Família

Mãe produz peças para festa infantil com foco no reuso: “Pequenas iniciativas, grandes mudanças”

Marina começou a Trela após perceber a quantidade de lixo gerada nas festas infantis - Arquivo Pessoal
Arquivo Pessoal

Publicado em 19/03/2021, às 09h33 - Atualizado às 09h50 por Letícia Mutchnik, filha de Sofia e Christiano


“Trela é uma aventura materna”, explica Marina Mendonça Oliveira, que, além de mãe de dois, Maria, de 10 anos, e Chico, de 5, é artista plástica e empreendedora, tendo um negócio no qual ela desenha e produz produtos sustentáveis para festas infantis. A mãe conta que a jornada começou com a vontade de fazer diferente, e assim nasceu o negócio. “Eu comecei a frequentar essas festas infantis e via que era tudo pouco criativo e tinha muito pouca liberdade, todas tinham que ter um tema e eu queria mostrar para os meus filhos que a gente podia fazer diferente disso”, explica ela.

A quantidade de lixo (principalmente de plástico) em só algumas horas de festa foi outro motivo para Marina desenvolver a própria linha de produtos, que podem ser usados em vários eventos com temáticas diferentes, além de outras situações do cotidiano. “A gente pode fazer diferente, não só na proposta do criar, mas com a intenção de mostrar para a nova geração que a gente pode ser melhor, que a gente pode ter produtos biodegradáveis”, acredita.

Sustentabilidade é um trabalho coletivo, conforme você vai ensinando uma bolha que vai se desenvolvendo e se multiplicando, e vale ressaltar que tudo isso começa em casa! “Enfim, é o ditado ‘pequenas iniciativas, grandes mudanças’, que podem fazer o pequeno virar grande”, ela tenta resumir.

A mãe quer mostrar aos filhos que podemos fazer diferente (Foto: Arquivo Pessoal)

Nós temos que fazer um resgate ao que é importante em uma festa infantil. De repente tem tanta coisa que parece que você está organizando um casamento”, questiona Marina, que arrisca dizer que para uma criança ficar feliz não se precisa de tanto.

Produção dos itens da Trela

Com “um rigor estético muito grande”, Marina diz que a confecção dos itens é muito desafiador. Tendo em vista que ela mora em Olinda, uma cidade pequena do nordeste, ela diz que não há indústrias ao redor e tem que fazer tudo no Sudeste pela qualidade do serviço. “Como eu quero que tenha uma qualidade muito boa e a indústria não faz em pequena quantidade eu preciso sempre fazer uma quantidade muito grande, que para uma pequena empresa é maior ainda”, explica, e reforça que tem a missão de nunca deixar que os itens vão para o lixo.

A Trela tem o foco na sustentabilidade e reuso dos itens de festa (Foto: Arquivo Pessoal)

Como alternativa para a grande produção e para não ter muitas sobras, Marina explica que a Trela trabalha com linhas temáticas: “Tem a de floresta, piquenique… E a linha floresta, por exemplo, tem uma estampa de flores ou folhas que remetem ao tema, dessa forma, há uma certa liberdade, a toalha vai poder ser usada em uma festa de chapeuzinho vermelho e até em uma de dinossauros: a ideia é o reuso“.

A ceramista conta que o tempo de confecção das peças, principalmente pela distância de Olinda para São Paulo, é de 4 a 5 meses e por isso só trabalha com pronta entrega. “Hoje em dia eu tenho 6 linhas e eu não costumo imprimir novamente, eu sempre busco desenhar e fazer coisas novas”, explica.

O empreendedorismo e a maternidade

Para Marina, assim como para muitas outras mulheres, a ideia de empreender veio depois da maternidade, como tentativa de ter mais tempo para passar com os filhos, (ou ao menos poder ficar em casa). “Eu sou ceramista e precisava me ausentar muitas vezes de casa por demandas do ofício. Depois da maternidade eu quis ficar um pouco mais em casa. Nessa hora eu pensei em empreender com a Trela”.

Mesmo em busca de flexibilidade maior de horários, ela sempre soube que não seria fácil seria conciliar a Trela com a maternidade. “Você tem uma montanha de coisas para fazer. Eu basicamente faço tudo: eu crio as estampas, envio para as fábricas, falo com os fornecedores, falo com os clientes, tiro as fotos, posto no Instagram… Mas eu consigo fazer isso quando meus filhos estão na escola, ou quando eles dormem à noite”.

Marina decidiu empreender depois da maternidade (Foto: Arquivo Pessoal)

Para as mães que querem empreender e não sabem por onde começar, Marina tem um recado especial: “Você tem que começar fazendo algo que você acredita. Você precisa acreditar no que você faz, achar aquilo bem importante. Talvez até começar a partir dos seus filhos, o que é importante para ele, o que está ao seu redor e que você gostaria de mudar. E também precisa te fazer feliz, precisa ter brilho nos olhos para conseguir ter a força de fazer tantas coisas, porque empreender é uma palavra linda, mas é bem difícil no dia a dia”.


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