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Muita calma! Veja 6 maneiras de lidar com a raiva do seu filho

Veja 6 maneira de lidar com a raiva do seu filho - iStock
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Publicado em 01/09/2021, às 07h52 - Atualizado às 15h17 por Redação Pais&Filhos


“Eu fico parada e assisto impotente, enquanto meu filho de quatro anos, geralmente muito educado, grita e chuta no chão da sala porque não estamos indo para o parquinho. Ele cerra os punhos e os dentes com tanta força que a mandíbula começa a tremer”. Soa familiar?

Essas demonstrações dramáticas e às vezes assustadoras de raiva vêm de uma “falta de linguagem”. Resumidamente significa que os bebês e crianças pequenas não podem dizer o que há de errado e o que precisam, e acabam demostrando tudo com certos “ataques de raiva”, ou como chamamos popularmente: birra, explica Meri Wallace, especialista em pais e terapeuta infantil e familiar e autor do livro Birth Order Blues, Keys to Parenting Your Four Year Old e Secret World of Children – ou, em português ‘A melancolia da ordem de nascimento: Chaves para criar seus filhos de quatro anos e o mundo secreto das crianças’, para a revista americana Parents.

Veja 6 maneira de lidar com a raiva do seu filho (Foto: iStock)

“Eles expressam esses sentimentos e necessidades de forma física”, diz Wallace. “Eles vão chorar e gritar, se debater ou chutar com os pés”, completa. Crianças pequenas também carecem de controle dos impulsos, então, quando ficam frustradas ou irritadas, isso se torna uma reação estímulo-resposta quase instantânea: elas não conseguem o que querem, então podem bater, morder e por aí vai… “As crianças veem os desejos e vontades como urgentes”, continua Wallace. “‘Se você não me der aquele sorvete ou aquele novo brinquedo, eu morrerei'”. Uma birra é uma forma de protesto infantil sobre ter os desejos frustrados e sentir uma certa “impotência”.

Apesar das birras parecerem tudo menos normal, a raiva é uma emoção completamente natural. Não só natural, mas como acompanha as crianças por todos os estágios de desenvolvimento até a idade adulta. Pode ser que você tenha presenciado mais “ataques” como esses durante a pandemia, devido ao isolamento social, mas, como diz Wallace, é importante ter em mente que você estaria enfrentando esse tipo de comportamento de qualquer maneira, por motivos diferentes. Como pai ou mãe, é seu trabalho ensinar seus filhos as melhores maneiras de lidar com a raiva e expressar tudo isso. Pra te ajudar, aqui vão algumas dicas:

Compreenda a raiva

Quando seu filho tiver uma explosão de raiva, diga: “Vejo que você está com raiva”. Se você sabe por que ele está com raiva, pode acrescentar o motivo: “Vejo que você está com raiva porque realmente adora brincar, mas chegou a hora do banho”. Aceite a raiva dele. Diga: “Tudo bem ficar se sentir assim”.  Você quer que seu filho sinta que tanto ele quanto as emoções que sente estão bem. Você não quer que eles sintam que precisam esconder algum sentimento.

Incentive-o a usar palavras

As crianças não sabem naturalmente quais palavras usar, explica Wallace. Você tem que ensiná-los o que dizer. Você pode dizer ao seu filho: “Quando você sentir raiva, você precisa usar palavras” ou “Realmente quero ouvir o que está te incomodando. Se você usar palavras, vou te entender melhor e posso te ajudar”. Com o tempo, as crianças internalizam sua voz e suas regras. As birras devem diminuir com o passar dos anos. Aos cinco anos, as crianças desenvolvem o superego, que atua como um sinal de parada interno e as ajuda a controlar os impulsos agressivos.

É importante incentivar seu filho a falar o que sente (Foto: iStock)

Encontre uma solução positiva

Por gerações, os acessos de raiva foram vistos como tentativas de manipulação. Os especialistas aconselharam os pais a deixarem os filhos “chorarem”, para evitar criar uma criança mimada. Mas, deixar os filhos chorarem não ensina a uma criança uma maneira mais positiva de lidar com ela mesma. Na verdade, as crianças precisam de ajuda para superar a raiva.

Tente encontrar uma solução – uma fatia de maçã antes do jantar em vez de um sorvete – ou use distrações – “Eu sei que você está chateado porque está chovendo e não podemos ir ao parque. Por que não vamos brincar na sala?”- para motivar o seu filho a fazer algo que o entusiasme. Você também pode oferecer uma alternativa ou compromisso.

Desacelere

Pare a birra antes que comece, não dizendo “não” imediatamente no momento em que seu filho pede algo. Em vez disso, faça uma pausa e diga em voz alta: “Vamos ver. Você quer aquele brinquedo novo. Vamos conversar sobre isso”. Isso lhe dá a oportunidade de pensar sobre o pedido e sobre como negá-lo positivamente, se necessário, ou desviar a atenção de seu filho. Abrandar e discutir o assunto também permite que o seu filho compreenda o motivo da recusa e aceite-a de forma mais agradável. Você quer dar a seu filho a sensação de que você o ouve, se preocupa com seus desejos e pode confiar que o ajudará nas decepções da vida.

Às vezes, uma mudança de local também pode interromper um ataque de raiva ou romper um impasse. Você pode dizer: “Vamos ver aquele cachorrinho de que você gosta na loja de animais” ou “Vamos à farmácia comprar os grampos de cabelo de que você precisa. Continuaremos conversando no caminho”.

Encontre um espaço silencioso

Se você estiver em público, tente se afastar do público. Concentre-se em seu filho e em você, não no julgamento de outras pessoas. Isso alivia qualquer pressão que você possa sentir dos espectadores e permite que você se relacione com seu filho de maneira privada. Quanto menos barulho e confusão houver, mais fácil será para você acalmar seu filho. Pegue a mão dela e diga: “Venha sentar no meu colo e conversaremos sobre isso”.

Defina um limite firme

Embora você queira transmitir que não há problema em seu filho sentir raiva, você precisa deixar claro que o comportamento fisicamente agressivo não é certo. Se seu filho bater no irmão, por exemplo, você pode dizer: “Tudo bem ficar com raiva. Sua raiva é normal. Mas você não pode bater nele por isso”. Diga a ele: “Não batemos nem chutamos ninguém”. Você pode direcioná-lo a uma forma positiva de reagir à situação. Explique seu limite: “Bater dói. Não machucamos ninguém”. As crianças têm maior probabilidade de cooperar se o motivo for plausível.

Tradução por Helena Leite, filha de Luciana e Paulo, é estagiária na Pais&Filhos e estudante de jornalismo na Faculdade Cásper Líbero.


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