Publicado em 09/05/2020, às 19h19 - Atualizado às 19h30 por Jéssica Anjos, filha de Adriana e Marcelo
Roseli Pereira Lopes, que é enfermeira, perdeu a mãe, o irmão e o tio para o coronavírus. Ao todo foram seis membros da família contaminados pela doença. Todos vivem em Itaquera, bairro da zona leste de São Paulo. De acordo com a UOL, ela comentou que nota que muitas pessoas continuam fazendo festas e reuniões mesmo com a quantidade de vítimas subindo a cada dia.
“Meu tio morreu no dia 25 de março, um dia depois de a quarentena começar em São Paulo. Tinha 75 anos. Ficou internado e intubado até morrer”, conta Roseli em entrevista ao UOL. A paulistana disse que a família ficou assustada, porque tudo foi muito rápido. Já a mãe de Roseli tinha 77 anos e além de fazer parte do grupo de risco, sofria com bronquite asmática e era hipertensa.
“No dia 2 de abril, quando liguei para ela, me disse que no dia anterior começou tosse, mas achava que era de nervoso, e que estava se sentindo quente. Nesse meio tempo, meu irmão, de 46 anos, estava com dor nas costas e tosse, mas achava que era estresse”, relatou Roseli.
Ela conta que logo depois o irmão foi para o hospital, porque tinha passado muito mal na garagem da casa dele, mas pediu para Roseli não contar a mãe deles para não preocupar. “Ele foi transferido para a UTI, porém escondemos isso dela”, relembrou. Entretanto, não muito para a mãe de Roseli também se sentir mal e precisar ir para o hospital. “A médica já chegou falando que era coronavírus. Só que eu disse que ela não teve contato com ninguém”, contou.
“No dia 5 de abril ao meio dia ligaram para a casa do meu irmão que estava internado, solicitando um familiar na unidade. Pensamos que o médico ia adiantar a visita, mas a minha mãe tinha morrido e no mesmo dia meu irmão foi intubado. Na sexta, dia 10 de abril, chamaram para alguém ir até o hospital com o documento dele. Eu já sabia”, disse Roseli.
De acordo com a enfermeira em menos de um mês, três membros da família tinham falecido de coronavírus. Após a tragédia, a família descobriu mais três casos da doença. “Testaram positivo: meu irmão mais novo, de 40 anos, minha cunhada, de 46, e meu sobrinho, 17. Estão bem. Eu não peguei”, contou.
Roseli termina o depoimento dizendo que ficou assustada com a quantidade de pessoas na rua a partir do começo de maio. “Festas cheias de gente a cada quarteirão. Não é possível que as pessoas não se conscientizam. Não esperava que ia acontecer na minha família também. É desumano não receber um abraço nessas horas, não poder fazer velório, não poder reconhecer irmão. E tem muita gente que não está nem aí”, defendeu.
A enfermeira disse que se todos ajudassem, seria mais fácil voltar à rotina. “Eu também quero sair, visitar minha família, dar um abraço neles, mas nem isso pude fazer. Muitos não têm noção como um abraço faz falta”, encerrou.
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