“Sentia que ele estava vivo”, diz filha de idoso que passou 8 dias desaparecido na mata

O desaparecimento de José Arteiro Ribeiro, de 82 anos, ocorreu no sábado, 10 de junho, quando o idoso saiu para explorar a trilha, acompanhado apenas por sua bengala e suprimentos limitados. José tinha sido visto pela última vez no povoado de Assunção de Goiás (GO), após sair para “admirar” a floresta. Contudo, o idosonão conseguiu mais sair da mata e preocupados com sua ausência, familiares acionaram as autoridades locais e iniciaram uma busca intensa pela região.

“Ele disse que foi admirar a mata pela manhã, quando começou a caminhar, mas só percebeu que estava havia muito tempo ali quando escureceu”, contou Kátia, filha de José. A família mora na área rural de Ceilândia, e o pioneiro teria ido pescar com os amigos no município goiano. A filha afirmou que a localização do pai só foi possível porque a família não perdeu a esperançade achá-lo. “A gente sentia que ele estava vivo”.

Equipes de resgate, incluindo o Corpo de Bombeiros de Goiás, foram mobilizadas para localizar o idoso. Durante três dias, eles percorreram trilhas, vales e áreas de difícil acesso, na mata próxima a Padre Bernardo, em Goiás, no entorno do Distrito Federal.

Depois de muitos dias de desespero, no oitavo dia de buscas, no último domingo, 18 de junho, os resgatistas conseguiram encontrar o idoso em uma área remota da mata. O idoso, apesar de cansado e desidratado, estava consciente e relatou que se perdeu durante a caminhada, por este motivo, se sentiu incapaz de encontrar o caminho de volta para a casa.

A família ficou emocionada ao reencontrar o idoso são e salvo. “Foi um verdadeiro alívio encontrá-lo. Passamos momentos de angústia e preocupação, mas agora estamos todos gratos pela sua recuperação“, disse Carla Ribeiro, neta do idoso.

Após o resgate, o idoso foi prontamente atendido por equipes médicas no local e transportado para um hospital próximo, onde recebeu tratamento médico pela desidratação e exaustão que sofreu em seus dias desaparecido. Segundo os médicos, sua condição é estável e ele está respondendo bem ao tratamento.

A família de José informou que ele está bem, apesar do diagnóstico de hipertensão, e foi orientado a consultar um nefrologista, pois os rins teriam sofrido as principais consequências devido aos dias na floresta.

O pioneiro não sofreu grandes complicações decorrentes da doença em seus dias na floresta, apesar de não ter tomado os remédios necessários durante período. “Meu pai teve, também, três AVC’s [acidentes vasculares cerebrais]. Estamos impressionados de que ele está bem”, completou Kátia, aliviada por estar junto ao pai.

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