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Autonomia dependente? Um passo de cada vez

A maternidade é um processo e cada nova etapa exige adaptação – do filho e dos pais - Shutterstock
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Publicado em 15/07/2021, às 08h08 - Atualizado às 08h08 por Geovanna Tominaga


Quando me tornei mãe, tinha um plano. O Gabriel dormiria no nosso quarto, num berço ao lado da cama, até completar 3 meses de idade. Meu maravilhoso plano arquitetado pela mente de uma gestante de primeira viagem foi por terra quando Gabriel completou 3 meses e 1 dia. Posterguei essa mudança por muitos e muitos meses.

A maternidade é um processo e cada nova etapa exige adaptação – do filho e dos pais (Foto: Shutterstock)

Eu sempre fui do tipo “boa de cama”. Nunca tive problemas pra dormir. Nada me tirava o sono. Nem os problemas da vida: grana, trabalho, relacionamento… Juro que uma vez tiveram de entrar pela janela do meu quarto pra me acordar porque eu não acordava por nada nesse mundo. Acharam que eu tivesse desmaiado, ou morrido. Você já deve estar imaginando o meu dilema: dormir demais e não ouvir o chamado do meu filho. Sim, eu morria de medo de cair em sono profundo e não estar pronta pra acudir o Gabriel, se necessário.

A verdade é que a maternidade muda tudo. Acho que eu escrevo essa frase em todas as minhas colunas. 🙂 Gabriel chegou e com ele a minha insônia britânica. Nos primeiros meses de vida dele, eu ganhei um torcicolo de tantas vezes que ele fazia “hum” no berço e eu levantava o pescoço pra ver o que estava acontecendo. Ah, que saudades dos meus tempos de hibernação… Meu sono nunca mais foi o mesmo. Até hoje eu durmo em estado de alerta constante.

Por insistência e apoio do meu marido, colocamos o Gabriel no berço do quarto dele quando ele tinha uns 6 meses. Eu tremi a noite toda de medo. Olhos arregalados e grudados na babá eletrônica. Ufa! Nada aconteceu naquela noite… Nem na seguinte, nem na outra… Passei a dormir melhor e despertar ao menor sinal de movimento no quarto dele.

Eu já contei pra vocês que o Gabriel pulou do berço quando tinha oito meses? Depois desse dia, prometi pra mim mesma que iria trocar o móvel por uma caminha de solteiro. Pesquisei e pesquisei… Aguardei, esperei, posterguei até semana passada, após ele completar 2 aninhos. Redecoramos o quartinho dele. Fizemos uma verdadeira transformação de quarto de bebê para quarto de menino. Os dinossauros, tema que ele ama, invadiram a nossa casa. Tons pasteis com toques de verde-água. Optamos por uma mobília Montessoriana, baixinha, mais perto do chão possível. Lindo! Lindo!

A felicidade durou até surgir um novo dilema. Agora ele pode descer da cama, silenciosamente, no meio da madrugada e andar pelo quarto. Ou pela casa, já que ele sabe abrir as portas. E se ele tropeçar no escuro e bater a cabeça na cômoda? E se ele rolar da cama e cair de mal jeito e bater a boca no chão? Pior! E se ele sair do quarto, andar até a cozinha e resolver escalar o armário pra pegar o pote de biscoitos, de vidro?!?

Resultado, o Gabi está dormindo em seu lindo quarto montessoriano com supervisão. Meu marido e eu estamos dormindo na cama auxiliar, nos revezando em turnos na madrugada, pra ver como será o comportamento dele diante dessa recém autonomia conquistada. É, eu sei. O problema está mais nos pais do que nos filhos. Mas eu prometo que o Edu e eu estamos tentando. Afinal, nossos corações precisam estar tranquilos para passarmos a segurança necessária a eles. Cada um no seu tempo. Confia e vai! Ou seria, Confia e deixa ir?


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