Criança

Escola nova: como incluir os alunos na mudança de colégio

As crianças precisam de um apoio tanto da família quanto da escola - Getty Images
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Publicado em 10/10/2023, às 07h06 por Fernanda de Andrade, filha de Débora e Marcos


Chega o primeiro dia de aula em uma escola diferente. Uniforme novo, livros novos, mochila nas costas, e uma preocupação na cabeça dos pais: “Será que meu filho vai se adaptar?”. Vamos ser honestos, nem sempre aquele estereótipo de que crianças fazem amizades facilmente aparece em cena, então é normal que elas sintam
medo e insegurança com esta mudança. Deixar os amigos para trás, o ambiente que já era acostumado e os professores que já sabiam as dificuldades e os fortes em cada matéria pode ser algo assustador!

Se uma mudança drástica na rotina de adulto já é difícil, imagine na de uma criança que ainda não tem tantos referenciais. Por isso, a transição de uma escola para a outra deve contar com o apoio da família e também da instituição, seja para enturmar o novo aluno com os antigos ou garantir o apoio pedagógico que ele possa precisar!

As crianças precisam de um apoio tanto da família quanto da escola (Foto: Getty Images)

Acolhendo um por um

Nada melhor que um rosto amigo quando se sente um peixe fora d’água! É essencial que as escolas forneçam essa sensação para as crianças logo no primeiro dia de aula. Uma das estratégias é apresentar a escola para o novo aluno. Os porta-vozes do Colégio Humboldt, por exemplo, explicam que existe uma introdução do novo espaço para a
criança antes das aulas, além de fornecerem apoio linguístico para os alunos que não falam alemão.

Já o Colégio Bandeirantes aproveita o momento das férias para conhecer melhor os alunos novos: “Antes do início das aulas, agendamos momentos para conhecer a criança por meio de brincadeiras, atividades sociais e acadêmicas. Essa fase nos ajuda a entender o perfil do aluno,  especialmente se já estiver no fluxo dos anos iniciais do Ensino Fundamental”, diz Patrícia Cintra, Diretora do Ensino Fundamental do Colégio e filha de Ana Maria e Wanderlei.

Lilian Murad Brunner, Diretora Institucional da Educação Infantil do Colégio Visconde de Porto Seguro e mãe de Marcella e Bruno, conta que esse acompanhamento vai além do começo do ano letivo: “Após algumas semanas de aulas, a orientadora educacional, juntamente com a professora, agenda um horário individual com as famílias novas para dar um feedback quanto aos aspectos sociais, emocionais e pedagógicos dos alunos”.

“Você quer ser meu amigo?”

A integração dos alunos novos deve ser feita, principalmente, na sala de aula. A Diretora Pedagógica de Educação Infantil ao Ensino Médio do Colégio Dante Alighieri, Angela de Cillo, mãe de Luiz Otávio, conta que as turmas contam sempre com dois ou mais estudantes novos, para que eles tenham uma maior identificação, e diversas atividades em grupo: “Além disso, em todas as turmas da escola, promovemos atividades específicas em aulas de Educação Socioemocional, que visam a integração da turma, pois há alunos que também mudaram de classe e em cada ano sempre temos novos agrupamentos. Há aulas específicas sobre relacionamentos e como fazer novos
amigos, com dramatizações e dinâmicas”.

As escolas precisam apresentar medidas que visem a adaptação das crianças no novo ambiente (Foto: Getty Images)

A escola Eleva também tem a proposta de ajudar os alunos no próprio ensino: “Na Eleva priorizamos as relações emocionaispor isso, no nosso currículo de LIV [Laboratório de Inteligência para Vida] oferecemos inúmeras estratégias socioemocionais para que os primeiros dias de aula sejam de apresentação e construção de vínculos“, diz Lucy Nunes, Head of School da unidade de São Paulo, mãe de Laura, Daniel e Alexa.

Na escola bilíngue Global Me School, a fundadora e diretora Renata Sá Freire, mãe de Francisco e Joaquim, conta que para crianças menores, a presença do máximo de adultos se torna essencial: “Focamos em formar grupos menores de alunos por sala (com um número maior de adultos por sala, especialmente nas faixas etárias menores, incluindo professores assistentes e auxiliares – além da presença de um dos pais nos primeiros dias de adaptação) e, com isso, conseguimos dar uma atenção mais individualizada a cada criança, em especial àquelas que estão chegando agora à escola”.

É junto que se aprende

Hora das brincadeiras! Nada melhor para as crianças do que uma atividade em conjunto para se socializar. A Escola Vereda conta com diversos programas para a integração dos alunos: “Tem a semana de cultura que, em geral, é próxima ao Carnaval. Fazemos propositalmente no início do ano para fazer projetos artísticos e conjuntos, para promover o entrosamento e vínculo entre os estudantes. Outra prática é que todo final de mês, fazemos uma semana dos aniversários, em que comemoramos com os aniversariantes”, explica Arthur Buzatto, presidente e mantenedor da escola, pai de Laura e Helena.

Já no Colégio Humboldt, os porta-vozes explicam que os alunos novos contam com aulas no período da tarde para aqueles que precisam de um reforço nas diversas matérias. Além disso, a partir do 3° ano, eles são apadrinhados por alunos mais velhos e também são acompanhados pelos representantes de turma no começo, para aprenderem mais sobre o local e se entrosarem melhor.

A Global Me deixa claro o poder das atividades físicas na inclusão das crianças, e oferece natação, esportes com bola, ballet e capoeira: “Muitas vezes, é na aula de educação física que o novo aluno consegue derrubar eventuais barreiras individuais na fase de adaptação”, diz Renata Sá Freire.

Cada passo é importante!

Sentir-se pertencente à nova escola beneficia não apenas os alunos, mas também, a família, a direção, os professores e os outros colegas. Roberta Bento, colunista da Pais&Filhos e mãe de Taís, explica a necessidade dessas atividades: “Pesquisas mostram que nosso cérebro entra no modo de hipervigilância quando estamos entre desconhecidos. Esse padrão de alerta nos leva ‘a interpretar incorretamente sinais sociais e vemos ameaças onde elas não existem’, confirma o médico americano, pesquisador das relações humanas, Dr. Vivek Murthy. Ao ter a necessidade do pertencimento atendida, os novos alunos conseguem vencer o desafio de aceitar ajuda, verbalizar suas inseguranças e dúvidas, além de assumir uma postura que favorece o desenvolvimento de relacionamentos sociais e criação de vínculos na nova comunidade escolar da qual agora fazem parte”.

São necessárias medidas de inclusão tanto no quesito social quanto no pedagógico (Foto: iStock)

A fundadora do SOS Educação também lembra que quando a criança está se sentindo bem no local, isso reflete nas notas dela: “A consequência [da inclusão] é uma saúde mental mais equilibrada, sentimento de segurança e autoestima em nível suficiente para que o desempenho escolar e o processo de aprendizagem possam fluir com ótimos resultados!”.

Dicas para facilitar a adaptação escolar

Roberta Bento listou algumas outras atividades que a escola pode fazer para ajudar os alunos novos que chegam, seja no meio do ano, seja no começo dele:

  • Reunir os alunos “antigos” para fazer cartazes de boas-vindas com os nomes dos alunos novos
  • Mandar para as famílias da turma a apresentação da “família nova” e incentivar que eles se apresentem pessoalmente na entrada e saída da escola
  • Fazer reuniões semanais durante o primeiro mês com o aluno e a família, para ouvir sobre os desafios e expectativas
  • Para alunos com necessidades especiais, se deve conversar com a família, os profissionais que acompanham a criança e a escola anterior
  • Entregar uma pasta para os pais do aluno novo com horário das aulas, atividades extras, calendários de eventos e também uma apresentação dos alunos que já estavam ingressos

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