Família

Alergia: principais causas, sintomas, tipos e dicas para acabar com a coceira e os espirros

É estimado que 40% da população tenha algum tipo de alergia - Pexels: Cottonbro Studio
Pexels: Cottonbro Studio

Publicado em 08/07/2022, às 04h50 - Atualizado às 05h12 por Cinthia Jardim, filha de Luzinete e Marco


Existem diversas alergias e manifestações que podem afetar o sistema imunológico. Muitas vezes, o problema pode ser hereditário, ou ainda causado pelo ambiente. A boa notícia, é que dá para prevenir crises e controlar a situação. Para tirar as principais dúvidas sobre o tema, conversamos com especialistas, que falaram sobre as alergias respiratórias, na pele e alimentares. Conheça os principais tipos e saiba como proteger a família de cada uma delas:

Alergias respiratórias

As alergias respiratórias, como rinites e asma, costumam ser as mais comuns em crianças. Mas, além delas, é preciso ficar de olho em outras condições. Apesar de deixar qualquer pai ou mãe com os cabelos em pé, é possível controlar que elas sejam desencadeadas:

Rinite do lactente: é um tipo específico da doença, que costuma acontecer até os dois anos de idade, e pode aparecer já nos primeiros dias de vida. “É uma situação bastante dramática, porque geralmente cursa com muita obstrução nasal, ou seja, o bebê por vezes acabou de chegar e já começa com o nariz entupido, o que leva ao desespero dos pais”, comenta o otorrinolaringologista. Mas, conforme o desenvolvimento da criança, a rinite do lactente costuma desaparecer.

Rinite alérgica: é bastante comum tanto em crianças, como em adultos. As principais características são: espirros, coceiras no nariz, coriza, nariz entupido é comum praticamente em todas as idades da criança em adultos também, eles se característica por crises, espirro, coceiras no nariz, coriza, nariz entupido e, frequentemente, acompanhado de conjuntivite alérgica. Veja mais sobre rinite alérgica.

É estimado que 40% da população tenha algum tipo de alergia
É estimado que 40% da população tenha algum tipo de alergia (Foto: Pexels: Cottonbro Studio)

Asma: a condição pode acontecer desde quando a criança é bem pequena. É caracterizado por um quadro pulmonar de broncoespasmos, ou seja, quando os brônquios entrem em um espasmo, ocorre a contração da musculatura que acaba levando ao estreitamento do canal respiratório. Apesar de não ter cura, felizmente é possível controlar o problema e ter uma vida normal em 95% dos casos. Fique de olho em sintomas como: falta de ar, chiado no peito, tosse frequente, crises respiratórias, opressão no peito e gripes e resfriados que costumam agravar. Saiba como evitar crises de asma.

Bronquite: é uma inflamação que ocorre nos brônquios, responsáveis por levar o oxigênio do nariz até o pulmão. Apesar das causas serem diversas, a condição é desencadeada por um vírus ou bactéria. Fique de olho em sintomas como: tosse com muco, chiado no peito, febre, falta de ar, lábios roxos, coriza, irritação na garganta, sensação de peito carregado, cansaço e dificuldade para falar.

Sinusite: diferente da rinite, esse problema causa a inflamação da mucosa dos seios da face. A coriza tende a ter um lado mais esverdeado ou amarelado, acompanhado por congestão nasal importante, febre e até mesmo cefaleia (dor de cabeça), apesar de ser mais comum nas crianças mais velhas.

Como prevenir alergias respiratórias

  • Hidratação é tudo: consumir água e sucos naturais ajuda a manter o corpo funcionando bem, além de fortalecer o sistema imunológico. A dica é sempre andar com uma garrafinha na bolsa!
  • Faça a limpeza das vias aéreas: você sabia que o nariz é a porta de entrada para muitas bactérias? Coloque na rotina a higienização do nariz! Pode ser com água, spray, seringa… O importante é tornar isso um hábito.
  • Crie uma rotina de sono: ter noites bem dormidas só trazem benefícios ao organismo. Por isso, adote o hábito de criar uma rotina na hora de dormir, pois isso ajuda (e muito!) no fortalecimento do sistema imunológico.
  • Xô, alérgenos: evite o contato com mofo, ácaros, poeira e fumaça de cigarro, pois podem desencadear crises de alergias respiratórias

Alergias na pele

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 40% da população sofre com algum tipo de alergia. No caso das de pele, elas são muito mais comuns do que você imagina. Ela ocorre por uma reação inflamatória de uma sensibilidade causada por um estímulo, que vai desde cosméticos a picadas de insetos.

Brotoejas: comum em bebês e recém-nascidos, brotoejas são pequenos inchaços vermelhos, rodeados de vermelhidão em volta da pele. Geralmente ocorrem em partes vestidas do corpo, como axilas, no abdômen e na virilha e também podem aparecer no pescoço, ombros e peitos do bebê, acompanhadas de coceira.

Como tratar: é possível evitar esse problema resfriando o quarto do seu filho e refrescando ele. O tratamento é feito com pomadas, como loção de calamina e creme de hidrocortisona – que devem ser usadas apenas com a aprovação do pediatra do bebê. Entenda mais sobre brotoejas e o que fazer quando elas aparecerem.

Picadas de inseto: todas as picadas de insetos costumam causar algum tipo de alergia na pele, que podem variar entre inchaço, vermelhidão e coceira. O problema, que pode ser grave ou leve, geralmente é causado por pernilongo, formiga, percevejos, borrachudo, marimbondo, abelha, vespa, entre outros. Algumas pessoas podem ter mais alergia que outras, por isso, é superimportante ficar de olho se existem mais sintomas e levar imediatamente ao pronto-socorro.

Como tratar: para aliviar a coceira leve causada por insetos, utilizar uma pedra de gelo no local da picada pode ajudar! Outra dica para prevenir o problema é usar repelente, principalmente nas estações mais quentes. Em casos graves, pode ser indicado por um médico o uso de pomadas com corticoides, ou ainda injeções específicas. Saiba mais sobre picadas de inseto em crianças e como proteger o seu filho.

Dermatite atópica: é uma condição crônica e não contagiosa que deixa a pele seca e inflamada. Pode ser causada por diversos fatores, como herança genética, alterações estruturais e funcionais da pele e do sistema imunológico, além de fatores ambientais e psicológicos. “Em geral, há uma melhora progressiva até o final da infância. É uma doença em que ocorre um processo inflamatório da pele com períodos alternados de melhora e piora. No inverno, costuma-se ter mais crises, pois os banhos são mais quentes, o tempo é seco, retiramos os casacos dos armários e ficamos mais em ambientes fechados”, comenta a Dr. Vanessa.

Como tratar: o controle da doença deve ser feito a longo prazo, através do uso de medicação correta e das medidas de prevenção, como evitar os fatores desencadeantes e hidratação da pele. Segunda a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), a coceira é o principal sintoma do problema. Veja mais sobre o tratamento dessa condição.

O Dia Mundial da Alergia é comemorado no dia 8 de julho e levanta um alerta sobre o problema
O Dia Mundial da Alergia é comemorado no dia 8 de julho e levanta um alerta sobre o problema (Foto: Freepik)

Alergia por cosméticos: alguns produtos podem causar reações alérgicas por causa de ingredientes na composição, causando vermelhidão, coceira e também deixando a pele bastante sensível. O problema pode acontecer com qualquer produto, por isso, é superimportante testá-lo em uma pequena região do corpo antes de usá-lo de fato.

Como tratar: o primeiro passo é testar o cosmético, em uma pequena quantidade, no pulso. Depois de passá-lo, é interessante esperar por 24 horas para saber se ele irá ou não causar algum tipo de alergia na pele e coceira. Caso isso aconteça, suspenda o uso e converse com um médico especialista, que irá indicar uma substituição daquele produto.

Alergias alimentares

A alergia alimentar é um mecanismo de defesa do corpo quando o organismo entra em contato com um alimento, ou substância que gera sensibilidade. Os principais sintomas são manchas vermelhas na pele, coceira, náuseas, vômitos e diarreia. Os principais alimentos que causam alergia são:

  • Leite
  • Ovos
  • Soja
  • Trigo
  • Amendoim
  • Castanhas
  • Peixes
  • Frutos do mar

Alergia a proteína do leite de vaca

De acordo com Vanessa Mouawad, essa alergia tem sido cada vez mais frequente. “Bebês amamentados apenas ao seio, podem ter reações alérgicas a proteína do leite de vaca só de entrarem em contato através do leite da mãe que comeu um queijo ou tomou leite, por exemplo”, explica.

Na alergia à proteína do leite de vaca, é importante ainda ficar em alerta aos sinais de coriza, crises de espirro, coceiras e manchas avermelhadas na pele. Vale lembrar que os sintomas também podem aparecer mesmo quando uma quantidade pouca de leite ou derivados é ingerida. Para evitar o problema, é muito importante fazer a substituição do alimento. Saiba mais sobre a alergia à proteína do leite de vaca (APLV)

Consultoria: Catarine Padoveze, dermatologista formada pela Universidade de Taubaté, filha de Maria Aparecida e Ageu, Dr. Claudio Len, pai de Fernando, Beatriz e Silvia, pediatra e colunista da Pais&Filhos, Dr. Jamal Azzam, otorrinolaringolonista na Clínica Jamal e Dra. Vanessa Mouawad, pediatra neonatologista da Maternidade Pro Matre, Hospital Albert Einstein e Hospital São Luiz.


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