Publicado em 01/06/2022, às 09h19 por Redação Pais&Filhos
O operador de telemarketing Leonardo Oliveira, de 22 anos, é homem trans, casado com a auxiliar de cozinha Arielly Germano, de 20 anos, que é travesti não binária. O casal se conheceu por meio do aplicativo de relacionamentos Tinder em agosto de 2018. Na época, Arielly ainda se apresentava como um adolescente do sexo masculino. “Eu era todo boyzinho”, afirmou ela em entrevista ao site Metrópoles. Ela lembrou que chamou a atenção de Leonardo, que, nasceu com o sexo feminino mas sempre se identificou como homem. “Eu me via como homem e tinha atração por homem”, disse ele, que iniciou a transição de gênero aos 16 anos, tomando hormônios por conta própria.
Arielly decidiu começar a transição para mulher trans durante o relacionamento deles, e então, ela contou sobre o sonho de ser mãe para Leonardo, que não se convenceu muito da ideia inicialmente, por ter que ver “a barriga e os seios crescendo” sendo homem. Ele disse que antes de decidir se queria engravidar ou não “a ideia de gestar uma criança era muito assustadora”, e acrescentou: “Eu tinha medo de como meu corpo iria ficar, de como eu iria me identificar, até porque não me via como mulher e já estava em transição. Por isso, tinha medo disso ser uma regressão.”
Eles decidiram ter um filho, e no dia 24 de abril, nasceu Maria Dandara, que segundo Arielly, é um nome em homenagem à uma guerreira do quilombo dos Palmares. A gestação foi acompanhada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e o pai, Leonardo, afirmou: “A gente foi muito bem respeitado. Foi o melhor tratamento que poderia ter.”
A família vive na periferia de Fortaleza, Ceará. Leonardo deu à luz no Hospital Geral Doutor César Cals, enquanto o pré-natal foi feito em um posto de saúde do bairro. Por mais que eles tenham relatado uma boa experiência com o SUS, acreditam que muitas pessoas ainda sofrem de transfobia durante atendimentos nas redes pública e privada, e por isso, eles tem uma conta no TikTok dedicada a conscientizar as pessoas sobre o que envolve a comunidade LGBTQIA+.
No Instagram, eles tem quase 10 mil seguidores, enquanto contam com mais de 150 mil no TikTok. “Logo no início, a gente recebia muitos comentários ruins, mas, com o crescimento da nossa rede social, eles foram diminuindo, e a gente hoje utiliza filtro”, disse Leonardo. Arielly continuou: “A gente pretende levar informação para as pessoas e alcançar muita gente. Nosso público é cis hétero, porque a gente fala para eles, a gente quer levar informações para eles, porque muitos ainda não têm conscientização como as pessoas da comunidade LGBTQIA+.”
Ao serem questionados se a família vai crescer e se mais gestações virão por aí, Arielly afirma: “Meu sonho é ter cinco filhos correndo pela casa.” Como o casal pretende retomar as respectivas transições de gênero, eles acreditam que o irmão ou a irmã de Maria Dandara será adotado, e não gerado.
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