Publicado em 14/10/2021, às 12h28 por Mayra Gaiato
Ainda não existem testes determinantes que, sozinhos, fazem diagnóstico de autismo. Também não existem exames de imagem (ou sangue) que dão certeza absoluta. Existem alguns genes relacionados, mas a maioria ainda está em estudo. Isso porque temos muitos tipos de autismo, que são a consequência da interação de diversos genes diferentes que já estão correlacionados ao transtorno. Dentro de cada tipo de autismo temos um espectro imenso que varia de sintomas super leves, com pessoas que falam, trabalham, são independentes e funcionais, mas que têm algumas características do espectro até o outro extremo que são as pessoas com sintomas graves, dificuldade na comunicação, dependentes para atividades básicas da vida diária.
Essa diversidade dificulta, pois não temos uma regra básica sobre como agir e o que fazer. Existem instrumentos que mostram que podem haver (ou não) sinais, mas não são determinantes. São instrumentos que podemos usar para verificar possíveis comportamentos. Servem para os pais saberem como sua criança está se desenvolvendo, frente ao marco da idade de outras crianças da sua idade.
As escalas podem ser úteis para a população (pais, professores, médicos) que cuida de crianças de pouca idade e precisam de informações para identificar sinais e sintomas precoces, pois a intervenção quanto mais cedo for, melhor para a recuperação das crianças com autismo. A quantidade de crianças diagnosticadas com autismo está aumentando nos últimos anos. Em 1980 a prevalência era de 1 criança em cada 10.000. Hoje está em 1 a cada 54 crianças. Então, precisamos estar atentos!
A escala Modified Checklist for Autism in Toddlers é um instrumento de rastreamento precoce de testes para autismo, que visa identificar indícios desse transtorno em crianças entre 18 e 24 meses. Deve ser aplicada nos pais ou cuidadores da criança. Pode ser aplicada por qualquer pessoa devido a sua simplicidade.
A Childhood Autism Rating Scale (CARS), é utilizada como um dos testes para autismo para distinção de casos de autismo leve, moderado e grave, além de discriminar crianças com autismo daquelas com deficiência intelectual. Trata-se uma escala de 15 itens que auxilia na identificação de sintomas de autismo e as distingue de crianças com prejuízos do desenvolvimento sem autismo. É indicada para criança acima de 2 anos de idade.
Os escores de cada domínio variam de 1 (dentro dos limites da normalidade) a 4 (sintomas autistas graves). A pontuação varia de 15 a 60, e o ponto de corte para autismo é 30. É importante lembrar que os testes para autismo não substituem o diagnóstico, que somente um médico especialista (preferencialmente psiquiatra infantil ou neuropediatra) pode fazer, junto com uma equipe multidisciplinar especializada. Como cada indivíduo é único, as crianças com TEA podem apresentar nuances diversas dentro destas características descritas nos testes para autismo.
Justamente por se tratar de um “espectro”, o autismo pode ter muitos sintomas diferentes em uma pessoa e na outra. Não é real a crença que crianças com autismo não são carinhosas. Elas podem ser sim, muito afetivas. Podem também olhar nos olhos. Se procurarmos sintomas na internet, veremos que muitos a criança não tem. Isso pode dar a falsa ilusão nos pais de negação, por encontrar sintomas que outras crianças apresentam e seus filhos não. A dica aqui é buscar ajuda para os sintomas que a criança pode apresentar e que são diferentes do esperado para o desenvolvimento na idade, independente de encontrar sintomas semelhantes em outros.
Os instrumentos nos ajudam também na reavaliação periódica para verificar a evolução da criança, comparando os resultados atuais com os anteriores. Através dos comportamentos mensurados nos instrumentos, podemos comparar o que era esperado na idade que a criança se encontra e, caso ela não realize, pegamos o item para transformar em objetivo das sessões e montar o programa da criança.
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