Publicado em 12/05/2021, às 10h33 - Atualizado às 12h12 por Cinthia Jardim, filha de Luzinete e Marco
Na infância, é possível acontecer a incontinência urinária tanto fisiológica, quanto patológica, por isso é muito importante saber diferenciar os sintomas e entender sobre a perda de xixi. Podendo ocorrer tanto de dia como a noite, felizmente em ambos os casos existem maneiras de estimular o controle e também tratamento.
Geralmente, o esfíncter urinário, responsável pelo controle do xixi, passa a se desenvolver entre um ano e meio e dois anos e meio da criança. Mas, se seu filho não consegue segurar a urinados cinco aos dez anos, pode ser interessante consultar um médico especialista para entender as causas. Para tirar as principais dúvidas sobre o tema, conversamos com o Dr. Flávio Iizuka, urologista e pesquisador pela USP.
Segundo o urologista, incontinência urinária é a ausência do controle do esfíncter urinário. Quando isso ocorre, acontece a perda involuntária da urina pela uretra, que “pode ser motivo de timidez, baixa autoestima e dificuldade de socialização da criança com os amigos”, por exemplo.
Incontinência urinária fisiológica: neste caso, ela pode ser resolvida a partir do desenvolvimento da criança. “A incontinência urinária fisiológica está relacionada a reversão da imaturidade do centro de controle de micção das crianças, podendo ser revertida espontaneamente”, explica o médico.
Incontinência urinária patológica: já neste segundo caso, o problema acontece por infecções, ou ainda malformações urinárias
O desfralde da criança geralmente acontece em duas etapas e pode influenciar no controle do xixi. A primeira delas é deixar de usá-la no período diurno, mantendo apenas na hora de dormir, e a segunda etapa é quando o desfraldeocorre de maneira total, por volta dos dois anos e meio.
Mas, é importante respeitar o tempo da criança, sem forçar para que ela deixe o hábito cedo demais! “Hoje, existe uma tendência de que a criança não seja estimulada a deixar a fraldaprecocemente, pois isso aumenta o risco dela desenvolver uma disfunção miccional, que inclusive pode ser uma das causas de infecções urinárias e problemas no trato urinário”, explica o Dr. Flávio. “Então, é interessante que os pais não forcem a criança a deixar a fralda, isso pode ser feito gradualmente, mas sem pressionar”, orienta o médico.
Apesar de não existir uma regra, a criança passa a deixar de usar fraldas no período diurno quando adquire o controle do esfíncter urinário. “Em crianças que tem histórico familiar de enurese, que é a perda do controle da bexiga a noite, isso ocorre mais tardiamente”.
Vale lembrar ainda que a incontinência urinária não é considerada patológica até os dez anos de idade. “A regra é de que dos dois aos dez anos, 10% das crianças vão sarando espontaneamente. A partir de uma certa idade, se o problema persistir, o urologista pode entrar com medicação ou terapias de tratamento”.
A causa da incontinência urinária fisiológica é o não amadurecimento do centro de controle dos esfíncter urinários. O problema pode ser diferente para cada criança, além de ser importante levar em conta fatores hereditários e também se existem históricos familiares do problema.
Fisiológica: dificuldade do desfralde noturno e diurno, quando a criança não consegue conter a vontade de urinar
Patológica: geralmente os sintomas são causados por infecções, podendo ocorrer dor abdominal, febre, urina de cheiro forte e fétida
Geralmente, o problema pode ser facilmente identificado. De acordo com o especialista, é possível notar atitudes em que a criança não se sente confortável em deixar a fralda, ou ainda apresenta roupas com urina e lençóis da cama molhados ao acordar.
Para notar e também tratar a incontinência urinária, é possível usar uma espécie de alarme, que identifica as primeiras gotas de xixi na cueca ou calcinha da criança. “Esse é um tratamento com estímulo comportamental, que através de alarmes, a criança desperta e acorda para ir ao banheiro. É mais eficaz por volta dos 8 a 10 anos”. Vale lembrar que um médico especialista deve ser consultado se o problema acontecer.
Não existe tratamento para a incontinência urinária fisiológica. “A tendência é que se postergue cada vez mais e deixe a criança ter o interesse e idade certa para estimular o controle do esfíncter urinário, como sentar no vaso sanitário para fazer xixi no momento correto e perceber que a bexiga está cheia”, explica o Dr. Flávio.
Já quanto a enurese, a perda de xixi durante o sono, quando continua acontecendo após os cinco anos de idade, é preciso ficar de olho. “É tolerado até os dez anos de idade, mas a partir dos cinco o uropediatra costuma prescrever medicamentos adequados”. Além disso, o médico sugere:
Você sabia que o intestino do seu filho também pode dizer muito sobre a incontinência urinária? Quando ocorre a prisão de ventre severa, o médico explica que os fecalomas grandes, ou seja, o acúmulo de fezes na ampola retal, pode ser uma das causas do problema. Por isso, é muito importante que o especialista também investigue a situação, pois uma vez tratado, pode resolver a incontinência urinária.
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