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Surto de meningite é registrado em São Paulo: morte de bebê de 2 meses foi confirmada

Os sintomas iniciais da doença são: febre, irritabilidade, dor de cabeça, perda de apetite, náusea e vômito - Shutterstock
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Publicado em 29/09/2022, às 11h01 - Atualizado às 13h46 por Carolina Ildefonso, mãe de Victor


Atenção! Um surto de meningite está acontecendo na zona lesta da capital paulista. Segundo a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) mais especificamente na região dos distritos administrativos da Vila Formosa e Aricanduva. Já são 5 casos registrados de meningite meningocócica do mesmo tipo C, no período de 16 de julho a 15 de setembro, sendo um bebê de 2 meses e adultos de 20, 21, 42 e 61 anos de idade, nesta região. Entre eles um óbito confirmado, de uma mulher de 42 anos.

frasco, seringa e agulha para vacina
Os sintomas iniciais da doença são: febre, irritabilidade, dor de cabeça, perda de apetite, náusea e vômito (Foto: Shutterstock)

Falar sobre a importância da cobertura vacinal está sendo cada vez mais necessário para evitar a volta de algumas doenças. E esse é um exemplo claro e triste! E como medida emergencial para evitar esse surto, a SMS informa que está realizando ações de prevenção e controle pela Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa). Uma das medidas é um mutirão de vacinação os moradores da região, entre três meses e 64 anos de idade. Além disso, a distribuição de medicamentos preventivos para pessoas consideradas próximas, como parentes ou habitantes da mesma casa das pessoa infectada.

Podem se vacinar pessoas que moram na área de abrangência das seguintes Unidades Básicas de Saúde: UBS Formosa II, UBS Assistência Médica Ambulatorial (AMA)/UBS Integrada Guarani, UBS Jardim Iva e UBS Comendador José Gonzalez. Basta apresentar comprovante de endereço. Mas, quem trabalha nas proximidades, também pode se imunizar. Precisa apenas apresentar algum comprovante, como crachá, holerite, carteira de trabalho atualizada ou declaração com nome da empresa, endereço e carimbo.

A secretaria informa ainda que ainda este ano, foram registrados outros dois surtos localizados de meningite meningocócica na capital. O primeiro foi registrado entre os meses de janeiro e março, no Jardim São Luís, onde ocorreram três casos e duas pessoas vieram a óbito. No segundo, entre maio e junho, na região do Pari, mais dois casos, com um óbito. “A SMS esclarece que se considera surto da doença meningocócica quando há ocorrência de três ou mais casos do mesmo tipo em um período de 90 dias na mesma localidade. Na região do Pari, embora tenham ocorrido menos de três casos, foi classificado como surto em razão do número de casos relativo ao tamanho da população local”, informou em nota.

Os dados mostram ainda que em 2022, até o dia 26 de setembro foram notificados 56 casos de doença meningocócica em toda a capital. Mesmo ainda sendo um número alto da doença, a situação ainda é melhor do que no ano de 2019, que no mesmo período (janeiro a setembro) foram registrados 158 pacientes com meningite. O número de óbitos decorrentes da doença também registrou queda. Foram nove, ao todo, neste ano até o momento, ante 28 em 2019.

A doença

A meningocócica ou meningite é uma inflamação das meninges, que são as membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. Ela pode se causada por infecções de vários microrganismos, como fungos, vírus e bactérias. E a forma mais eficaz de prevenção é a vacinação.

Pode se imunizar contra a meningite meningocócica C todos os bebês aos 3, 5 e 12 meses. Já a vacina contra  meningite meningocócica ACWY atualmente é aplicada pelo SUS em crianças de 11 a 14 anos de idade. “É fundamental que pais e responsáveis mantenham a vacinação de seus filhos em dia para protegê-los das chamadas doenças imunopreveníveis, como meningite meningocócica, poliomielite, difteria, coqueluche, sarampo, caxumba, entre outras. Vacinas salvam vidas e isso ficou ainda mais evidente na pandemia de Covid-19”, afirma o secretário municipal da Saúde, Luiz Carlos Zamarco.

criança sendo vacinada no braço
A vacinação é uma das melhores formas de proteção não só contra meningite, mas também outros problemas de saúde (Foto: Shutterstock)

Quais são os sintomas?

Os sintomas iniciais da doença são: febre, irritabilidade, dor de cabeça, perda de apetite, náusea e vômito, por isso podem ser confundidos com outras doenças infecciosas, como a gripe. Na sequência, o paciente pode apresentar pequenas manchas violáceas (arroxeadas) na pele, rigidez na nuca e sensibilidade à luz. É importante saber reconhecer a doença, os sinais, e formas de prevenção, por conta da gravidade e riscos, como levar a confusão mental, convulsão, sepse e choque e falência múltipla de órgãos.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico é clínico, com exame físico, feito por exclusão, já que os sintomas iniciais não são tão específicos. Já o diagnóstico laboratorial tem resultado entre 1 e 3 dias. Quando há suspeita clínica de doença, no entanto, o início do tratamento deve ser imediato e não deve aguardar o resultado dos testes. Ela tem evolução rápida: quando os sintomas aparecem, o quadro já está grave e pode levar a óbito em poucas horas.

Atenção e cuidado com a família toda

Entre todas as meningites, a mais grave delas é a bacteriana, como a meningocócica, um processo inflamatório das meninges – membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. Ela tem transmissão direta (de pessoa para pessoa). Segundo o médico e pesquisador Felipe Lorenzato, PhD em Patologia Molecular pela University College London, a meningite meningocócica pode acontecer por troca de secreções respiratórias e da garganta, como tosse, espirro, beijo ou do compartilhamento de utensílios de cozinha.

Como se prevenir?

A vacinação é uma das melhores formas de proteção não só contra meningite, mas também outros problemas de saúde. As crianças pequenas correm maior risco de ser infectadas e são o grande alvo das campanhas de vacinação. Mas isso não significa que adultos estão livres. Atualmente, existem vacinas para a prevenção dos cinco sorogrupos mais comuns no Brasil, as vacinas contra a meningite meningocócica causada pelo tipo B e as vacinas contra os tipos A, C, W e Y.

Nos postos de saúde, a vacina contra a doença causada pelo meningococo C é disponibilizada para crianças menores de 5 anos de idade e adolescentes de 11 a 12 anos. Além desta, a vacina ACWY pode ser aplicada em adolescentes de 11 e 12 anos. Essa é a principal forma de prevenção, mas outros fatores podem ajudar, como evitar aglomerações e manter os ambientes ventilados e limpos. Sempre é hora de se cuidar e garantir o bem-estar da família!

Assista agora ao podcast Mãe Natureba:


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