Publicado em 09/06/2022, às 04h55 - Atualizado em 12/04/2023, às 14h22 por Cinthia Jardim, filha de Luzinete e Marco
Vacinar também é um ato de carinho e precisa ter início desde cedo. Geralmente, a imunização começa logo após o nascimento, sendo superimportante para proteger de doenças, por exemplo, já erradicadas no Brasil. Infelizmente, a cobertura vacinal ainda está baixa, em 65,5%, quando o recomendado pelo Ministério da Saúde é de 95%.
Mas, felizmente, é possível reverter essa situação. No Brasil, as vacinas recomendadas durante esta faixa etária são disponibilizadas de maneira gratuita pelo Ministério. Por isso, é essencial ficar de olho na caderneta de vacinação do seu filho e checar quais imunizantes ele ainda precisa tomar. Para te ajudar nessa missão, conversamos com a pediatra Dra. Melissa Palmieri, coordenadora médica de vacinas do Grupo Pardini, filha de Antônio e Maria.
Para a médica, a vacinação é fundamental, pois traz mais qualidade de vida, além de proteger contra doenças graves. “É essencial vacinar os bebês porque eles fazem parte de um grupo extremamente vulnerável a doenças infecciosas, que podem levá-los a uma internação, dependendo da gravidade dessas doenças, ou, infelizmente, à morte. Então, a oferta da vacinação nos primeiros meses de vida torna-se ferramenta essencial para trazer saúde e qualidade de vida durante o desenvolvimento do bebê“.
Segundo especialista, todas as vacinas do calendário infantil são essenciais, mas são nos primeiros 12 meses de vida que o sistema imune será fortalecido. “Basicamente são vacinas contra doenças transmitidas por vias respiratórias ou transmissão gastrointestinal. Como alguns exemplos importantes, existem: as vacinas pneumocócicas, as vacinas meningocócicas, a vacinação para rotavírus, a vacinação para doenças como sarampo, caxumba e rubéola, e também para doenças de transmissão através de picadas de insetos contaminados, como a febre amarela”.
Logo após o nascimento, Melissa Palmieri explica que existem duas vacinas indispensáveis neste período: a primeira delas é a BCG, que previne as formas mais graves da tuberculose, por exemplo, e também a de Hepatite B. Mas, é superimportante lembrar que as consultas com o pediatra são indispensáveis!
Pode, mas geralmente as reações passam em até 48 horas. A médica comenta ainda que o problema acontece no local da picada, mas pode também apresentar reações sistêmicas, como irritabilidade, choro e apatia – no sentido de perda de apetite. Além disso, caso a criança apresente alguma situação mais grave, os pais devem ficar de olho.
“Os pais devem ficar preocupados caso a febre se mantenha por mais de 48, 72 horas, ou se o estado geral da criança ficar muito rebaixado, porque eventualmente, pode ter uma relação temporal de uma infecção real junto com a data da vacinação. Aí os pais devem levar a um pediatra para que a criança seja avaliada”, explica Melissa.
Se existirem atrasos na vacinação do bebê ou criança, o primeiro passo deve ser corrigir a situação. “Se, como estamos vendo durante a pandemia, muitas vacinas estiverem atrasadas, o pediatra pode sugerir realizar a vacinação com o intervalo mínimo entre as vacinas, para que esse atraso seja corrigido. Por isso, a importância de passar em um pediatra para que seja realizada a melhor recomendação para a atualização das vacinas da criança“, orienta a médica.
Como dica, Melissa sugere o aleitamento materno, pois ajuda a deixar o bebê mais tranquilo. “Caso não seja possível, a mãe ou o responsável pode oferecer outras ferramentas para tirar a atenção do foco da picada, brincando com bonequinhos ou usando outros estímulos visuais e auditivos para que a criança desfoque do ato de vacinação e reduza a dor”.
De acordo com o calendário de vacinação 2020/2021 atualizado, a imunização começa logo após nascimento. Mas, vale reforçar que esse processo deve estar alinhado com o pediatra do seu filho! Veja abaixo as vacinas que não podem ficar de fora nesta faixa etária:
Vale lembrar também que é a partir dos seis meses de idade que se dá início a vacinação contra a Influenza, imunização responsável pela gripe, e que deve ser feita anualmente durante campanhas.
Ainda nesta quarta, 9, e na quinta-feira, 10, será realizado o Fórum Brasil Imune. Ele falará sobre o cenário da imunização no Brasil, vacinação em pacientes de grupos de risco, o Programa Nacional de Imunização e os desafios para o futuro, e aulas magnas com especialistas. Para se inscrever e assistir ao evento, clique aqui.
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