Publicado em 18/03/2021, às 12h32 por Cinthia Jardim, filha de Luzinete e Marco
Apesar das novas variantes existirem, o coronavírusainda continua sendo o mesmo, mas com os vírus-filhos, também conhecidos como mutações. No mundo, as três principais são: a da África do Sul, Reino Unido e Brasil, que merecem uma atenção especial quanto a transmissibilidade da doença.
Com o aumento do número de casos, surge também o medo sobre a eficácia das vacinas para essas mutações, além de qual pode ser o futuro da pandemia por causa delas. Para tirar as principais dúvidas sobre o assunto, conversamos com o Dr. Renato Kfouri, infectologista e diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações, Viviane Favarin, infectologista pediátrica do Hospital São Luiz Morumbi, da Rede D’Or São Luiz, em São Paulo, Guenael Freire, infectologista da Doctoralia, pai de Stella e Olivia, e Marlene Oliveira, presidente do Instituto Lado a Lado pela Vida.
Também conhecida como cepa, as novas variantes da Covid-19 significam que o vírus passou por modificações ao longo do ano, sofrendo alterações no seu material genético. De acordo com Renato Kfouri, isso acontece porque o vírus vai se copiando e acaba “errando” durante as réplicas, formando assim um vírus um pouco diferente do original. “Continua sendo o SARS-COV-2, mas vai se diferenciando daquele que nasceu em Wuhan”, explica o especialista.
As mutações, acontecem a todo o momento, mas ganham uma certa importância quando se tornam protagonistas. “Quando você detecta que em uma região os casos são relacionados a uma variante, isso significa que ela ganhou a capacidade de se reproduzir mais rapidamente. Elas preocupam na medida que melhoram a sua capacidade de transmissão. 99% das mutações que acontecem não tem significância, mas quando ganham esse protagonismo merecem ser estudas e observadas”, alerta.
O diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações comenta que “até o momento, não existem evidencias de que as mutações, principalmente essas três ultimas que temos acompanhando, causem a doença mais grave”. Mas, Viviane Favarin explica que alguns pontos de dados preliminares devem ser levados em consideração para a observação dessas variantes. São eles: maior transmissibilidade, pois algumas cepas podem ser até duas vezes maior do que o vírus original; maior carga viral em pacientes jovens, porque o vírus consegue se replicar melhor do que o original, aumentando assim o tempo de transmissão, necessidade de hospitalização e tempo de internação para essa faixa etária; maior chance de reinfecção e, portanto, um novo aumento no número de casos.
Por já ter acumulado uma série de mutações em genes que codificam a proteína S, aquela que acopla o vírus com as células, Guenael comenta que isso gerou a variante P1. “Assim como temos a variante britânica B1.1.7 e a sul-africana, nós temos a de Manaus. Então, as variantes são vírus que sofrem mutações porque houve um cenário de intensa replicação viral, sem controle”, explica o infectologista. “Então quanto mais intensa é a replicação viral, mais fácil de encontrarmos essas mutações, que na maioria das vezes é desfavorável ao vírus, mas uma minoria pode causar vírus diferentes e mais adaptados ao nosso organismo, sendo mais fáceis de serem transmitidos”.
Sobre a variante de Manaus ser até duas vezes mais transmissível, Guanael comentou a possibilidade. “Estudos demonstram que a variante P1 é mais transmissível”, confirma o médico. Segundo o especialista, isso pode acontecer por possuir uma maior carga viral, além de ser até duas vezes mais transmissível do que o SARS-COV-2. “Como tem mais vírus, essa transformação favoreceu a mutação do vírus com a células humanas do trato respiratório”, comenta.
Depende. Renato Kfouri explica que quando uma variante está circulando com intensidade, é necessário observar se ela é mais transmissível, desenvolve a forma mais grave ou não de quem é acometido, se escapa da resposta imune e aumenta os riscos de reinfecção, ou ainda se pode passar pelas vacinas e testes diagnósticos do covid. “Se o vírus for muito diferente, pode ser que ele não seja detectado nos testes que costumamos usar”, alerta.
Além disso, Viviane completa conscientizando para a importância da quarentena. “A necessidade de isolamento e distanciamento social continuam fundamentais e necessárias. Outro problema é que somando esses fatores junto com a não disponibilidade de uma vacinação ampla, eficaz e rápida, o Brasil se torna um local ideal para o surgimento de outras novas variantes, possivelmente mais graves”.
A mutação de um vírus pode ser caracterizada por cada alteração que ele sofre. Já quanto as linhagens, Renato explica que é como esse vírus irá ficar ao final da história. “Se ele se perpetuou com essas mutações, pode se transformar em uma linhagem, que vai se manter na comunidade ou não”.
Até o momento, dados preliminares mostram que na cepa brasileira não há nenhum tipo de interferência com a vacina. Recentemente, o Instituto Butantan informou que a CoronaVac é eficaz para as mutações. “Mas, isso precisa ser acompanhado especialmente no mundo real, se vamos começar a ver casos graves ou não em indivíduos vacinados. Se, por exemplo, ele tomou duas doses da vacina e mesmo assim adquiriu a doença uma ou mais vezes, em vários casos, isso é um sinal de que aquela variante está escapando da eficácia vacinal”, completa o diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações. Por isso, vale lembrar que quando a maior circulação de pessoas, mais vírus variantes podem surgir.
Marlene Oliveira reforça que é superimportante que as crianças saibam o que estão vivendo em um momento de pandemia, mas com cuidado. “Até porque, elas estão conectadas e acompanham o que está acontecendo. Mas é preciso ter muita atenção para passar as informações corretas e evitar dar detalhes sobre fatos muito duros para não criar um trauma nelas. Depende, ainda, da idade da criança, para cada uma entender o que é importante ser dito e o que é desnecessário informar antes da hora. E, quando na casa há crianças de várias idades, conversar com as mais velhas, para que entendam o que é informação para elas e o que os menores precisam saber. Por isso, o acompanhamento de educadores e especialistas podem ajudar a fazer esse filtro”. Por isso, busque sempre informações em canais especializados, além de pedir ajuda para especialistas caso essas informações estejam impactando na saúde emocional da criança.
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