Publicado em 02/03/2021, às 10h33 - Atualizado em 12/04/2023, às 14h28 por Cinthia Jardim, filha de Luzinete e Marco
Após a infecção pelo novo coronavírus, muitos pacientes tem observado os sintomas da doença depois de recuperados. Chamada de síndrome pós-covid-19, covid longo, ou ainda covid persistente, é preciso ficar de olho e se cuidar o quanto antes para que as sequelas não sejam permanentes, de acordo com o otorrinolaringologista, Dr. Alexandre Colombini, pai de Bianca.
Podendo perdurar por meses, a Dra. Keila Mara de Freitas, infectologista membro da Doctoralia, mãe de Erick, explica que os sintomas em pessoas que tiveram internação prolongada, por exemplo, além de quadros mais graves da doença, podem demorar mais tempo para se recuperar da síndrome pós-covid-19, afetando assim também a qualidade de vida do paciente.
O termo é utilizado para os pacientes que tiveram a doença, fizeram o isolamento, se curaram, mas depois de um certo período voltaram a apresentar sintomas. O otorrinolaringologista completa ainda que existem casos em que o paciente só apresentou os sintomas de covid após a cura. “Embora a síndrome pós-covid esteja sendo relatada mais frequentemente nos casos que apresentaram a forma grave da infecção, também pode acontecer naqueles pacientes que tiveram casos leves e moderados, especialmente naqueles pessoas que são do grupo de risco: obesos, hipertensos, diabéticos, ou com histórico de transtornos psicológicos”, explica.
Os principais sintomas para suspeitar da síndrome pós-covid-19 são: cansaço excessivo, dores musculares, tosse, sensação de falta de ar ao realizar algumas atividades diárias, perda do olfato e do paladar, zumbido, tontura, esquecimento, dor de cabeça, confusão, palpitações, sudorese, ansiedade/depressão, insônia, problemas digestivos, náuseas vômitos, dentre outros sintomas que podem ser manifestados.
“A síndrome pós-covid-19 é o resultado de uma tempestade inflamatória no organismo da pessoa durante a infecção”, comenta Alexandre Colombini. Geralmente, o problema pode acontecer por conta das citocinas, que se acumulam no sistema nervoso central do paciente, ou demais órgãos, “levando ao estado inflamatório crônico e formações de microtrombos”. Vale lembrar que isso pode levar aos sintomas neurológicos e também sistêmicos.
De acordo com a infectologista, é importante ressaltar que a síndrome pós-covid-19 não ocorre em todos os casos, mas pode acontecer em qualquer caso. “Apesar de ser mais esperado nas pessoas que apresentaram quadros mais graves, mesmo pessoas que tiveram quadros moderados ou leves podem desenvolver esta síndrome em diferentes graus e por tempos diferentes”. Segundo a especialista, a cada 10 pessoas com covid-19, 8 ainda apresentam sintomas cerca de duas semanas após a cura da doença. No entanto, 6 em cada 10 apresentaram sintomas depois de seis meses da contaminação.
Nas crianças, o problema ganha o nome de Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica e, apesar de rara, pode ser grave. “No início, muitos médicos chegaram a confundir esses sintomas com a doença de Kawasaki, que é um quadro inflamatório semelhante e aparece, geralmente, em bebês e crianças de até cinco anos. Porém, nessa síndrome, nós observamos as manifestações dos sintomas em crianças maiores dessa idade, sendo assim considerada uma nova doença”, explica o otorrinolaringolista.
De acordo com Alexandre Colombini, os principais sintomas observados em pacientes pediátricos são: “febre persistente de até 40ºC, dores abdominais, queda da pressão arterial e manchas na pele. Em casos mais graves, podem até evoluir para uma infecção generalizada”.
Geralmente, as reações costumam aparecer depois de aproximadamente um mês da criança ter contraído covid-19. “Isso pode acontecer, independentemente, se ser uma versão leve, grave ou assintomática da doença”, comenta o otorrinolaringolista. Keila Mara reforça: “a síndrome acontece geralmente entre 1 em cada 5.000 crianças infectadas”.
Recentemente, o Centers For Dissesse Control and Prevention (CDC) sugeriu que a doença seja chamada de síndrome inflamatória multissistêmica associada ao Covid-19 e, para que fosse possível comprovar o quadro, é necessário a confirmação à exposição do vírus nas últimas quatro semanas antes do início dos sintomas ou a infecção pelo SARS-CoV-2, ou a soroconversão (momento em que uma quantidade suficiente de anticorpossurge e aparece na sorologia).
As crianças e adolescentes infectados pela síndrome realizaram dois testes para à covid-19. O primeiro PCR identifica se o vírus está ativo naquele período e teve e maioria de respostas negativa. Já o segundo de sorologia, que verifica a resposta imunológica da pessoa em relação ao vírus, com a detecção de anticorpos teve maioria de respostas positiva. Assim a maioria tinha sido infectado anteriormente, mas já tinha os mecanismos de defesa. “Os resultados são mais uma razão para pensarmos que esta síndrome inflamatória multissistêmica pode ser uma complicação tardia do coronavírus, com uma resposta imunológica desproporcional (ou seja, uma síndrome pós infecção)”, a Dra. Renata Waksman, vice-presidente da Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP), mãe da Muriel e Ricardo
É possível notar ainda semelhanças com a Doença de Kawasaki, uma vasculite aguda rara que causa febre persistente, quadros de erupção cutânea e aneurismas das artérias coronárias. Neste caso específico, é mais comum acometer crianças menores de cinco anos. No caso da Síndrome do Choque Tóxico, causada por bactérias que produzem toxinas, ocorre a disfunção de múltiplos órgãos e instabilidade da pressão arterial. A diferente entre as questões é que enquanto a primeiro o agente transmissor na primeira é um vírus, na segunda é uma bactéria.
Infelizmente, ainda não existe uma prevenção para a síndrome ou um tratamento definido, mas é superimportante que o paciente procure por um especialista para que uma abordagem multidisciplinar seja feita. “De forma geral, deve ser feito um processo de reabilitação do paciente”, comenta Keila.
Seja na população adulta ou pediátrica, Alexandre recomenda que o paciente busque por um especialista da área dos sintomas que está sentindo. “Por exemplo, no caso da perda do olfato ou paladar, procurar um otorrino, no caso de uma dor no peito, alteração da pressão arterial, arritmia, procurar um cardiologista, no caso de falta de ar, cansaço aos esforços, procurar um pneumologista. Isso é essencial para que o especialista possa junto com uma abordagem multidisciplinar de fisioterapia, nutrição, psicólogos, tratar esse paciente na maneira mais adequada”, conclui.
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