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Família que enfrentou e venceu coronavírus conta detalhes dos sintomas e faz apelo: “Ame hoje e não espere o amanhã”

Poly Pinheiro conta que ela e o marido, Fábio, nunca saberão se ele estava ou não com coronavírus - arquivo pessoal
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Publicado em 06/04/2020, às 15h09 - Atualizado às 15h40 por Jéssica Anjos, filha de Adriana e Marcelo


Poly Pinheiro conta que ela e o marido, Fábio, nunca saberão se ele estava ou não com coronavírus (Foto: arquivo pessoal)

Polyana Pinheiro, mãe de Miguel, de 9 anos, e Murilo, de 5 anos, embaixadora da Pais&Filhos, compartilhou com a gente os dias difíceis que enfrentou o coronavírus dentro de casa. O marido, Fábio, embora não tenha feito o teste para confirmar, apresentou todos os sintomas há algumas semanas. Quando foi ao hospital, estava com sintomas leves e, conforme o protocolo do Ministério da Saúde, foi encaminhado pelo médico a ficar de quarentena e retornar caso o quadro respiratório se agravasse. 

“Não temos como saber se tivemos contato com alguém que viajou, meu marido é corretor de imóveis e lida com várias pessoas com grande poder aquisitivo”, começa Poly contando a história. De acordo com a dona do projeto Mães Amigas, no final de semana que Fábio começou a manifestar os sintomas da doença, ele tinha jogado uma partida de vôlei no sábado e acreditava que as dores no corpo eram por ter pegado pesado demais no jogo. “Na segunda-feira seguinte ele já começou a entrar em estado febril, com 37.7 de temperatura”, explica.

Poly lembra que naquela semana, eles já estavam se programando para começar o home office, pelo aumento no número de casos no Brasil. “No dia seguinte, terça-feira, o Fábio apresentou 39.2 de febre e por precaução isolamos ele na casa”, conta. O casal mora em um sobrado, o que facilitou o isolamento. Fábio ficou no andar de cima e Poly se acomodou no andar de baixo com os filhos.

Poly explica que após a febre do marido aumentar, eles o isolaram no andar de cima da casa e até os utensílios que ele usava tinham o seu nome (Foto: arquivo pessoal)

Como a empresária é asmática e faz parte do grupo de risco, precisava muito se proteger do vírus. Então, além do isolamento, Poly separou os utensílios que o marido usava durante o período da quarentena e colocou o uma etiqueta com o nome dele para não confundir. “Com o passar dos dias, os sintomas não passaram. Meu marido teve dor de cabeça e estava sem apetite. Até o dia que ele reclamou de falta de ar”, relembra.

Segundo Poly, este foi o alerta vermelho para ir até o hospital. “O médico o colocou como prioridade de atendimento e disse que provavelmente ele estava com o vírus. Fizeram alguns exames e constataram que o quadro não era grave, por isso ele não fez o teste e foi encaminhado para a quarentena”, explica. A mãe contou pra gente que tentou ligar para todos os laboratórios que conhecia para Fábio conseguir realizar o teste de coronavírus, mas nenhum tinha. “Ele teve falta de ar à noite durante 4 dias. Chegou a fazer uma inalação, porque estava tossindo muito. Depois foi melhorando progressivamente”, conta.

Durante o tempo de quarentena, Fábio observava os filhos brincarem da sacada (Foto: arquivo pessoal)

De acordo com a nossa embaixadora, depois desse episódio os sintomas foram melhorando. “A febre e a dor no corpo foram as primeiras a passar. O apetite foi voltando e o médico disse que era pra ele tomar muito líquido. Então, oferecia água, suco e muita fruto”, comenta. Fábio começou a ficar bem a partir do 9° dia após os primeiros sintomas. “Foi um período sem contato com as crianças, a gente se comunicava da sacada. Ele ficava observando os meninos brincarem”, explica.

Quando deram os 14 dias da quarentena a família não aguentava mais a distância. “Fábio leu uma matéria que era importante tirar a barba por conta do vírus. Ele desceu no dia seguinte, quando completou o tempo de isolamento, para passarmos o dia juntos”, conta.

O reencontro com a Poly após 14 dias isolado da família (Foto: arquivo pessoal)
  • O reencontro

Poly contou para a gente que o reencontrode Miguel e Murilo com o pai foi muito emocionante. Ele só avisou a esposa que estava descendo e pegou as crianças de surpresa que partiram para o abraço assim que viram Fábio chegar. “Para mim foi um exercício de paciência bem cansativo. A primeira semana é um susto, na segunda você dá uma surtada e na terceira começa a colocar as coisas no eixo. Eu precisei me reorganizar para dar conta de tudo sozinha enquanto o Fábio estava isolado”, relembra.

Ela disse que foi bem transparente com os filhos, contou que o pai precisava dormir na parte de cima da casa e porque estava com sintomas de coronavírus. “Falei da importância de lavar a mão toda hora. Quando ele voltou do pronto-socorro, Miguel, meu mais velho, ficou um pouco assustado. Eu disse que precisávamos trabalhar como equipe”, conta. Poly disse que a tática funcionou e os meninos fizeram a parte deles para ajudar no processo. Até banho no mais novo, o filho primogênito deu!

Fábio abraçando os filhos Miguel e Murilo e comemorando a liberdade após 14 dias de quarentena (Foto: arquivo pessoal)

A empresária defende que é importante as famílias que estão passando por isso compartilharem sua experiência com as pessoas. “Compartilhei nossa rotina no Mães Amigas e recebi feedback positivo. É importante mostrar que se trata de um desafio, mas passa!”, aconselha.

  • A visão do Fábio

“Eu percebi que o vírus é muito inteligente. Parece que ele vai entrando e tentando encontrar uma brecha no seu organismo”, explica o pai. Fábio contou pra gente que perguntaram de onde ele contraiu a doença, mas quando parou para analisar tinha umas 10 possibilidades diferentes e deu um conselho: “Minha sugestão para pessoas que estão contaminadas é focar na hidratação. Beba bastante água e se isole 100%. Se tranque no quarto e só saia depois de 14 dias”.

“Foi mágico reencontrar os meninos. Não poder falar com ninguém durante o tempo de isolamento é realmente desafiador. Ficar sem poder abraçar, beijar, é horrível. Um dia o Murilo foi na sacada e disse: ‘Pai vamos dar um abraço de longe’. A gente passa a rever os valores”, comenta. Veja o vídeo do reencontro dele com os filhos abaixo:

“Preste mais atenção no simples, dê valor aos elogios do seu filho. Pequenos atos são importantes”, aconselha Fábio. Ele espera que esse momento sirva para a gente dar mais valor às pessoas enquanto elas estão vivas. “Ame e não espere o amanhã”, finaliza.

Poly com Fábio, os filhos Miguel e Murilo, e a enteada Nicole (Foto: arquivo pessoal)

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