Família

Mãe relata como conseguiu resgatar a relação com a filha depois de se distanciarem

(Foto: Arquivo pessoal)

Publicado em 15/07/2018, às 18h53 - Atualizado às 19h02 por Jennifer Detlinger, Editora-chefe | Filha de Lucila e Paulo


(Foto: Arquivo pessoal)

(Foto: Arquivo pessoal)

A Ana Paula Santos participou do Lá em Casa é Assim, projeto da Pais&Filhos em parceria com a Natura Mamãe e Bebê, e nos contou sobre o eterno sentimento de culpa que as mães carregam. Em um momento da vida de sua filha, Paula, elas se afastaram e perderam o laço que as unia. Mas Ana conseguiu resgatar a relação da melhor forma: com muito amor. Vem conhecer essa história:

“Comecei a trabalhar logo aos 15 anos de idade e tinha objetivos profissionais muito claros em minha vida. Casei aos 18 anos com o Raul, pai da Paula e meu atual marido. Me formei aos 22 anos e já atuava na minha área de trabalho. Aos 24 anos terminei a pós-graduação e um ano depois descobri que estava grávida da nossa tão sonhada Paulinha. Tão sonhada Paulinha, sim, apesar de sempre termos tido consciência de que antes não era o ‘momento’, imaginávamos cada pedacinho dela, a cor do cabelo, dos olhos, da pele, da sua personalidade. Há mais entre o céu e a terra do que podemos imaginar!

Durante a gestação eu imaginei que seria tranquilo pra mim (psicologicamente) colocar ela em uma creche em período integral, já que não tínhamos a possibilidade de deixá-la com as nossas famílias, e que ela se adaptaria tranquilamente, o que de fato ocorreu, pois fomos extremamente criteriosos na escolha do berçário, e, nas questões de integridade física, eles eram realmente excelentes.

Os quatro meses pós-nascimento foram muito intensos entre mim e a Paula, éramos apenas nós duas e a paz de nossa casa. No primeiro mês, meu marido tirou férias, mas eu estava ali para tudo, tudo mesmo, nem parecia que eu tinha passado por uma cesárea. Banhos com muitas cantorias, muitas conversinhas (um monólogo da minha parte, mas aqueles olhinhos me olhando são inesquecíveis), beijinhos e ‘pororocas’ por todo corpinho, balanços, massagens, músicas, amamentação de quarenta minutos a cada três horas…ela era muito tranquila e eu estava brincando de boneca de verdade!

Não consigo descrever o sofrimento que foi deixar ela no berçário, mas com o tempo tudo torna-se aceitável, menos aquele eterno sentimento de culpa que nós mães carregamos. Ao longo dos anos a minha vida profissional foi ficando cada vez melhor, oportunidades surgiam me colocando em posições mais estratégicas, consequentemente diminuindo meu tempo em família. Não demorou muito para eu perceber também que a Paula, mesmo bebê, não se importava com a minha presença, na verdade ignorava a minha existência. Na época, em conversa com uma especialista, ela me disse que era uma defesa, já que ela não me tinha por perto quando precisava, então, me isolava da “vida dela”.

Ao longo dos anos o nosso relacionamento foi só piorando, ela me rejeitava e, entre eu e o pai, preferia sempre ficar com o pai. Meu coração sangrava e me senti perdida por diversas vezes, quase tudo ia mal, menos meu trabalho. Recebi uma promoção. Vibrei! Logo depois, chorei! Eu trabalhava com Tecnologia da Informação, nada podia parar. Nem eu! Eu devia estar disponível sempre, o que consequentemente me fazia indisponível em minha casa. Num determinado momento, bem conversado em casa, eu resolvi parar. No meu caso, estava difícil conciliar a razão, a emoção, a vontade e o querer.

Aos 4 anos de idade da Paula, começava um novo desafio em nossas vidas, a história de como resgatamos o nosso relacionamento, a confiança, o interesse, a cumplicidade e a amizade. Construir é um processo longo e que requer muito cuidado, atenção e paciência, porém reconstruir é um processo que requer o dobro de tudo isso, pois existe uma memória de desgaste que se não for conduzida de forma cuidadosa pode interferir negativamente neste processo.

Passamos do monólogo a longas conversas, dos choros irritados a boas gargalhadas, do evitar a intensas brincadeiras, dividimos nossos medos, anseios, histórias, dúvidas, certezas, vontades, dores, raiva e o melhor de tudo, fazemos tudo isso porque queremos fazer, porque queremos dividir uma com a outra, não é obrigatório e não há regras. É natural e involuntário, é puro. Ela me salvou e eu salvei ela. Salvamos nossa relação! Lá em casa hoje é assim!”

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