Publicado em 01/07/2022, às 17h14 por Carolina Ildefonso, mãe de Victor
A atriz Sabrina Petraglia, mãe de Gael, Maya e Leo, postou um vídeo, em suas redes sociais, falando sobre o susto que passou na reta final da gestação do filho caçula, Leo, hoje com três meses. Ela conta que na 35ª semana da gravidez, depois de alguns episódios de muita coceira, descobriu que estava com uma doença rara, chamada colestese gravídica. E por esse motivo teve que fazer o parto cesárea, às pressas. “Muita gente não sabe o que é. Eu não sabia o que era e descobri por acaso e salvei o meu bebê e me salvei a tempo”, disse Sabrina no Instagram.
E você sabe o que é colestase gravídica? A Pais&Filhos conversou com o docente do Departamento de Obstetrícia e Ginecologia da Faculdade de Medicina da USP, Marco Aurélio Knippel Galletta, pai de Alberto e Arthur, para esclarecer sobre a doença.
A colestase gravídica é uma doença do fígado bastante rara, mas que pode ter consequências sérias para o bebê. É caracterizada pela retenção da bile (secreção produzida pelo fígado e armazenada na vesícula biliar composta por diversas substâncias essencial para a digestão e absorção de gorduras e algumas vitaminas). Dessa forma a bile é absorvida pelo organismo da gestante o que causa uma coceira muito forte pelo corpo.
A causa exata da colestase gestacional é desconhecida, mas o que se sabe é que alguns fatores como história da doença na família ou problemas no fígado anterior à gestação podem desencadear o problema.
O sintoma mais comum é prurido forte (coceira) no corpo da gestante, especialmente nas palmas das mãos e na planta dos pés, com piora no período da noite.
Normalmente no terceiro trimestre, em torno de 35 semanas. Mas pode começar também próximo a 28ª semana gestacional.
O tratamento é direcionado para a mãe, através de medicamentos com o intuito de aliviar a coceira e ajudar a eliminar as gorduras do intestino da gestante.
Não há riscos para a gestante, apenas o desconforto. Mas para o bebê as consequências podem ser graves. Há registros de sofrimento fetal e até mesmo óbito. Entretanto, as causas do sofrimento ainda são desconhecidas. Nesses casos o acompanhamento com um especialista é super importante, pois se os sintomas não forem contidos são necessárias outras intervenções, em alguns casos, interromper a gravidez.
Apenas exames laboratoriais podem diagnosticar a doença. Por isso é importante acompanhamento de especialista. Vale lembrar que há uma outra doença, menos grave, chamada prurido gestacional que também causa muita coceira nas gestantes. Por isso é importante o acompanhamento de um especialista para orientar o tratamento correto.
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