Publicado em 29/04/2021, às 14h03 por Cecilia Malavolta, filha de Iêda e Afonso
“A culpa é inevitável. Quem é mãe vai me entender”. Durante a tarde de 22 de abril, Paula dos Santos Saraiva sentiu o coração nas mãos ao ver a filha mais nova, Catarina, de 9 meses, sofrer um acidente doméstico. Ela estava na cozinha com a menina e a primogênita, de 4 anos, enquanto esperava um bolo assar para o café da tarde – um olho no doce e outro nas crianças. Durante um momento de distração, a bebê engatinhou até o forno e se apoiou no vidro quente com as duas mãos para tentar ficar em pé. “Catarina começou a chorar e imediatamente tiramos ela. Foi desesperador”.
O intervalo entre o acidente e começar a cuidar das mãos da filha foi de segundos – tempo o suficiente para que começassem a formar bolhas ao longo dos dedos e das palmas da bebê. Agir rápido e estar preparada para caso houvesse algum problema foi fundamental para que o quadro de Catarina não se agravasse: “Colocamos as mãos debaixo da torneira para resfriar o local. Já sabia que era necessário fazer isso porque, senão, a pele continua aquecida e vai ‘cozinhando’. Isso aliviaria a dor e consequências piores”, contou Paula.
Saber o que fazer durante acidentes domésticos salva vidas – e Paula sempre busca informações para poder ser rápida: “Recentemente, salvei a Catarina de um engasgo. Se eu não soubesse a manobra, ela não estaria aqui agora”. Quando a filha queimou as mãos, já tinha em mente exatamente o precisa fazer e o que não devia colocar nas bolhas de jeito nenhum: “Sabia que não pode colocar gelo e usar nada caseiro, como a maioria das pessoas costumam fazer, como manteiga, pasta de dente e banha”. Depois de aliviar as dores da filha com água corrente, Paula entrou em contato com a pediatra da família, que indicou analgésicos e pomadas para passar nas lesões.
Ao longo da noite que sucedeu o acidente, Paula e o marido passaram a noite em claro para certificar que Catarina não esbarrasse as mãos em nada. De acordo com a pediatra, as queimaduras da menina foram de 2º para 3º grau e tudo poderia ter sido mais grave se não fosse a agilidade da mãe em prestar os primeiros socorros. “Ela estava só de fralda, poderia ter encostado a barriga no forno também. Agora já está começando a cicatrizar”, desabafa.
Pensando em alertar outras famílias sobre o perigo das queimaduras, Paula usou seu perfil no Instagram (@mamaepaulinha) para compartilhar o acidente. “Jamais esquecerei esse dia. É um sentimento de impotência… não desejo a ninguém o que passamos”, desabafou. Por agora, os remédios usados por ela para diminuir o desconforto da filha são essenciais: colo, peito, carinho e muito acolhimento.
De acordo com o Ministério da Saúde, 21.023 crianças entre 0 e 14 anos de idade foram hospitalizadas por causa de queimaduras em 2019. Esse tipo de acidente doméstico é o segundo mais comum e que mais causa internações no Brasil, segundo informações da ONG Criança Segura – e, por causa disso, todo cuidado é pouco. Caso a criança se queime, é preciso seguir alguns passos para garantir o bem-estar dela.
Primeiro é necessário identificar se a causa da queimadura aconteceu por um escaldo, como derramamento de água quente, por exemplo, ou contato, encostando em alguma superfície quente. Segundo dra. Tatiana Moura, cirurgiã plástica pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, mãe de Apolo e Teodoro, em seguida é preciso resfriar o local: “Imediatamente coloque em baixo de uma água corrente e lave com sabonete neutro se houver algum tipo de sujeira”, orienta.
No caso de queimaduras pequenas, a família pode cuidar em casa hidratando com um óleo de amêndoa e girassol, observando se há formação de bolhas. “Se houver bolhas e forem pequenas, os pais podem tirar a pele da bolha e continuar fazendo a aplicação do óleo. Se ela for maior e você não tiver condições de fazer essa limpeza, é melhor levar num pronto-socorro”, comenta a cirurgiã plástica.
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