Menino de 6 anos volta a andar e o amor foi o principal remédio
A mãe de Miguel tinha sido aconselhada a abortar, pois o bebê poderia não sobreviver
Quando Miguel completou 5 anos, o menino conseguiu ficar de pé, pela primeira vez, com a ajuda do fisioterapeuta Hugo Quatrochi. O momento ficou gravado, e o menino comemorou a conquista, já que quando a mãe, Thaís Araújo, 28 anos, estava grávida, os médicos optaram que ela abortasse o bebê.
Quando Thaís estava na 17ª semana de gestação, os médicos descobriram que o bebê tinha mielomeningocele, uma doença congênita que afeta a coluna e a medula espinhal e não permite que elas se desenvolvam como deveriam. Mas a mãe quis seguir com a gravidez, mesmo sabendo que poderia ser difícil. Hoje, Miguel consegue andar e jogar bola.
“A médica me disse que ele nem iria sobreviver, que minha gravidez não iria pra frente. Que se ele nascesse iria vegetar o resto da vida. Me ofereceu aborta, porque pela lei eu estava amparada”, afirmou Thaís em entrevista ao SóNotíciaBoa.
“O Miguel sempre foi uma criança muito otimista. Claro, teve as suas frustrações, ficava bravo às vezes por não conseguir, mas ele nunca foi de desistir, ou ficar triste e não querer mais andar. Ele é uma criança muito persistente. E a fisioterapia pra ele é uma diversão”, contou a mãe.
Faz três anos que o garoto faz um tipo de fisioterapia conhecida como ‘Therasuit’, um tratamento intensivo diário com 3 horas de duração surgido nos Estados Unidos. Diariamente, Miguel recebia os cuidados necessários para que conseguisse andar.
Hugo Quatrochi, de 28 anos, é o fisioterapeuta responsável. “O Therasuit é um atendimento intensivo de fisioterapia, onde o paciente faz exercícios 3 horas diárias durante um mês. As crianças fazem de 3 a 4 tratamentos desses por ano, depois descansam e voltam”, explicou.
“Eu fiz o primeiro intensivo dele e a gente criou essa relação de amor, de amizade, de troca. A gente aprende muito com ele. Naquele vídeo ele estava começando a ficar em pé, a primeira etapa antes de treinar a marcha”. Ele trabalha com a auto estima do paciente, que é fundamental no processo.
“’Eu consigo’, ‘eu sou capaz’. É preciso buscar a força de dentro. O grito funciona! Buscar o leão, uma representação de força, de coragem… e o grito foi uma forma buscar isso dentro dele”, afirmou o fisioterapeuta, segundo o site SóNotíciaBoa. “Depois desse intensivo ele começou a ficar em pé, arriscou os primeiros passinhos.. Hoje ele tem uma marcha funcional, anda, joga bola. É um menino muito corajoso. E está bem diferente do que era antes”, complementou.
Veja o vídeo, clicando aqui!
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