Publicado em 30/03/2021, às 12h12 por Helena Leite, filha de Luciana e Paulo
Até o momento, as vacinas disponíveis contra a covid-19 provaram-se eficazes contra as formas mais graves da doença. Apesar disso, ainda ficam muitas dúvidas a respeito desses imunizantes. Afinal, será que elas também evitam a transmissão da doença? Será que vão ser eficazes contra as novas variantes? Quanto tempo vai durar essa imunidade?
Algumas start-ups decidiram investir em encontrar soluções para essas perguntas. Elas estão apostando em uma possibilidade ‘dos sonhos’, mas que já se mostrou viável cientificamente: fabricar uma vacina universal, ou seja, usar uma estratégia diferente da usada nas vacinas até o momento para conseguir agir contra eventuais mutações e variações do coronavírus.
Como explicado pela UOL, a proposta é usar a parte interna do vírus, mais estável, e ativar a chamada imunidade citotóxica, que leva os linfócitos T, que atuam na resposta antiviral, a produzir citocinas ou destruir diretamente as células contaminadas. Caso a proposta dê certo, será possível a fabricação de uma única dose da vacina, capaz de proteger a pessoa contra o coronavírus para o resto da vida.
A start-up francesa Osivax já estava fazendo estudos para conseguir chegar a essa vacina universal contra a gripe e agora estão adaptando esses estudos para a covid-19. “Quando a pandemia de Covid-19 começou, em 2020, imaginamos que os estudos usados na vacina contra a gripe poderiam ser potencialmente aplicados na Covid-19, já que os dois vírus são relativamente próximos”, explicou o engenheiro de biotecnologia Alexandre Le Vert, diretor e cofundador da start-up, em entrevista à UOL.
Para essa vacina universal, os pesquisadores estão apostando na parte interna do vírus, diferentemente da forma na qual é feita nos dias atuais. . “Em vez de focar a Spike, que é o alvo das vacinas convencionais, que hoje funcionam bem, mas estão expostas ao risco das variantes, com uma evolução que pode ser desfavorável no futuro, apostamos na parte interna do vírus, chamada nucleocapsídeo”, contou o engenheiro. Até o momento, essa vacina está em estado de testes pré-clinicos, sendo testada em animais e a empresa espera poder começar a testar nos humanos a partir de 2022.
Mesmo no caso dessa vacina universal ser aprovada, muito dificilmente conseguiremos 100% de cobertura vacinal, isso porque, como apresentado pelo Médico infectologista, Gerente de Qualidade do Hospital infantil Sabará e membro da Sociedade Paulista de Infectologia (SPI), Francisco Ivanildo de Oliveira Jr., pai de Beatriz, em entrevista à Pais&Filhos. “É óbvio que quanto maior a eficácia da vacina, mais gente vai ficar protegida e em tese eu preciso vacinar menos pessoas para ter a minha população protegida. Eu nunca vou conseguir ter 100% de cobertura vacinal, porque algumas vão se recusar, outras não podem tomar a vacina porque tem algum tipo de contraindicação médica, como alergia ou alguma doença que impede que essa pessoa tome. Então, a gente sempre vai procurar uma vacina que tenha o máximo de eficácia”, explica.
As vacinas produzidas até hoje variam no quesito eficácia, de acordo com cada laboratório. O Dr. Francisco pontua que até mesmo as vacinas com menor eficácia são úteis na hora da imunização, desde que respeitem o requisito da OMS de pelo menos 50% de eficácia. “Mesmo se a vacina não tiver uma eficácia tão alta, mas apresentar um bom perfil de segurança, poucos efeitos colaterais e é bem tolerada, ela mesmo assim continua sendo uma vacina útil. Tudo é uma de possibilidade e acessibilidade à vacina. São vacinas que atingem o mínimo estipulados pelas agências reguladoras da Organização Mundial da Saúde para ser considerada como útil, que seria a eficácia de 50%. Então, elas são úteis sim e vão nos ajudar a médio prazo a superar essa situação da pandemia”, explica ele.
Para tirar as dúvidas, conversamos com o médico infectologista Dr. João Prats, da Beneficência Portuguesa de São Paulo, filho de João Antônio e Ana Lúcia, a Dra. Melissa Palmieri, pediatra e coordenadora médica de vacinas do Grupo Pardini, filha de Antônio Carlos e Maria, o Dr. Gerson Salvador, médico especialista em infectologia e saúde pública da Universidade de São Paulo (USP), pai de Laura, Lucas e Luís, a Dra. Melissa Valentini, infectologista e assessora médica do Grupo Pardini, mãe de Luiza e Giovanni, e o Dr. Lívio Dias, infectologista do Centro de Reprodução Humana Santa Joana, filho de José Carlos e Maria Lúcia. Confira algumas respostas:
A partir dos estudos de fase dois, foi possível notar que é necessário 15 dias para se atingir o pico de anticorpos. “Nas vacinas com reforço, as de duas doses, como, por exemplo, a CoronaVac e a de Oxford, apesar da primeira dose já começar a formar anticorpos, é necessário esperar mais 15 dias após a aplicação da segunda dose”, explica João Prats.
Segundo Gerson Salvador, isso pode prejudicar a produção de anticorpos. “Com uma dose só, a produção de anticorpos, o estímulo ao sistema imunológico, vai ser menor e não consegue garantir a eficácia das vacinas que estão divulgadas se a pessoa não tomar o esquema completo. Então, provavelmente a proteção será menor”.
Veja aqui a reportagem completa e mais perguntas e respostas sobre a vacina contra a covid-19.
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