Publicado em 15/01/2023, às 05h58 - Atualizado em 16/01/2023, às 08h57 por Yulia Serra, Editora de conteúdo especializado | Filha de Suzimar e Leopoldo
Você é daqueles que espera o ano todo pelo verão? Que tem prazer em acordar de manhã, abrir a janela e ver o sol brilhando do lado de fora? Saiba que esse sentimento não é por acaso, e ele tem
explicação científica. De acordo com estudos realizados em diferentes países, a luz solar é capaz de estimular a produção de serotonina, um neurotransmissor responsável por regular o humor.
Gisela Soutto Mayor Pellegrini Wever, psicóloga e neuropsicóloga, colunista da Pais&Filhos, mãe de Giancarlo e Lorenzo, boadrasta do Mathias e do Alexandre, esclarece: “A exposição ao sol é a principal forma de produção de vitamina D pelo corpo, que é essencial de várias maneiras para o organismo, ela estimula a transformação da melatonina, hormônio produzido durante o sono, em serotonina, responsável pela sensação de felicidade e bem-estar, além de regular o sono; ele também aumenta a produção de endorfina pelo cérebro, substância antidepressiva natural, que promove a sensação de bem-estar e aumenta os níveis de alegria”.
Gisela explica que a serotonina também impacta em outros aspectos fisiológicos, como regulação da temperatura corporal, emoções, apetite e ritmo cardíaco. Assim, não é difícil entender que o verão pode, sim, trazer uma sensação de alegria maior quando comparado a outras estações do ano, mais frias e cinzas.
E os benefícios não são apenas sentidos no corpo, Dra. Gisela afirma: “Diversos estudos apontam que a saúde emocional está profundamente ligada com o bem-estar físico, ou seja, pessoas felizes ficam menos doentes e se sentem mais saudáveis do que aquelas que nutrem emoções negativas”.
Dessa forma, o que foi apontado em 2003 pela revista científica New Scientist pontuando que o sol é motivo de felicidade continua sendo objeto de estudo e reafirmado por especialistas. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues, neurocientista e mestre psicanalista, pai de Gabriela e Nicolau, justifica: “É importante observar que uma das razões de nos tornarmos mais felizes nessa época do ano é que somos inundados por mensageiros químicos que trazem sensação de bem-estar. A grande responsável por isso é a luz solar”.
Ele ainda comenta que os primeiros raios solares da manhã ativam a produção de cortisol, hormônio que desperta e traz energia. Já ao final do dia, o nível de cortisol cai, liberando a melatonina, capaz de criar as condições ideais para o sono. “Quando esse sistema funciona em harmonia, isso afeta a produção de outros hormônios, favorece o combate aos radicais livres e a regeneração dos tecidos, impactando o humor e a saúde”, garante.
O contato do corpo humano com o sol provoca diversas mudanças químicas. Os raios, por exemplo, são essenciais para a produção de vitamina D. Vanessa Abdo, doutora em psicologia e CEO do Mamis na Madrugada, mãe de Laura e Rafael, diz: “A gente tem diversos estudos que demonstram a associação da vitamina D aos níveis de depressão. Quanto mais baixa a vitamina D maior o índice de depressão”.
A carência deste hormônio pode gerar complicações de saúde, uma vez que ajuda no fortalecimento dos ossos. Porém, uma questão precisa ficar clara aqui: o meio ambiente pode colaborar com a felicidade, mas não é determinante. Em outras palavras, não podemos jogar essa carga para ele e nos ausentar de buscar essa felicidade. É fundamental que você e sua família façam algo por vocês, juntos ou separados, para terem momentos de prazer e alegria.
“A felicidade é construída dia após dia nas pequenas coisas da vida, e pode ser aprendida desde cedo. A criança, ao observar a mãe saindo feliz e satisfeita de um bom banho, por exemplo, aprenderá que a felicidade está mais perto e fácil de ser alcançada. O sentimento de se ter perto alguém que se ama, a família, sentir-se bem, vai promover o bem-estar e consequentemente felicidade”, defende Gisela. Isso fica ainda mais evidente com o levantamento da ONU 2021, em que o Brasil aparece em 41o lugar entre os países mais felizes do mundo, uma queda de 12 posições do estudo anterior – resultado diretamente relacionado com o impacto da pandemia. Por isso, não basta contar que por ser um país tropical, estamos seguros.
Vanessa alerta: “Em geral, a felicidade está associada ao equilíbrio e harmonia. Só que nós estamos vivendo uma fase em que o prazer é muito instantâneo e imediato, e assim acaba se tornando efêmero. Não é a busca pela felicidade, mas pelo prazer. O tempo todo procuramos viver uma vida Instagramável, uma vida postável, quando na verdade nem é sobre isso. Muitas vezes a felicidade é a nossa capacidade de acomodar as nossas frustrações”.
Fabiano completa: “Eu sempre digo que a felicidade são oscilações e que o melhor é o equilíbrio, a plenitude, pois mediante a homeostase, temos mais e maiores picos de felicidade”. Para ele, é fundamental que também façamos o nosso papel. “Há diversos estudos que apontam que o exercício físico pode aumentar a liberação de endorfina, serotonina e outros neurotransmissores em até dez vezes. Meditar é outra prática aliada da produção da substância, assim como passar um tempo de qualidade com as pessoas que ama e dar boas risadas com elas. A alimentação adequada também. Assim como a neuroplasticidade, através de leitura, mudança de hábitos, contato com a natureza. Tudo isso ajuda no equilíbrio para mais picos de felicidade”.
O neurocientista reforça que todo mundo, desde bebês, crianças, adultos, até os idosos, ganham com a exposição à luz solar. Gisela acrescenta: “Os mais novos são beneficiados de várias formas como auxílio no crescimento, fortalecendo os ossos e articulações com o aumento de vitamina D; a exposição ao sol moderada e nos horários corretos, ajuda a regular o sistema imune, dificultando o aparecimento de infecções, como também combatendo as doenças da pele relacionadas à imunidade”. E a época da infância, como a Pais&Filhos sempre destaca, tem impacto na vida toda do indivíduo.
A fama de povo feliz dos brasileiros, para Vanessa, tem, sim, relação com a posição geográfica do país e o litoral extenso que possui: “A gente tem muita brincadeira outdoor. A gente é feliz com uma bola, é feliz brincando de pega-pega, é feliz subindo numa árvore. Então é uma infância vivida muito externamente, a gente tem muita exposição ao sol”, e inclui: “Então mesmo quando estamos trabalhando em um dia de sol, isso ativa nossas memórias de infância de momentos felizes que a gente teve com o sol”.
Portanto, é verdade que tanto o nosso corpo quanto a mente são transformados no verão. Os raios são capazes de alterar a nossa disposição e energia, fornecendo também uma sensação de prazer. “Gosto de dizer que a gente [brasileiros] tem uma teimosia para ser feliz. E essa felicidade está relacionada à exposição solar e também à forma como a gente lida com essas atividades externas. A gente precisa criar memórias felizes com os nossos filhos e o ar livre é um facilitador de todo esse processo”, finaliza Vanessa.
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