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4 motivos para você reunir a família em volta da mesa para as refeições

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Publicado em 20/08/2018, às 11h33 - Atualizado em 30/01/2020, às 19h24 por Jéssica Anjos, filha de Adriana e Marcelo


Reunimos um grupo de pessoas feras para projetar como estará o cenário da alimentação no futuro. O papo rolou e foi unânime: precisamos resgatar urgente o hábito de sentar-se à mesa em família e comer. Sim, isso fará diferença para criar crianças saudáveis e nutridas física e emocionalmente. É um ponto de partida! Sem espera, sem frescura!

Mas, vamos por partes. Falando sobre o que colocamos no prato, a família de hoje curte praticidade. Se a gente comparar com a rotina familiar de 50 anos atrás, muita coisa mudou. A mãe, na maioria dos casos, não fica mais o dia inteiro em casa, cuidando dos filhos. O casal trabalha e quando chega à noite em casa tem as tarefas domésticas e os cuidados com as crianças para dividir. Na correria do dia a dia, a comida mais rápida é a primeira opção, por isso o mundo industrializado tomou conta da cozinha brasileira.

E além da alimentação desregrada, muitas pessoas deixam passar um momento importante em família para cada um comer no seu canto. Se reconheceu? Por isso, aqui vai um conselho mais que de amiga, escolha uma refeição por dia, seja café da manhã, almoço ou jantar e se esforce para sentar-se à mesa com seus filhos. Já está comprovado cientificamente que esse comportamento só traz benefícios. Um estudo do National Center on Addiction and Substance Abuse at Columbia University, Estados Unidos, comprovou que os adolescentes que mantém uma relação mais próxima com os pais, desde a infância, têm menos chances de se envolver com álcool e drogas.

Mas, calma, vamos chegar às refeições em família. Além de avaliar a relação entre familiares, os pesquisadores notaram que os filhos sem o hábito de sentarem-se à mesa com os pais, desde pequenos, para comer, ao menos duas vezes por semana, eram mais propensos ao uso de bebidas alcoólicas quando comparados àqueles que tiveram isso durante a infância. Na real, é que não se trata da comida e sim do empenho dos pais em demonstrar para a criança o quanto se importam com o diálogo.

É em volta da mesa que você pergunta: “Como foi seu dia?” ou “Por que você parece triste?” Esse papo diário proporciona benefícios psicológicos para o seu filho, dando forças para lidar com as pressões de amigos na hora de escolher fazer algo que prejudique a saúde deles. Quando as famílias se reúnem ao redor da mesa estão, ao mesmo tempo, investindo na saúde – mental e física – e resgatando uma tradição que ajudou muito na construção da sociedade.

De acordo com a nutricionista Sueli Moreira, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, em um artigo chamado Alimentação e Comensalidade: aspectos históricos e antropológicos (publicado em 2010), há bem mais de
300 mil anos, o domínio do fogo ajudou o homem a cozinhar os alimentos, dando origem à famosa cozinha. Ou seja, uma das razões para a gente deixar de ser bicho e virar gente, foi a refeição em família. Como você pode perceber, essa prática começou há bem mais que 50 anos e contribuiu bastante para o nosso desenvolvimento como sociedade. Por que não traria benefícios hoje?

1. Espelho, espelho meu

É comendo junto que você educa. “Até na hora da alimentação, a criança imita o adulto”, comenta Elaine Pádua, nutricionista com mestrado em Ciências da Saúde, pela UNIFESP, e mãe de Isabella e Rafaella. “Outra maneira dos pais influenciarem na alimentação dos filhos é através dos estímulos”, acrescenta a nutricionista Ariane Bomgosto, filha de Beatriz e Jovani. Fazer as refeições à mesa com todos os membros é o momento perfeito para falar sobre hábitos saudáveis com as crianças.

Às vezes, o estresse começa quando seu filho rejeita o que está no prato, neste momento você precisa se munir de insistência e paciência. “Os especialistas indicam que é preciso oferecer à criança, NO MÍNIMO, 20 vezes o alimento, antes de dizer que ela não gosta”, explica a nutricionista. Também apresente de formas diferentes. Se for uma cenoura, um dia você oferece um bolo e no outro, o alimento cozido. “Falta paciência, ninguém quer se aborrecer. Por isso, muitos pais optam pelo que é prático”, opina Amilcar Azevedo, pai de Bernardo e Benjamin, fundador e um dos sócios da Gourmetzinho.

Sim, dá trabalho! Mas o processo de alimentação faz parte dos cuidados com a criança e precisa ser prazeroso para os pais. Se você demonstrar ao seu filho que ama aquele momento, daqui a 50 anos o relacionamento dele com a comida será mais que bom.

2. Sem D.R. com a criança

Outro ponto importante é entender que você conhece e irá ensinar o que é melhor para o seu filho na hora de escolher como compor o prato, não ao contrário. Ele ainda não sabe diferenciar os alimentos e quanto e quando consumir cada um deles.

Durante a introdução alimentar, o paladar do bebê ainda está sendo construído. O sal, por exemplo, só deve ser acrescentado a partir do primeiro ano de vida da criança – e olhe lá! Por já estarmos acostumados com comida condimentada, achamos que a papinha está sem gosto. Porém, não colocar condimentos é o melhor jeito do seu filho descobrir sabores e texturas diferentes.

“A criança sabe quando o pai ou a mãe é inseguro e pode usar da alimentação como moeda de troca”, comenta Cristina Ferreira, mãe de Guilherme e diretora das áreas de P&D e produção da Superbom. Não é legal estabelecer a condição de que se seu filho comer toda a comida terá sobremesa, assim a gente transforma a alimentação em algo negativo. A criança irá comer forçada para cumprir tarefa e ao final ganhar seu “prêmio”: o doce.

3. Vida de equilibrista

Não adianta pirar e achar que você vai conseguir cortar totalmente o industrial e começar a plantar em casa ou ao contrário. Precisamos encontrar o caminho do meio. De acordo com Edivana Poltronieri, mãe de Valentina, Almança e Antonela, fisioterapeuta, o primeiro passo é entender que quem você alimenta são as células.

Quando a gente muda essa chave na cabeça, entende porque a comida que não oferece nutrientes, vitaminas ou minerais, é prejudicial à saúde quando consumida de maneira desregrada. “As células não reconhecem esse tipo de alimento e rejeitam. Por isso, temos tantas crianças acima do peso, porém desnutridas”, explica a especialista.

O que a Edivana comentou chama “fome oculta”: você come, mas não nutre o organismo. “Esse indivíduo é pobre em vitaminas e minerais, gerando problemas de saúde graves”, comenta a nutricionista Elaine. O instestino é como nosso segundo cérebro, ele produz células imunológicas. O organismo do seu filho precisa dos nutrientes, fibras, vitaminas e minerais, necessários para fazer o órgão funcionar bem.

4. De olho no outro lado do mundo

Os japoneses têm hábitos saudáveis não só na alimentação, mas também são exemplos quando o assunto é exercício físico. “De toda população, somente 2% está acima do peso”, comenta Francisco Hirota, pai de Bruno, Caroline, Jaqueline e CEO do Hirota Food Supermercados.

Nas pesquisas e rankings mundiais, eles também se destacam por ser o país com a melhor saúde na 3ª idade; por consequência disso gastam menos em medicina. Só benefícios! De acordo com Francisco, após estudar o assunto, esses números positivos se dão 60% pela da alimentação cultural dos japoneses, 30% pelos exercícios constantes e os outros 10% por causa de hábitos saudáveis, “dentre eles comer pouco e com mais frequência”. Nesse quesito entra o hashi, utensílio de madeira usado para alimentação no país, que cria o hábito de comer pouco e devagar.

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