Publicado em 11/09/2020, às 10h09 - Atualizado em 21/01/2021, às 11h21 por Cinthia Jardim, filha de Luzinete e Marco
Apesar dos dias quentes, é muito importante ficar de olho na pele e não esquecer de usar filtro solar todos os dias (mesmo em casa!). Junto com a gravidez, a alteração hormonal pode provocar o aparecimento ou agravamento da famosa melasma, que são manchas marrons em vários pontos do corpo. Durante este período, apesar de ser a mesma, ela recebe o nome de cloasma. Mas, calma, nada de pânico! Te contamos como prevenir o problema e o que fazer caso ele apareça.
Ambos são manchas castanhas ou castanho-acinzentadas que geralmente aparecem na testa, bochechas, nariz e queixo. De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), eles ainda podem surgir no colo, pescoço e antebraço. Muitas mulheres, durante a gravidez, começam a apresentar melasma, mas especificamente por se tratar neste período, ele recebe o nome de cloasma.
Segundo a dermatologista Larissa Montanheiro, filha de Lessi, os hormôniostêm bastante influência: “Ainda não sabemos todos os mecanismos de surgimento da lesão, mas temos ciência da participação do estrogênio e da progesterona, além da atuação de um outro hormônio, o MSH, que age na liberação de melanina, substância responsável pela alteração da cor da pele. A notícia boa é que após a gravidez, pela volta do organismo ao seu normal, o cloasma tende a diminuir ou até mesmo desaparecer gradualmente e caso persista temos opções hoje de tratamentos durante a amamentação também”, explica.
A situação é multifatorial, ou seja, não existe apenas uma causa específica: “Claro, consideramos a exposição à radiação ultravioleta (sol) como um dos principais gatilhos para a doença, porém temos que levar em consideração que é preciso uma predisposição individual e ela pode ser de base genética, além de fatores como alterações hormonais e exposição a outros tipos de luzes, como a visível (celular, computadores, etc). O próprio fator estresse se associa com as causa, pela maior liberação do cortisol e estímulo do hormônio produto de melanina”, reforça Larissa.
“São mais comuns no rosto, principalmente bochechas, testa e ao redor do lábios (chamada região centrofacial). Mas podem acometer o corpo também, usualmente colo e braços”, explica a dermatologista Amanda Todt, mãe de Arthur.
Para evitar que as manchas apareçam ou não se agravem, Amanda dá uma dica de ouro: “A prevenção consiste principalmente na fotoproteção, para evitar ação da radiação ultravioleta, principal gatilho para o surgimento do melasma”.
No caso da gravidez, alguns cuidados devem ser tomados, mas existem tratamentos para amenizar ou acabar com o problema: “As gestantes tem algumas limitações no uso de ácidos, por isso é muito importante a avaliação com o especialista antes de adquirir produtos neste período em especial. Podemos usar na gravidez, por exemplo, o ácido ascórbico (vitamina C), ácido azeláico, ácido kójico, ácido glicólico (em baixas concentrações), etc. Como nesta fase a melanogênese (formação de melanina) está aumentada, aumentando naturalmente o risco de hiperpigmentação (formação de manchas), não é indicado fazer nenhum tratamento que possa agravar esta situação, como laseres e microagulhamento”, explica Amanda.
Depois dos tratamentos, Larissa destaca que é muito importante continuar seguindo com os cuidados: “Para manutenção do resultado é importante que se entenda que o melasma possui tratamento, porém quando não são realizadas manutenções, ele pode voltar a aparecer. Portanto, evitar a exposição solar e manter o uso de filtro solar e substâncias clareadoras no pós são fundamentais, além da rotina de “skincare” adequada para cada tipo de pele”
Neste período do ano, existe um maior alerta por causa da exposição à radiação solar, então é importante ter um cuidado a mais: “As pessoas costumam se expor mais às atividades de ar livre, praias e isso significa maior exposição às radiações ultravioletas que, como já sabemos , está envolvida na gênese da doença”, conta Larissa.
O uso do protetoré indispensável em qualquer fase da vida, e a gestação também não poderia ficar de fora: “Os protetores com cor tem a vantagem de formar uma barreira física contra a luz visível (luzes artificiais de telas e lâmpadas), a qual também impacta na piora do melasma. Então o ideal seria optar por um protetor com cor, que além de tudo também ajuda a homogeneizar o tom da pele, disfarçando as manchas. As gestantes devem optar por protetores minerais/físicos preferencialmente, por não conterem componentes químicos”, conclui Amanda.
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