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Família espera resultado do exame que pode provar que mulher em coma no ES é criança desaparecida há 45 anos

A paciente foi atropelada por um ônibus - reprodução / Getty Images
reprodução / Getty Images

Publicado em 05/08/2021, às 13h06 - Atualizado às 13h16 por Sandra Lacerda, filha de Sandra e José Leonardo


Cecília São José de Faria desapareceu com 1 ano e 9 meses de idade durante uma viagem da família para Guarapari. Quando ouviram sobre o caso da mulher sem registros oficiais, internada desde criança em estado vegetativo em Vitória,  a família quis saber se poderia haver alguma ligação com Cecília. O Ministério Público do Espírito Santo investiga o caso.

A família que mora em Belo Horizonte, Minas Gerais, aguarda desde abril pelo resultado de um exame genético que identificaria se a mulher sem registro oficial e internada há 21 anos em estado de coma é a menina que sumiu em  1976. De acordo com o hospital, a paciente, conhecida como Clarinha, foi internada em 2000 após ser atropelada por um ônibus. O acidente prejudicou diretamente o cérebro dela – e ela segue em coma desde então.

A paciente foi atropelada por um ônibus (Foto: reprodução / Getty Images)

De acordo com o portal G1, a irmã de Cecília, Débora São José de Faria, hoje com 50 de idade, não parece estar muito confiante em acreditar que a mulher do hospital seja a irmã, e para ela é apena mais uma suspeita. Isso porque, desde o desaparecimento da bebê, cerca de 20 pessoas foram analisadas com a possibilidade de serem a criança perdida, mas nenhuma delas era Cecília.

Débora contou que soube da mulher internada no Espírito Santo em dezembro do ano passado, após ter atendido uma ligação de um homem que se identificou como um policial do Paraná e levantou a hipótese de a paciente, que ficou conhecida como Clarinha, ser Cecília. Ela falou: “Ele me deixou com a pulga atrás da orelha. Eu olhei na internet, verifiquei que realmente existia essa pessoa [internada em Vitória], pedi para a delegacia daqui entrar em contato com o pessoal do Espírito Santo e pedir o material genético“.

Segundo a irmã, o DNA de Clarinha foi enviado para a delegacia da Polícia Civil de Minas Gerais em abril, para ser comparado com o dos pais dela, cadastrado em um banco de dados. Entretanto, ela ainda não foi informada do resultado: “Tem muito tempo que a gente está aguardando o resultado e nunca sai. Espero que agora o estado agilize”, disse.

Débora se lembra do dia do desaparecimento de Cecília

Débora contou que a  menina desapareceu no dia 2 de fevereiro de 1976.  Na viagem em família, eles saíram de Minas Gerais em Direção a Guarapari, no Espírito Santo. A mãe das meninas tinha feito uma cirurgia, e o médico recomendou o passeio para que ela pudesse relaxar e descansar. A irmã contou que eles estavam hospedados em um chalé, dentro de um condomínio fechado, em um acampamento de adventistas. Na época, Débora tinha 5 anos.

Após 45 anos, ela ainda se lembra do dia em que a irmã desapareceu. Débora falou: “Eu lembro que nós chegamos no dia 1º de fevereiro, à tardinha. No dia seguinte, levantamos cedo, fomos para a praia, voltamos e almoçamos. Mais tarde, a babá estava dando banho no meu irmão mais velho e, quando chamou a Cecília. Por volta de 17h30, é que a gente viu que a Cecília não estava mais na casa”.

A criança desapareceu com 1 ano e 9 meses (Foto: Getty Images)

Desde a viagem ninguém mais teve notícias de Cecília. A mãe da criança morreu em maio deste ano sem saber se a moça internada no hospital do Espírito Santo era a filha desaparecida ou não. O pai está com Alzheimer.

Após tantas suspeitas sobre o paradeiro da irmã, Débora não cria expectativas sobre essa nova possibilidade. Ela disse: “Para mim este é mais um caso, mas a gente cria toda uma história. Cada pessoa que aparece, que fala mais ou menos a vida dela, a gente cria uma história. Eu já tenho uma história toda criada em cima dessa pessoa que não tem identificação, a gente acha estranho uma pessoa não ter identificação. A gente tem que aguardar realmente o resultado do DNA”.

Entenda o caso

A paciente Clarinha, como ficou conhecida, deu entrada no hospital sem documentação e, por isso, segue sem identificação há 20 anos. O acidente de carro  a levou a passar por diversas cirurgias. Médicos informaram que ela foi internada com as digitais muito prejudicadas, que dificultaram ainda mais a identificação. O Ministério Público do Espírito Santo (MPES) segue na luta para identificar a paciente desde o primeiro dia de sua internação, e outros órgãos públicos já se envolveram na missão de entender quem é essa mulher.

102 pessoas pessoas desaparecidas foram associadas com possíveis identidades da mulher internada. Contudo, desse grupo, apenas 22 seguiram como suspeitas. Ao portal UOL, o MPES informou: “Depois de uma triagem mais detalhada, quatro casos foram descartados, devido à incompatibilidade de informações ou pelo fato de as pessoas procuradas já terem sido encontradas. O MPES dividiu as 18 pessoas restantes em dois grupos para a realização dos exames de DNA. No entanto, os resultados mostraram-se incompatíveis para traços familiares” .

Em 2020, o Ministério Público do Espírito Santo (MPES), que acompanha o caso de Clarinha desde o início das investigações, solicitou uma identificação da mulher. As papiloscopistas da Força Nacional de Segurança Pública (FNSP) encontraram semelhanças entre a paciente e a criança desaparecida. Agora, para a obtenção de  informações mais concretas, um exame de reconhecimento facial foi exigido.


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