Publicado em 17/01/2021, às 18h51 por Maria Laura Saraiva, Filha de Laise e Carlos
Uma mãe moradora do País de Gales precisou esperar mais de uma semana para conhecer as filhas depois de dar à luz com Covid-19. Ashleigh Shirajudin, de 30 anos, trabalha na área da saúde e testou positivo para o vírus durante uma consulta rotineira do pré-Natal, sendo encaminhada para uma cesárea de emergência.
“O telefonema foi um pouco confuso, mas tudo que me lembro deles dizendo é que provavelmente teria que dar à luz sozinha e não seria capaz de ver meus bebês após o nascimento até que meu período de isolamento acabasse”, disse ela ao portal North Wales Chronicle. “Passei um dia e uma noite inteira chorando”, lembra.
Ashleigh já é mãe de uma menina de 9 anos, Layla, e deu as boas-vindas a Mia, Millie e Molly, que nasceram oito semanas antes do previsto, pesando 1 kg cada uma.
“O cirurgião levantou as meninas, então tivemos que dar uma olhada nelas por alguns segundos. Elas eram pequenas, mas absolutamente perfeitas e gritavam alto, o que me deixou muito feliz por saber que estavam todas bem. Assim que nasceram, foram levadas para longe de nós, para uma sala diferente e depois de alguns minutos, levadas para cuidados especiais e não fomos autorizados a vê-las. Depois de anos tentando ter um bebê, não era assim que eu imaginava que seria o nascimento”, lamentou.
A mãe acabou recebendo alta no quarto dia de internação, mas teve que voltar para casa de mãos vazias, já que as trigêmeas precisavam ficar na UTIganhando peso.
“Ir para casasozinha, sem os bebês, parecia estranho, mas eu sabia desde o início que eles teriam que ficar sob cuidados especiais por um tempo, mas não que eu não pudesse conhecê-los. O que nos fazia continuar é que as meninas eram todas fortes, pequenas lutadoras”, conta.
As irmãs se recuperaram rápido, e no primeiro dia já conseguiram respirar sozinhas e se alimentar bem. “Estávamos contando os longos e lentos dias até que finalmente seríamos capazes de nos unir e ter nossos primeiros abraços”, relata Ashleigh.
Oito dias se passaram até que ela teve permissão para conhecer as filhas; a data teve um tom agridoce, já que a avó das crianças tinha morrido em decorrência do vírus há 15 dias. “Depois de sete longos dias, finalmente consegui me reunir com minhas filhas. Estou feliz que [sua avó] tenha visto fotos das meninas e dei seu nome a uma delas. Agora estamos curtindo nossa vida agitada com nossos trigêmeos. Eles são propriamente meus, pois agora sou eu, e não outros, cuidando delas. Tem sido adorável desde que cheguei em casa”, comentou.
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