Publicado em 05/02/2023, às 11h44 - Atualizado às 11h51 por Redação Pais&Filhos
Imagine acordar em uma manhã e, do nada, você para de enxergar. Foi exatamente isso que aconteceu com a britânica Amie Bridson, de 36 anos. E pior: ela ainda estava grávida! A condição a afetou no período da gestação, há três anos, e até hoje ela sofre com os efeitos.
Assim que percebeu que não estava mais enxergando ela chegou a esfregar os olhos e até a jogar água, mas nada adiantou. Foi então que ela buscou ajuda médica imediatamente. Após três dias a visão voltou. No entanto, quatro meses depois, na hora do parto a condição voltou a aparecer.
“Os médicos me disseram que desenvolvi essa condição médica inexplicável que afeta predominantemente minha visão. Eu tenho que lidar com isso desde então”, conta ela ao Nottingham Post. Além disso, se ela tivesse demorado muito para procurar um hospital, ela poderia ter ficado cega para sempre.
“Eles me disseram que o nervo óptico na parte de trás do meu olho estava gravemente inchado e a pressão intracraniana estava causando perda de visão. Mas eles não sabiam por quê”, relembra.
Amie passou por vários exames, e os testes confirmaram a alta pressão em seu crânio devido ao excesso de líquido cefalorraquidiano. Os médicos definiram a condição como Hipertensão Intercraniana Idiopática (HII). Segundo os especialistas, isso pode ser resultado do aumento dos hormônios durante a gravidez.
Na primeira crise, os cirurgiões regularam a pressão em seu crânio e a visão voltou. Porém, quando o foi realizado, a condição voltou e a visão de Amie ficou distorcida por semanas. Três anos depois, ela ainda luta contra os efeitos de seu diagnóstico de HII.
Felizmente, seu filho Oscar, agora com três anos, nasceu sem nenhuma complicação. “Disseram que eu precisava de uma cesariana, pois o empurrão que vem com o parto normal exerceria muita pressão no meu cérebro”, aponta ela, mas mesmo assim, ela foi afetada.
“Não conseguimos sair da enfermaria porque estava no auge da Covid-19, e o calor era insuportável porque eles não tinham ar condicionado para tentar impedir a propagação da Covid-19. Foi a experiência mais horrível da minha vida, e minha visão ficou assim por duas semanas depois”, continua.
“Os médicos conseguiram liberar a pressão novamente e acabei tendo alta, mas os efeitos do IIH são permanentes. É como viver com um tumor no cérebro sem realmente ter um tumor, e no momento não há cura”, afirma.
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