mesmo com tanto suporte emocional, a estudante de Relações Internacionais se encontrava sem plano de saúde e com muita angústia no coração. Foi quando ela iniciou uma jornada de autoconhecimento para enfrentar o diagnóstico. Como paciente, também passou a perceber quais eram as possíveis melhorias dentro do meio clínico, além de ter se aprofundado em saber como a doença influencia na vida da pessoal das pessoas que vivem com o câncer.

Processo de gravidez

Foi apenas no ano de 2020 que Linda deu início às tentativas de engravidar, mesmo sabendo que queria ser mãe desde os 24 anos – ou seja, quando descobriu o câncer. Com receio de não conseguir alcançar seu sonho em razão dos processos de quimioterapia, que poderiam afetar a fertilidade, ela foi aconselhada pelos médicos a realizar o processo de congelamento de óvulos antes do tratamento; pelo alto custo, Linda teve que deixar a ideia de lado.

“Foi um processo longo de aceitação, insegurança e incerteza de saber se eu seria ou não fértil. Isso se agravou muito, além de todo o processo emocional que eu precisei ter. Durou 9 anos para eu conquistar resiliência e ter o entendimento de que podia ser que eu não fosse mãe de maneira biológica ou que eu não concluísse o sonho de gerar uma vida no meu ventre. Quando tudo isso aconteceu, resolvemos abrir uma janela nas minhas medicações para tentar ver se eu estava fértil. Essa foi a maior realização da minha vida, porque o Martin chegou para provar que o corpo é forte. O meu corpo combateu dois cânceres, se regenerou e eu consegui ser mãe”, explica Linda.

Martin está prestes a completar o primeiro ano de vida (Foto: Arquivo pessoal)

A criadora de conteúdo ainda contou que seu tumor era um receptor hormonal. “Desde 2012 [data do primeiro diagnóstico] faço uso de medicações chamadas de bloqueadores hormonais e, como consequência, passo por uma menopausa precoce”, explicou. Em 2020, enfim, Linda chegou em seu principal objeto: ter um filho! Para sua surpresa, na primeira tentativa ela já havia conseguido engravidar de Martin de forma natural. “Meu filho é um símbolo de esperança para muitas mulheres e mostra o quanto nosso corpo é poderoso”.

Experiência com a maternidade

Viver com o câncer foi algo que mudou totalmente a rotina de Linda; entretanto, para ela, a relação com o marido e a família melhorou ao receber as pessoas próximas de si como uma maneira de tornar o momento menos doloroso. O processo dado pela maternidade fez com que a mãe de primeira viagem entendesse mais sobre as pequenas coisas, como os tipos de felicidade e a realização de sonhos. Ter o filho em seu cotidiano também a influenciou na forma de enxergar a vida, onde complicações acabam se tornando pequenas quando está ao lado de seu fruto.

“Meu filho passou por uma fase de gritar quando os dentes nasceram. Isso não é um problema, ele é um neném, para ele está sendo difícil também, ele está entendendo o processo de dor, de desconforto. Crescer também é desconfortável. Acho que aprendemos a nos colocar muito no lugar um do outro e não seria diferente com o nosso filho, de nos colocarmos no lugar dele para acolhê-lo. Isso melhorou muito a nossa relação e fez muito mais fácil a minha maternidade, que está sendo maravilhosa. Acho que [isso acontece] também por causa dos aprendizados que nós, como família, vivemos durante o câncer”, diz Linda.

Linda com o marido, Caio e o filho, Martin (Foto: Arquivo pessoal)

Na questão da amamentação, Rojas relatou que o processo não foi recomendado pelos médicos para preservar sua saúde e a de seu filho. Hoje, o bebê se encontra com peso ideal para a idade e já passou por introdução alimentar. Apesar de outras técnicas existirem, a mãe conta que optou por conservar seu atual estado de saúde e do filho. “Eu já sabia que eu não poderia amamentar. Sim, poderia ser benéfico para o neném, mas era totalmente não recomendado para a minha saúde e em consequência para o bebê também, porque ele precisa da mãe dele bem. Então eu sempre fui muito prática nesse sentido. Hoje em dia existem fórmulas que são muito benéficas e precisamos usufruir da ciência para isso. Eu não vou invadir a minha saúde, porque sei que eu e o meu filho vamos precisar dela”, contou.

Influência no Outubro Rosa

Ao ter se tornado um grande modelo de superação do câncer de mama, Linda quer estar sempre envolvida em tal meio ao motivar outras pessoas a compreenderem tal período complicado de uma maneira mais leve, além de estar sempre influenciando a prevenção – especialmente no mês que busca priorizar o gesto empático.

Criadora do perfil – e projeto – ‘Uma Linda Janela’ (@umalindajanela), Rojas mostra suas experiências com internautas, tendo como público alvo pessoas que sofrem da mesma doença. Atualmente, seu perfil conta com quase 30 mil seguidores nas redes sociais e seu conteúdo é lido em cerca de 70 países. A mãe de primeira viagem também tornou-se empreendedora social ao auxiliar grandes empresas em consultorias sobre a visão do paciente e também ao criar uma conexão real do produto e/ou serviço com o consumidor.

Neste Outubro Rosa, Linda garante que sua experiência com o tratamento contra o câncer de mama evoluiu seu ponto de vista em relação à doença, já que viveu tal experiência duas vezes. Sempre prestes a evoluir o entendimento do público sobre o assunto, seu perfil registra diversos espaços de discussão e uma grande troca de informações entre os pacientes em questão.

Sempre com o foco no entendimento sobre o câncer de mama, o Instagram de Rojas contabiliza por volta de 70 contatos diários (Foto: Arquivo pessoal)

“Eu acho que se o câncer de mama fosse uma pessoa, ele jamais esperaria que eu me tornasse alguém que ia combatê-lo ou que eu ia usar toda essa experiência que eu tive para poder comunicar o câncer e todo o processo que vivi de forma descomplicada, clara, jovem e fácil para que a vida de outras pessoas fosse um pouco mais leve e o fardo de tudo isso também. [Gostaria] que, além dessas pessoas que podem ouvir a minha história de vida e de luta contra o câncer, eu pudesse ser tão efetiva para a causa de tudo isso que eu vivi por reverberar de uma forma positiva o combate ao câncer de mama no mundo e, claro, principalmente no Brasil”, finaliza Linda.

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