Publicado em 13/07/2021, às 09h57 - Atualizado às 10h00 por Pedro Pilon, filho de Valéria e Álvaro
Louise Warneford, da Inglaterra, sempre teve o sonho da maternidade, e depois de 16 incansáveis anos, ela teve 18 tentativas frustradas de gravidez, perdendo todos os embriões por abortos espontâneos. Mesmo assim, ela e o marido Mark não desistiram e esse ano finalmente deram à luz ao filho William, que ela descreve ter sido um “bebê milagroso”.
Depois de anos sem um resultado positivo, todo o processo foi cansando Louise emocionalmente. “Nunca tirei fotos quando estava grávida porque presumi que perderia o bebê e não queria aquela lembrança triste. Cada perda me deixou arrasada. Todas as minhas esperanças, todos os meus sonhos… meu mundo inteiro desmoronava. Nunca foi fácil”, contou ela ao Today Parents.
Mesmo com as esperanças se esgotando, o casal optou por utilizar um embrião doado. Esse método funcionou e a inglesa conseguiu ter o tão esperado filho. “Quando William foi colocado em meus braços, eu senti como se tivesse ganhado na loteria. Fiquei absolutamente eufórica”, disse. “Todos os médicos e enfermeiras choraram porque conheciam a minha história”, completou.
A nova mãe decidiu transformar tudo de bom e ruim que aprendeu nessa experiência em um livro chamado “Baby Dreams” (em português, ‘Bebê dos Sonhos’), em que ela conta todos os detalhes, desde as gestações, os momentos em que se sentiu no fundo do poço, e finalmente chegando à luz no fim do túnel, quando o amor da vida dela, o filho William, veio ao mundo.
Ela conta na obra, que estava prestes a desistir, quando o Dr. Hassan Shehata a diagnosticou com “células exterminadoras naturais”, ou células NK. Essas células atuam no sistema imunológico e ajudam o corpo a combater infecções, o médico acredita que elas causavam os abortos espontâneos. “Elas acham que você está carregando um vírus ou câncer e matam o bebê”, explicou Shehata.
Louise contou que o Dr. Hassan a tratou com uma mistura de esteroides, anticoagulantes, e aspirina para bebês. Assim em junho de 2016, ela deu a luz ao filho com 37 semanas de uma gestação saudável. Foi a primeira vez que ela passou do marco de 14 semanas de gestação. Porém esse método não funciona na grande maioria das mulheres, por apresentar estudos que apontam que não é beneficiário passar por um tratamento tão intenso de imunossupressores.
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