Publicado em 16/05/2023, às 12h04 - Atualizado em 23/05/2023, às 07h53 por Yulia Serra, Editora | Filha de Suzimar e Leopoldo
Quem nunca sonhou com o seu próprio conto de fadas? Aquele clássico que começa com a frase padrão: “Era uma vez” e sempre (sempre mesmo) termina com “e viveram felizes para sempre”. Sim, essas histórias são lindas e nostálgicas, mas o mundo real não segue todos esses clichês, ou melhor dizendo, praticamente, não seguem nenhum clichê. E isso se aplica completamente à parentalidade, que ainda costuma ser pintada dessa forma.
Então se inicia a história: “Era uma vez um casal que decidiu ter um filho e sonhava em ter a família perfeita”. Logo já vem a imagem desse momento na sua mente, com toda a família feliz admirando aquela nova vida que chegou. Bem no estilo comercial de margarina mesmo: a mãe recebendo a família em casa, com os cabelos arrumados, amamentando o bebê, o pai todo orgulhoso e os avós mimando esse novo membro da família. Tudo lindo.
Mas a verdade é outra: assim que nasce um bebê, nasce uma nova realidade. É preciso dar uma pausa nesse filme, rebobinar a fita para, de fato, viver a sua própria história. É necessário se desprender dos clichês, do “mas com ela foi assim”, da idealização, do perfeccionismo, da culpa, da autocobrança. No filme, tudo pode ser lindo, mas a realidade é outra, e também pode ser linda. Nos arriscamos a dizer que justamente por não seguir um roteiro, ela pode ser maravilhosa. E é só sua!
Marcos Piangers, jornalista, escritor do livro O papai é pop e colunista da Pais&Filhos, pai de Anita e Aurora, concorda: “Essa construção familiar de conto de fadas, de felizes para sempre é uma profunda solidão das pessoas quando elas esbarram com a realidade, porque a realidade tem infelicidades, frustrações, mágoas, brigas, imperfeições, e a parte mais bonita da vida são essas imperfeições. É muito preocupante quando a gente só quer o perfeito, o conto de fadas. Isso é muito solitário. A gente começa a se questionar: ‘Se todo mundo é feliz, por que eu não sou?’, ‘Se todas as famílias são perfeitas, por que a minha não é?’. Então eu acho que essa desconstrução é um tipo de desromantização saudável para que a gente entenda que a vida tem imperfeições e que essas imperfeições tornam a vida muito mais gostosa”.
Assim que nasce um bebê, nasce uma nova mulher, um novo homem. Nasce uma mãe, um pai, uma nova realidade. A gente sabe: tudo o que é novo bagunça, causa confusão, gera equívocos, leva a erros e acertos. É novo para o homem que não foi ensinado a ser pai. É novo para a mulher que perdeu a sua identidade. É novo para a sociedade que idealizou o bebê antes mesmo do nascimento. É novo para o bebê que está conhecendo o mundo. E dentro desse universo, você se depara com palavras que nunca antes foram relacionadas à maternidade ou paternidade nos clássicos infantis: exaustão mental, sobrecarga, falta de tempo, sono, solidão, incertezas… É quase como um tapa na cara sobre tudo o que você já escutou sobre esse tema. E o amor instantâneo? Pois é, nem sempre ele dá as caras logo cedo, mas pode ser algo construído na rotina. E o cabelo perfeitamente escovado? Isso não é uma prioridade quando se está nutrindo uma vida. E o bico rachado da amamentação? Sem falar no corpo, que não voltou a ser o mesmo depois do parto.
Como já reforçamos, há mais de uma possibilidade, mais de uma história dentro de cada núcleo familiar, seja ele como for. E está tudo bem. É possível e preciso encontrar felicidade no meio de tantas novidades desafiadoras, porém ela não acontece para todo mundo em um estalar de dedos. Vamos deixar claro uma coisa aqui: parentalidade é uma constante adaptação e isso exige tempo, vontade e dedicação. A verdade é nua e crua: sua vida nunca será como antes – para o bem e para o mal.
Independentemente do formato familiar, ter um filho é conhecer a raiz da expressão “não crie expectativas”. E aprender recalcular a rota a cada momento. É fundamental estar aberta aos novos caminhos que podem surgir, porque eles vão ser escancarados na sua frente. Podem não ser exatamente como você planejou ou sonhou, mas são os caminhos possíveis naquele momento. E eles trazem inúmeras oportunidades, mas isso não está nos livros da nossa infância. É preciso explorar, tentar, testar, buscar… Enfim, é preciso viver.
Não importa quanta literatura você já tenha devorado sobre o tema, quantos documentários já maratonou ou quantas crianças de conhecidos você já teve algum contato, ter um filho é entrar em um mundo completamente desconhecido. Porque é a primeira vez que é só seu. E isso também vale para o segundo, terceiro, quarto filho… Ter um filho é descobrir que os contos de fada não acontecem na vida real, mas saber criar sua própria história, independentemente do formato familiar, faz parte da busca do seu final feliz.
E nós estamos juntos com você nessa missão, como parte da sua rede de apoio. Por isso, é com muito orgulho que apresentamos o 15° Seminário Internacional Pais&Filhos – Um outro “felizes para sempre”. Ao longo do evento, teremos muito conteúdo e troca de experiências, por meio de palestras com especialistas, bate-papo, mesa-redonda, sorteios e ativações de marcas, para mostrar que ser mãe e ser pai é uma escolha com diversas opções de “viveram felizes para sempre”.
Marcos Piangers, presença confirmada no evento, opina: “‘Um Outro Felizes para Sempre’, para mim, seria essa ideia do amor fati, de amar o destino, amar o que me acontece, amar a doença na família e a cura, o nascimento e a morte. Amar. Entender que a vida é isso, é esse pacote e ele é muito bonito como ele é”. Vamos tratar com carinho essas imperfeições? No dia 28 de junho, te esperamos para aprofundar essa discussão.
Novamente, quem estiver à distância também poderá curtir nosso seminário, por meio da cobertura nas redes sociais com bastidores do evento com teasers e flashes, além de matérias no site atualizadas em tempo real e podcasts conduzidos pelo nosso parceiro, Beto Bigatti, pai de Gianluca e Stefano, embaixador e colunista da Pais&Filhos, publicitário e escritor.
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