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Dia Mundial de Combate à Meningite: falta de vacinação em crianças reacende alerta para os riscos da doença

O Dia Mundial de Combate à Meningite para reforçar a importância da prevenção para tratar essa doença - Getty Images
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Publicado em 24/04/2021, às 04h50 - Atualizado em 12/04/2023, às 14h27 por Yulia Serra, Editora de conteúdo especializado | Filha de Suzimar e Leopoldo


Diante da pandemia do coronavírus, a população está se conscientizando sobre a importância de cuidar da saúde. Mas isso não vale apenas para esse período delicado que estamos enfrentando, deve prevalecer ao longo do ano todo. Aproveitamos o dia 24 de abril, que marca o Dia Mundial de Combate à Meningitepara reforçar a importância da prevenção para tratar essa doença séria, que pode ser causada por diversos agentes infecciosos, como bactérias, fungos e vírus, e até levar à morte.

“A data de hoje é muito importante como forma de conscientizar a população, principalmente pais e responsáveis, sobre a doença e a importância da prevenção. Muitos não têm ideia de que seus filhos podem não ter sido imunizados contra os sorogrupos mais comuns da doença e, com isso, estarem vulneráveis”, pontua Dr. Jessé Alves, infectologista e gerente médico de vacinas da GSK.

O Dia Mundial de Combate à Meningite para reforçar a importância da prevenção para tratar essa doença (Foto: Getty Images)

Quais são os sintomas da doença?

Os sintomas iniciais da doença são febre, irritabilidade, dor de cabeça, perda de apetite, náusea e vômito, por isso podem ser confundidos com outras doenças infecciosas, como a gripe. Na sequência, o paciente pode apresentar pequenas manchas violáceas (arroxeadas) na pele, rigidez na nuca e sensibilidade à luz. É importante saber reconhecer a doença, os sinais, e formas de prevenção, por conta da gravidade e riscos, como levar a confusão mental, convulsão, sepse e choque e falência múltipla de órgãos.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico é clínico, com exame físico, feito por exclusão, já que os sintomas iniciais não são tão específicos. Já o diagnóstico laboratorial tem resultado entre 1 e 3 dias. Quando há suspeita clínica de doença, no entanto, o início do tratamento deve ser imediato e não deve aguardar o resultado dos testes. “Caso a criança apresente os sintomas, os pais devem procurar um atendimento médico o mais rápido possível”, reforça o especialista.

 Atenção e cuidado com a família toda

Entre todas as meningites, a mais grave delas é a bacteriana, como a meningocócica, um processo inflamatório das meninges – membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. Ela tem transmissão direta (de pessoa para pessoa). Segundo o médico e pesquisador Felipe Lorenzato, PhD em Patologia Molecular pela University College London, a meningite meningocócica pode acontecer por troca de secreções respiratórias e da garganta, como tosse, espirro, beijo ou do compartilhamento de utensílios de cozinha.

O caso pede atenção, porque pode gerar sequelas e até mesmo levar a óbito em 24 horas, mesmo com tratamento médico adequado iniciado. Anualmente, estima-se que tenha pelo menos 1,2 milhões de casos ao redor do mundo, com 135 mil óbitos, de acordo com o estudo Global epidemiology of invasive meningococcal disease. Outra pesquisa encomendada pela GSK, conduzida pelo Instituto Ipsos MORI, de março e abril de 2019, mostra que 59% dos responsáveis no Brasil sabem que a meningite é uma doença incomum, porém grave, mas apenas metade (50%) tem conhecimento que pode deixar sequelas severas, como perda auditiva e perda de membros.

Por que ela é tão perigosa?

“Esses dados mostram que a população desconhece a real gravidade e seriedade da meningite meningocócica, que é uma doença que pode matar em poucas horas. Por isso é muito importante que a população seja informada, conscientizada e que atualizem a carteira de vacinação de todos, não só das crianças, mas também dos adolescentes e adultos”, afirma Dr. Jessé Alves.

A meningite bacteriana é considerada uma doença endêmica no Brasil. Segundo dados do Ministério da Saúde, em 2019, foram registradas 1.037 ocorrências no país, sendo que as regiões Sudeste (556 casos), Sul (182 casos) e Nordeste (176 casos) apresentaram os maiores números de casos notificados. Ela tem evolução rápida: quando os sintomas aparecem, o quadro já está grave e pode levar a óbito em poucas horas.

Como se prevenir?

Outra dificuldade é que se trata de uma doença silenciosa. “Até 23% dos adolescentes e adultos jovens podem ser portadores da bactéria causadora da meningite meningocócica e podem transmiti-la para outras pessoas através da saliva e partículas respiratórias, sem necessariamente desenvolver a doença. Por isso é importante a vacinaçãode todas as faixas etárias”, alerta Dr. Jessé. A bactéria adere à boca e ao nariz, penetra a mucosa e vai para as membranas que recobrem o cérebro e a medula espinhal. Então, causa meningite meningocócica, e/ou atinge a corrente sanguínea, causando infecção generalizada.

A informação é essencial para a imunização contra meningite (Foto: iStock)

A vacinação é uma das melhores formas de proteção não só contra meningite, mas também outros problemas de saúde. As crianças pequenas correm maior risco de ser infectadas e são o grande alvo das campanhas de vacinação. Mas isso não significa que adultos estão livres. Atualmente, existem vacinas para a prevenção dos cinco sorogrupos mais comuns no Brasil, as vacinas contra a meningite meningocócica causada pelo tipo B e as vacinas contra os tipos A, C, W e Y. A vacina contra os tipos A, C, W e Y, por exemplo, é recomendada nos calendários das sociedades médicas a partir dos 3 meses de idade, bem como para jovens. A vacina para a prevenção da meningite meningocócica causada pelo tipo B é recomendada a partir dos 3 meses de idade pelas sociedades médicas.

Nos postos de saúde, a vacina contra a doença causada pelo meningococo C é disponibilizada para crianças menores de 5 anos de idade e adolescentes de 11 a 12 anos. Além desta, a vacina ACWY será também disponibilizada em maio deste ano pelo Programa Nacional de Imunizações para adolescentes de 11 e 12 anos. Essa é a principal forma de prevenção, mas outros fatores podem ajudar, como evitar aglomerações e manter os ambientes ventilados e limpos. Sempre é hora de se cuidar e garantir o bem-estar da família!

Para o infectologista, a informação transmitida deve ser sempre confiável para combater a Meningite. “A doença meningocócica é uma doença grave e que, apesar de ser incomum, em 2019, foram notificados 1.037 casos no Brasil. Não se vacinar é se expor ao risco do óbito ou de sequelas que irão comprometer a qualidade de vida para sempre. E o Dia Mundial de Combate à Meningite é uma boa oportunidade para evidenciarmos o tema e trazermos informação confiável”, conclui.


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