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Varíola dos macacos: quais os sintomas e o que se sabe até o momento sobre a doença

Varíola do macaco: quais os sintomas e o que se sabe até o momento sobre a doença - Getty Images
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Publicado em 25/05/2022, às 07h03 - Atualizado em 06/06/2022, às 09h12 por Helena Leite, filha de Luciana e Paulo


Seja nos jornais ou nas redes sociais, você provavelmente já ouviu alguma coisa sobre a varíola do macaco por aí. A doença tem causado preocupação ao redor do mundo, com o aumento repentino dos casos, e tem causado também muitas dúvidas. Na Europa, já são mais de 50 casos, inclusive em um brasileiro, na Alemanha. A doença também começou a chegar perto de nós aqui do Brasil, com o primeiro caso sendo confirmado na Argentina.

Com essa ‘explosão’ de casos, é natural que comecem a surgir várias dúvidas e preocupações sobre o assunto. Afinal, a varíola já não estava erradicada? É possível que essa doença chegue no Brasil? Estamos frente a uma possível nova pandemia? Conversamos com o Dr. Filipe Prohaska, infectologista da Oncoclínicas, pai de Letícia e Luisa, que esclareceu as principais questões sobre a doença.

Varíola do macaco: quais os sintomas e o que se sabe até o momento sobre a doença
Varíola do macaco: quais os sintomas e o que se sabe até o momento sobre a doença(Foto: Getty Images)

A varíola já não estava erradicada?

A resposta é sim! Isso mesmo, se você ouviu por aí que a varíola já estava erradicada, você não foi alvo de uma fake news. A varíola, aliás, foi uma das primeiras doenças a ser completamente erradicada, há mais de 40 anos, quando a Organização Mundial da Saúde (OMS) certificou seu fim em 1980, após uma bem-sucedida campanha de vacinação global. A doença, no entanto, está voltando a aparecer devido a uma nova variante.

A varíola que havíamos erradicado, como explicado pelo Dr. Felipe, é aquela que tem origem bovina. “Agora, aconteceu uma mutação do vírus nos macacos e essa mutação foi transmitida para os humanos. Isso faz com que aquela proteção que tínhamos anteriormente não exista para esse tipo específico”, explica.

Ou seja, aquela varíola antiga, que conhecíamos há muitos anos atrás, continua erradicada. O que está acontecendo agora é o surgimento de uma nova, que ainda não temos anticorpos ou muito conhecimento a respeito.

Quais são os sintomas da varíola do macaco?

Os sintomas dessa nova variante do vírus são bem parecidos com aqueles apresentados anteriormente, com a “tradicional” varíola bovina. “Os casos são semelhantes aos que aconteciam anteriormente, nas varíolas anteriores, que são as placas pelo corpo. Essas placas aparecem em formato de bolhas”, começa o médico, explicando.

Além das placas, é comum surgirem também os clássicos sintomas virais, como febre, dores nas costas ou musculares, inflamações nos nódulos linfáticos, calafrios e exaustão. O Dr. Felipe Prohaska apontou a importância de um acompanhamento médico logo no começo dos sintomas, principalmente pelo caráter cicatricial da doença: ou seja, se não tratada corretamente, essas “bolhas” no corpo podem se transformar em futuras cicatrizes e marcas na pele. “Tem uma questão de lesão cicatricial muito grande. Então você tem essa necessidade de fazer um acompanhamento e ter muito cuidado com essas lesões para não ter essas sequelas”, reforça.

Como a varíola do macaco é transmitida?

“Essa doença é altamente contagiosa. Ela tem uma mortalidade baixa, mas morbidade elevada, justamente por essa questão das lesões que podem ficar no corpo”, explica o infectologista. A transmissão pode acontecer pelo simples contato com uma pessoa infectada, principalmente no período em que os sintomas estão evidentes. “A transmissão é muito alta e fácil de acontecer. Não é atoa que vários países já vêm mostrando casos sugestivos dessa variação da varíola”, ressalta.

A varíola do macaco pode chegar no Brasil?

Infelizmente, a resposta para essa pergunta também é sim. Existe uma grande chance da doença chegar aqui, justamente por essa alta transmissibilidade. “Devemos sim nos preocupar, porque infelizmente essa é uma doença que vai chegar no Brasil em algum momento. Ela tem uma velocidade de transmissão muito grande”, aponta o Dr. Felipe.

Para ele, aliás, isso não deve demorar muito para acontecer. “O Brasil provavelmente vai ter casos nas próximas semanas”, completa. O médico afirmou ainda, que também existe a possibilidade de enfrentarmos uma pandemia da varíola do macaco em breve, mais uma vez devido a essa alta capacidade de disseminação.

A Organização Mundial da Saúde já se manifestou sobre a doença

Com essa’ explosão’ de casos, a Organização Mundial da Saúde (OMS) chegou a emitir uma nota oficial sobre a doença no último domingo, 22 de maio. De acordo com as informações publicadas pela organização, são ao menos 12 países que totalizam 92 casos confirmados da varíola do macaco. Eles disseram que a situação vai ‘evoluir’ conforme a maior vigilância sanitária nos países, “Ações imediatas focam em informar aqueles que podem estar em maior risco de infecção com informações precisas, a fim de impedir uma maior disseminação”, pontuaram.

“As evidências atuais disponíveis sugerem que aqueles que estão em maior risco são aqueles que tiveram contato físico próximo com alguém com varíola de macaco enquanto eram sintomáticos. A OMS está trabalhando para fornecer orientações para proteger os profissionais de saúde da linha de frente e outros profissionais de saúde que possam estar em risco da infecção por varíola, como faxineiros”, finalizou a nota.

A Anvisa emite nota com recomendações para evitar a varíola do macaco no Brasil

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou uma nota na última terça-feira, 24 de maio, com recomendações para evitar que a varíola do macaco chegue no Brasil. Os pedidos de cuidados valem, principalmente, para os aeroportos. “Considerando-se as formas de transmissão da varíola dos macacos, a Anvisa reforça a importância das medidas de proteção à saúde a serem adotadas em aeroportos e aeronaves”, começa a agência, na nota oficial.

A ideia é usarmos as técnicas de prevenção de doenças que aprendemos com a pandemia da covid-19 mais uma vez. “Tais medidas não farmacológicas, como o distanciamento físico sempre que possível, o uso de máscaras de proteção e a higienização frequente das mãos, têm o condão de proteger o indivíduo e a coletividade não apenas contra a Covid-19, mas também contra outras doenças”, apontou.


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