Publicado em 06/08/2020, às 08h01 por Com a Palavra
*Leandro Nigre é jornalista, especialista em Mídias Digitais, autor do blog Papai Educa, que é parceiro da Pais&Filhos, e palestrante de jornalismo e paternidade ([email protected])
O ano era 2020. Naquele tempo, uma pandemia fez muitas vítimas em todo o mundo. O vilão, o coronavírus, causador da Covid-19. Pais tentaram proteger seus filhos e vice-versa. Muitos cuidados foram em vão. Houve também quem nada fez para que o vírus deixasse de se espalhar por aí. Muita gente continuou saindo às ruas sem qualquer proteção, tocando as pessoas, se aglomerando e alguns destes não sobreviveram para contar história.
Naquele ano, muitos filhos enterraram seus pais sem qualquer possibilidade de dizer adeus. Nem velá-los foi possível por conta do risco de transmissão. Foi um período de dor para muitas famílias que se despediram dos seus entes queridos. Em muitos lares não ocorreram comemorações de Páscoa, de Dia das Mães, muitos celebraram sozinhos seu aniversário e, ainda que o Dia dos Pais de 2020 impunha restrições pelo isolamento social poucos puderam de fato estar com seus velhos heróis.
Mas também naquele tempo, vimos muito cooperativismo, reinvenção profissional, ações solidárias com arrecadação de alimentos, roupas e outros suprimentos àqueles trabalhadores que perderam seu emprego ou se viram impedidos de exercer seu ofício. Da mesma forma, nas redes sociais, ocorreram muitas mobilizações para o bem, para o fomento dos pequenos negócios e dos mais necessitados.
Em 2020, pais e filhos foram trancafiados em casa no que insistiram em chamar de home office, homeschooling, homeschool e outras coisas do tipo. Mas não era nada daquilo. Foram jogados sem paraquedas numa convivência 24 horas por dia, em meio ao trabalho remoto, às aulas online, o bebê chorando, enquanto o outro pedia reforços para ser higienizado no banheiro, a louça e roupa sujas acumulavam na mesma medida que o chefe cobrava a produção do lado de lá. Isso sem contar a demanda emocional imposta por tantas restrições da pandemia.
Na mesma proporção, estas famílias aprenderam a dar valor no tempo, a organizá-lo, a equilibrar suas emoções, a estabelecer prioridades e viveram um processo de amadurecimento do que é empatia. Se acolheram, se colocaram no lugar do outro, permitiram se encontrar dentro do próprio lar, dividir funções, tornar suas reuniões de fim de semana mais intimistas e saber de fato o quanto valia o beijo, o abraço apertado e os olhos nos olhos somado ao aperto de mãos.
A pandemia nos tirou muito, mas nos trouxe tanto. Hoje, em agosto de 2040, não há correria pela casa, mãos sujas pelos móveis, acúmulo de panelas e camisetas para lavar, e o silêncio não traz consigo os inúmeros chamados de papai. Que saudade dos meus filhos em casa como naquela quarentena.
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