Colunas / Família: fábrica de gente

O amigo imaginário

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Publicado em 03/10/2019, às 15h11 por Regina G Politi


A criança que tem entre 24 meses e 36 não é nem bebê, nem gente grande! Um filho a partir de 2 anos já é capaz de falar e argumentar, embora essas capacidades sejam incipientes. Mas ela também irá regredir às vezes, pois está na fase de deixar de ser um bebê para se tornar uma criança. Ou seja, carrega dentro de si os dois juntos: o bebê e a criança.

A criança caminha, mas se cansa; fala, mas se atrapalha na comunicação, não distingue exatamente as palavras e os significados, e aos poucos vai sincronizar seus pensamentos com sua fala, que por ora é desarticulado. Em geral, se desenvolvem na motricidade e na fala, mas não se engane, emocionalmente não significa que estão no mesmo nível. Cada aspecto tem seu próprio ritmo de desenvolvimento.

Os pais ficam confusos e estranham: “Como uma pessoinha tão madura às vezes é tão teimosa e infantil?”. Os adultos, como não entendem essa atitude contraditória, podem acabar tratando o filho como bebê ou como criança, oscilam, piorando ainda mais a situação. O resultado disso são pais frustrados e filhos incompreendidos.

E é nessa fase que pode surgir a figura do amigo imaginário e outras fantasias. Ele cria um amigo que existe só na cabecinha dele, mas possui nome e personalidade, podendo até ter lugar na mesa da refeição e comida preferida.

(Foto: Getty Images)

Essa situação é absolutamente normal, não significa que a criança esteja sofrendo de “alucinações” ou algo do tipo, mas sim que está brincando com suas fantasias. O amigo imaginário funciona como um mecanismo sadio de adaptação, pode substituir vínculos, já que o amigo aceita todas suas ordens sem questioná-lo, é obediente e não dá bronca. Costuma também ser usado como “bode-expiatório” quando se torna responsável pelos “erros” que a criança própria cometeu. Ou seja, alguém para colocar a culpa.  Exemplo: “Quem derrubou o suco na mesa foi o João e não eu”.

Entra nessa fase também a mentira. A criança começa a mentir, mesmo que não esteja consciente e com intenção de enganar seus pais ou outros adultos. Para ela, a mentira é apenas a expressão de um desejo não realizado. Ela simplesmente verbaliza algo que não coincide com a realidade. Na verdade, ela fala de uma realidade que gostaria que existisse. Pode inclusive falar para os pais “juro que é verdade!”.

O importante é que a criança entre 2 e 3 anos está aprendendo a diferenciar realidade de fantasia. Seu mundo interno, e o mundo externo. Ela está buscando saber o que é permitido e o que é proibido, o que é dela e o que é do outro. Está testando os limites entre realidade e seu mundo interno (que é o imaginário).

É esperado então que seja uma fase de muitas frustrações, já que o mundo não é como gostaríamos que fosse. E aí pode vir o choque de realidade, já que a criança ainda não aprendeu a tolerar frustrações, e só começará a aprender quando enfrentar os limites propriamente ditos. Aprender a lidar com frustrações é um processo contínuo e levará muito tempo para adquirir tal capacidade. E você, pai ou mãe, pode e deve ajudá-lo!

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A família também tem papel fundamental no desenvolvimento e aprendizagem da criança. Veja as dicas de Roberta e Taís Bento no vídeo abaixo:


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