Publicado em 29/11/2021, às 08h00 - Atualizado às 08h29 por Jennifer Detlinger, Editora-chefe | Filha de Lucila e Paulo
Olhar o filho dormindo tranquilamente é o sonho de todos os pais. Mas quando você começa a ouvir barulhos mais altos e até mesmo roncos constantes, é sinal de que algo está errado e você deve ficar atento. Afinal, o que é esse ruído no peito do bebê que atrapalha o sono do seu filho?
Segundo Dr. Claudio Len, pediatra, nosso colunista, pai de Fernando, Beatriz e Silvia, esse chiado no peito pode ter diversos diagnósticos. Por isso, quando os pais percebem que as crianças estão fazendo esse barulho, o mais indicado é levar ao médico, para que possa ter uma avaliação mais certeira e usar o remédio correto, se for necessário.
O médico ainda afirma que o chiado é um barulho genérico que pode ser desde o resultado de uma gripe com catarro até uma asma. Isso pode ocorrer em razão de uma infecção das vias aéreas, ou seja, algum vírus, além de poder ser algum quadro de alergia. Os principais sintomas são falta de ar, tosse, desconforto respiratório e chiado no peito. Em casos mais graves, esses sintomas são acompanhados de febre.
O chiado no peito deve sempre ser avaliado por um médico e, depois do diagnóstico, ele indicará o tratamento mais adequado, que pode variar entre algo mais leve como a aplicação de sprays ou até o uso de corticoides. Para evitar consequências mais graves, o especialista aconselha aos pais que procurem o pediatra para tirar dúvidas. O que vale sempre é o instinto materno e paterno nessas horas. Mas antes de tomar qualquer decisão ou ficar preocupada demais sem razão, consulte um profissional. Afinal, o sistema imunológico das crianças ainda está sendo construído, então algumas alergias são mais do que normais. Mas vale lembrar que, como pai ou mãe, é mais do que necessário ficar atento.
Especialistas também indicam que o chiado no peito do bebê também pode ser um sinal para outros dois problemas: a síndrome do bebê chiador e a bronquiolite.
É caracterizada por chiado no peito, tosse e falta de ar, que vem associada em 90% dos casos a uma infecção causada por vírus. Essa síndrome afeta bebês de até 24 meses de vida. Os principais sintomas são falta de ar, tosse, desconforto respiratório e chiado no peito. Em casos mais graves, esses sintomas são acompanhados de febre.
O chiado no peito sempre deve ser avaliado por um médico e, após o diagnóstico, ele indicará o tratamento mais adequado. Na maioria dos casos, quando o bebê apresenta esse quadro na infância, ele não necessariamente terá sequelas ao crescer. Qualquer criança pode desenvolver esse quadro, mais comum nas épocas do ano de outono e inverno. Esses períodos, combinados com os bebês que frequentam a creche, bebês prematuros e aqueles que têm pais fumantes, dão o resultado perfeito para o chiado no peito do bebê começar.
Ao contrário da bronquite, que se desenvolve em crianças maiores e adultos, a bronquiolite atinge os bebês de até 6 meses. O Dr. José Carlos Fernandes, pai de Vinicius e Juliana, pediatra do Hospital da Criança, respondeu nossas principais perguntas sobre a bronquiolite.
Bronquiolite é uma doença inflamatória e infecciosa que atinge o bronquíolo, uma parte específica do pulmão, através de diferentes tipos de vírus e que surge principalmente em crianças de até 6 meses de idade.
A criança começa esse quadro com um resfriado, secreção nasal, podendo ou não ter febre. Os sintomas vão evoluindo e podem durar de 7 a 10 dias. Ela passa a ter dificuldade de se alimentar, a sentir cansaço, falta de ar e respiração acelerada. Eventualmente, pode ter complicações como broncopneumonia. A bronquiolite poderá se manifestar mais de uma vez por ser uma doença viral e respiratória. Outras causas podem ser a falta do leite materno, nascimento prematuro, bebês com cardiopatia ou baixa imunidade e filhos de pais fumantes ou asmáticos. Crianças que têm um quadro pulmonar grave podem apresentar a doença 3 ou 4 vezes por vírus diferentes.
As crianças que apresentam um caso mais leve podem ficar em casa usando antitérmico quando apresentarem febre, fazer inalação e limpar bem o nariz. Cerca de 15% das crianças com bronquiolite grave precisam ser internadas. Algumas recebem oxigênio diretamente no pulmão com fisioterapia intensa.
Existem vacinas para cada tipo de vírus. Nosso sistema de saúde fornece vacinas para crianças com indicação, ou que são prematuras, tem doença cardíaca, doença pulmonar crônica e manifestam baixa imunidade. É importante ressaltar que o leite materno possui anticorpos que protegem a criança. No geral, é necessário ter mais cuidados respiratórios durante o inverno, evitar aglomerações, contato com outros doentes e cuidados higiênicos.
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