Publicado em 18/01/2022, às 14h57 por Hanna Rahal, filha de Lydiana
A manobra de Kristeller consiste em uma manobra para empurrar a barriga da mãe no momento do parto para estimular o nascimento do bebê. Mesmo sendo contraindicado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o procedimento ainda é realizado por obstetras durante o parto — o que significa um tipo de violência obstétrica.
Durante o trabalho de parto, é fundamental respeitar o tempo do mãe e do bebê. Acelerar o parto com procedimentos como a manobra de Kristeller é uma forma de violência obstétrica e faz parte de uma série de condutas que não devem ser realizadas. “Realização de procedimentos médicos não autorizados pela paciente, violação de privacidade, recusa em administrar analgésicos, violência física, entre outras coisas são atitudes criminosas”, explica a ginecologista e obstetra especialista pela FEBRASGO, Karina Tafner, mãe de Marina.
Conversamos com especialistas para entender mais sobre a manobra de Kristeller e esclarecer as principais dúvidas:
A manobra de Kristeller é uma técnica realizada com o objetivo de acelerar o trabalho de parto, em que é realizada pressão externa sobre o útero da mulher – ou seja, a barriga é empurrada pela equipe responsável no trabalho de parto. O procedimento já foi proibido em vários países do mundo e banido pelo Ministério da Saúde e pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Esse procedimento não foi banido por organizações de saúde à toa. Ele pode causar sérios danos para mãe e bebê e dependendo da forma que é feito, os danos podem ser ainda mais sérios. A enfermeira obstetra Cinthia Calsinski, mãe de Matheus, Bianca e Carolina conta que dentre os principais riscos deste procedimento, estão:
Para Isis Quaresma, mãe de Lucas, ginecologista e obstetra pela Febrasgo, a mulher pode se defender se o médico realizar esse procedimento sem autorização. “Ela pode se recusar e pedir que o médico pare de fazer aquela manobra, caso ela tenha adquirido essa informação no pré-natal. E um segundo passo é denunciar o médico. Os principais canais são o próprio hospital, a OMS ou nos próprios canais de denúncia do plano de saúde ou da clínica escolhida”.
A manobra de Kristeller também está associada à maior taxa de realização de episiotomia, procedimento que também é realizado com o objetivo de facilitar o parto, considerado um tipo de violência obstétrica, uma vez que não existem evidências científicas que comprovem o seu benefício e expõe a mulher a muitos riscos.
A Organização Mundial da Saúde fez uma lista de possíveis violências no parto para que as gestantes e acompanhantes saibam identificar e combater nos hospitais e maternidades: abuso físico, abuso sexual, preconceito, discriminação, não cumprimento dos padrões profissionais de cuidado, mau relacionamento entre as gestantes e os profissionais e condições ruins do sistema de saúde.
No Brasil, dados mostram que 25% das mulheres já sofreram algum tipo de violência obstétrica. Sem saber, muitas mães já foram vítimas desse tipo de agressão, que pode ser física ou verbal, durante ou antes do parto. Independentemente do tempo que uma agressão possa ter acontecido, é fundamental denunciar e falar sobre o assunto. Desta maneira, outras mulheres ganham espaço para também expor os abusos e violências que tenham sofrido.
Casos de violência obstétrica podem ser denunciados pelo Disque 136, se o parto ocorreu em maternidade do SUS, ou pelo Disque 180, que recebe todos os tipos de denúncias de violência contra a mulher. O serviço está disponível 24 horas por dia, incluindo sábados, domingos e feriados. A ligação é gratuita. Tenha sempre a sua rede de apoio próxima para te ajudar a lidar com esse trauma que não deve ser menosprezado.
O plano de partoé um grande aliado na hora de assegurar à futura mãe que suas opções em relação aos procedimentos no momento do nascimento sejam respeitadas. Com esse documento, a ansiedade e as chances de frustrações são minimizadas. Em geral, ele inclui as escolhas da gestante sobre alimentação, deambular (ficar livre para caminhar e se movimentar), quem quer que a acompanhe, o pedido em relação à anestesia, se aceita fazer tricotomia (raspagem dos pelos), e outras situações que vão do início do trabalho de parto até depois do nascimento do bebê.
É importante ressaltar que o plano de parto é uma diretriz, mas quem dá a palavra final sobre os procedimentos em caso de necessidades específicas ou emergências, é a equipe médica. Entretanto, o documento possibilita aos pais uma compreensão mais ampla dos processos do nascimento e a possibilidade de compartilhamento das decisões.
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