Publicado em 07/05/2020, às 09h23 - Atualizado às 09h27 por Regina G Politi
Ser mãe é uma das relações mais complexas e profundas que existe e que nascem e crescem juntas quando os filhos nascem.
Dar à luz é um ato de amor, é mágico, quase divino, cheio de emoções, preocupações e sensações intensas.
Dar a vida à um ser que nasce tão frágil e dependente, é de uma responsabilidade única, que nos envolve sobremaneira, roubando toda nossa energia vital para essa finalidade. Uma experiência que as palavras não dão conta de nomear os sentidos, significados e sentimentos envolvidos.
Com o nascimento do filho, nasce então a mãe e ambos vão construir uma relação única e eterna, que vai sendo tecida – como num tear com seus fios e tramas – ao longo da vida, desde a gestação, lá na vida intra-uterina, até o sempre. Uma relação que é dinâmica e recíproca, mas assimétrica, e vai mudando de fase a cada etapa do ciclo vital.
Mãe é sempre mãe: seja de filho pequeno, médio ou grande, mas é importante que a relação evolua também, para acompanhar as necessidades diferentes em cada etapa do filho. É diferente ser mãe de um bebê, de um adolescente ou de um filho jovem, maduro. Não podemos “congelar” numa fase (às vezes, preferida pela mãe) e não sintonizar com as mudanças implícitas do nosso papel frente às etapas de desenvolvimento psicológico do filho.
Este “congelamento” pode ser um problema se, por exemplo, uma mãe que prefere cuidar de filhos quando crianças, não evolui na postura maternal e cria os filhos como eternos bebês a vida inteira, infantilizando-os para sempre.
É, portanto, um papel dinâmico, evolutivo, que demanda percepção, paciência, sintonia fina e dedicação com resultados incertos, por vezes frustrantes, pois não temos controle de tudo que acontece com nossos filhos o tempo todo. Além do que, não existe preparo e ensaio para esta função, como algo do tipo “escola de mães”, vamos aprendendo na prática o que funciona ou não com cada filho. É uma experiência com erros e acertos, muitos desafios, altos e baixos, sem dúvidas.
Além de não existir “mãe perfeita”, e nem “filho perfeito”. Isso são idealizações e expectativas sociais, cobranças desumanas em cima das mães, indicativos de sintomas relacionais. O importante é ser mãe suficiente, cuidar sem exageros de superproteção ou de sub-proteção.
Como seres humanos, somos falíveis e limitados por natureza. Aprendemos com o tempo e a experiência. Aceitar nossa humanidade e fragilidade é o mais saudável. Por isso, sempre pedir ajuda, que aliás foi tema de um dos Seminários Pais&Filhos recentes.
Nossa história familiar pregressa, vai influenciar muito o tipo de relação que vamos estabelecer com nossa cria. É como se tivéssemos um “software” que vai “baixando” e vamos repetir ou fazer o oposto, revivendo e reeditando a história com nossa própria mãe.
Chamamos isso de transmissão geracional, que atravessa as gerações de uma família, consciente ou inconscientemente, explícita ou implicitamente, não importa. Somos comandados pela nossa história familiar e levamos muito tempo para ligar uma coisa a outra, pois perceber a dinâmica não é óbvio e linear.
Mesmo que conscientemente não queiramos repetir certos padrões emocionais, acabamos reproduzindo vivências não resolvidas em nossa relação com nossa mãe. Recomendo inclusive, uma pesquisa sobre o genograma familiar, que é uma ferramenta útil de estudo trigeracional – quando se repete frequentemente situações disfuncionais e prejudiciais, adoecendo as relações intra-familiares.
Espero ter contribuído com alguns conceitos e reflexões importantes para este Dia das Mães.
E espero também que nossos filhos sejam gratos a nós, mães, que temos a árdua tarefa de criar filhos saudáveis e responsáveis para um mundo melhor, mais humano e solidário.
Parabéns a todas as mães do mundo!
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