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Giselle Itié sobre a dualidade de ser mãe após lançar ‘Ocitocina’: “Vou equilibrar melhor”

Giselle Itié produziu “Ocitocina”, um clipe cinematográfico que fala sobre empatia e maternidade - Reprodução YouTube
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Publicado em 06/05/2022, às 15h23 - Atualizado às 15h52 por Cecilia Malavolta, filha de Iêda e Afonso


Lançada em 2018 pelo cantor Paulo Carvalho em parceria com Arnaldo Antunes, a música “Área de cobertura” ganhou um novo olhar com o lançamento do clipe cinematográfico “Ocitocina” baseado na canção dos dois compositores e produzido pela atriz Giselle Itié.

Mãe de Pedro Luna, Giselle criou o clipe de forma 100% independente e com um time inteiro liderado por mulheres para passar uma mensagem sobre a desigualdade de divisão de tarefas na parentalidade, a sobrecarga materna e a necessidade de uma sociedade mais igualitária. A ideia do nome? A reação química que ocorre entre mãe e filho. “O nome dado ao clipe faz referência à ocitocina, conhecida como o hormônio do amor, uma pequena proteína que é liberada, por exemplo, durante um beijo ou abraço, ou até mesmo na amamentação, contribuindo para o fortalecimento de vínculos positivos entre as pessoas”.

Giselle Itié produziu "Ocitocina", um clipe cinematográfico que fala sobre empatia e maternidade
Giselle Itié produziu “Ocitocina”, um clipe cinematográfico que fala sobre empatia e maternidade (Foto: Reprodução YouTube)

A personagem retratada por Giselle no clipe mostra a dualidade da maternidade: ora extasiante, ora exaustiva por causa da sobrecarga. “Não é de hoje que vemos uma mulher sendo mãe solo, mesmo em um casamento. Na essência do clipe, quis mostrar o autocuidado, com uma personagem que foge de casa, tira a farda e se transforma em uma mulher plena e cheia de vida, pois a questão é: quem cuida de quem cuida?”.

Em conversa exclusiva com a Pais&Filhos, Giselle Itié abriu o coração sobre a produção do videoclipe, sua forma de criar e educar Pedro Luna e a maneira como ela enxerga a disparidade de divisão de tarefas e responsabilidades na parentalidade.

O clipe retrata a dualidade entre ser mãe (as dores e as delícias) e o ser mulher. Como você equilibra esses pratos na sua vida?

Me esforço muito para equilibrar. A Giselle mulher ainda está esperando o autocuidado na rotina. Mas acredito que pós lançar o clipe como diretora, vou poder equilibrar melhor todas as Giselles. Realmente foquei toda a minha energia neste filme e no cuidado do meu filho. Este filme/clipe não deixa de ser meu segundo filho, não é mesmo?

Giselle Itié contou que a produção de "Ocitocina" é um divisor de águas na maneira como ela equilibra os pratos da maternidade
Giselle Itié contou que a produção de “Ocitocina” é um divisor de águas na maneira como ela equilibra os pratos da maternidade (Foto: reprodução/Instagram/@gitie)

Como você enxerga a disparidade da divisão de tarefas na parentalidade? Dentro da sua vivência, o que é/foi mais difícil?

Acredito que a falta de igualdade no cuidado do lar e/ou com os filhos é uma base muito profunda da nossa sociedade patriarcal, na qual todos nós devemos nos reeducar e nos conscientizar. Aqui em casa temos um avô, um tio e um pai que são bons exemplos para o Pedro Luna, de que os homens devem se responsabilizar com o cuidado. Acredito que essa é a melhor forma de educar os nossos meninos.

O clipe mostra muito o olhar da criança enxergando a mãe. Quais são os valores em que você se baseia para criar e educar o Pedro?

Acredito que as crianças aprendem mais com os nossos exemplos do que com o que falamos. Portanto, é imprescindível que os pais e a rede de apoio se reeduquem. Cresci em uma família muito amorosa e, logicamente, inserida em uma sociedade patriarcal. Por mais que o meu pai cozinhe, limpe a casa, cuide do meu filho, mesmo assim, tanto ele quanto a minha família temos resquícios de uma educação machista. Sempre estamos atentos para passar o melhor exemplo para o Pedro Luna, e para isso temos que estar atentos à nossa desconstrução.

Assista ao clipe cinematográfico “Ocitocina”


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