Criança

Crianças devem usar máscaras PFF2 ou N95? Entenda qual a melhor opção para proteger a sua família

As máscaras PFF2, N95 e a KN95 garantem uma melhor proteção para as crianças em ambientes fechados e aglomerados - Reprodução/ Mashable SE Asia
Reprodução/ Mashable SE Asia

Publicado em 21/05/2021, às 12h29 - Atualizado em 17/06/2021, às 11h02 por Letícia Mutchnik, filha de Sofia e Christiano


“As crianças que têm condição de usar a máscara, devem usar máscara”, diz a Dra. Letícia Kawano-Dourado, mãe de Inácio e Lúcia, médica pneumologista e pesquisadora que assessora a Organização Mundial da Saúde (OMS) na elaboração de diretrizes no tratamento do coronavírus, em entrevista à Pais&Filhos. Durante a pandemia da covid-19, fomos alertados que as máscaras têm papel fundamental para a proteção contra a doença – mas, e como ficam as crianças nessa história? Essa foi a pergunta que muitos pais se fizeram neste período.

A médica deixa claro que, se possível, é melhor que o público infantil faça uso dessa proteção, apesar de apresentarem quadros mais leves e menos letais. “E isso, porque elas entram na cadeia de transmissão da doença e a gente não quer que ela vá transmitir para os avós, para os pais”, diz. A pneumologista ainda destaca que por mais que o uso do protetor funcione para algumas crianças, não significa que ele vá ter o mesmo resultado para todas. “A partir dos 5 anos a criança tem a total condição de compreender a situação e caso ela consiga usar [a máscara], ótimo”, reforça a Dra. Kawano.

Como o maior meio de contágio da covid-19 são as gotículas, que emitimos na hora de falar, tossir e espirrar, a médica afirma que qualquer máscara já é melhor do que nenhuma. No entanto, algumas garantem maior segurança em lugares fechados e aglomerados, que são a PFF2, N95 e a KN95, isso porque, de acordo com a médica: “Nesse cenário, a quantidade de aerossol com Sars-Cov-2 é tal, que mesmo você de máscara simples (de tecido ou cirúrgica) pode acabar contraindo a doença pelas partículas pequenas, que a máscara convencional não protege”.

Por isso, é tão importante o uso das máscaras PFF2 ou N95. Para a Dra. Letícia Kawano a maior dificuldade desse modelo para as crianças é em relação a adaptação. “Como ela veda mais, a adaptação pode ser mais difícil. Dessa forma, nessas situações em que a criança não se adapta bem a esse tipo de proteção, é importante evitar locais fechados e aglomerados, como: ônibus, lojas e supermercados cheios, que são onde esse tipo de máscara é necessário”. Caso a máscara não caiba no rosto do seu filho, Letícia compartilha uma dica de ouro: “Caso não tenha máscara adaptada para o rosto da criança, basta pegar o tamanho adulto e dar um nó nas duas fitas que vão atrás da orelha. Fica perfeito”.

Mas, se mesmo tentando seu filho não se adapta ao modelo, a recomendação da especialista é escolher os horários mais vazios para sair de casa. “Caso você precise ir para esses espaços com a criança, ela pode usar a máscara simples (de tecido, e se possível, com filtro), contanto que você evite os horários de pico”.

A especialista entende que os tipos mais simples de máscaras (tecido ou cirúrgicas) são mais fáceis para o uso infantil, mas ressalta que a preferência deve ser sempre para os modelos com três camadas de filtragem, assim como para os adultos.

Vale ressaltar que bebês ou crianças que não possuem coordenação psicomotora para conseguir resolver algum bloqueio na respiração não devem usar nenhum tipo de máscara, justamente pelo risco de sufocação. “Apenas crianças que, para em caso da máscara incomodar de alguma forma, consigam tirá-las do rosto devem utilizá-las”, pontua a pesquisadora.

Por outro lado, apesar da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) não ter atualizado as diretrizes sobre o uso de máscaras por crianças e adolescentes feitas em maio de 2020, que recomendava o uso das máscaras de pano, principalmente pela escassez da PFF2 e outras descartáveis (que deveriam ir para os profissionais de saúde), a página do Instagram “Qual Máscara?“, voltada para ensinar a população sobre o uso e cuidados com a máscara, acredita que seja válido oferecê-las para o público infantil. Ainda mais se elas voltarem a frequentar ambientes fechados, como uma sala de aula.

“Já existiam modelos infantis equivalentes à PFF2 em países asiáticos antes da pandemia. E não temos registro de nenhum efeito negativo na infância”, explica a pesquisadora Beatriz Klimeck, criadora do projeto de conscientização no Instagram, que acredita que por ela ser presa na parte de trás da cabeça dá maior firmeza e liberdade para as crianças. “A gente achava que a molecada não iria gostar, mas as respostas que estamos recebendo são positivas”, conta Beatriz sobre o feedback na página do Instagram. Como a SBP indica o uso de qualquer máscara a partir dos 2 anos, para Beatriz, não há nenhum problema para as crianças no uso da PFF2, N95 ou NK95.

O papel das máscaras na proteção contra a covid-19

E o debate da eficiência das máscaras vai ainda além – elas são suficientes para não adquirirmos o vírus? “Ela não a única medida, mas tem sim papel central, junto com a ventilação do ambiente. As duas medidas mais importantes e que garantem maior segurança das pessoas nesses tempos de isolamento”, explica a Dra. Kawano.

Caso seu filho não consiga se adaptar ao uso de máscaras PFF2, N95 e a KN95, pode-se optar pelo modelo convencional. Se for necessário frequentar locais com mais pessoas, é interessante evitar horários de pico (Foto: Getty Images)

Apesar delas fazerem uma maior filtragem, a pesquisadora garante que o uso desse tipo de proteção não é necessário toda vez que você sai de casa e que “a melhor máscara é a que vai atender a necessidade de proteção do momento”, explicando que as máscaras de tecido e cirúrgica, sempre bem ajustadas a face e sem nenhuma fresta com o rosto, dão conta do recado. “Porque, ela protege justamente contra essas partículas maiores, mesmo não tendo boa eficiência para as menores”. Beatriz, pesquisadora e à frente da página do Instagram “Qual Máscara?“, destaca em um dos posts: “A melhor máscara para crianças é aquela que protege bem e que elas conseguem usar”.


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