Publicado em 20/10/2019, às 13h28 - Atualizado às 13h39 por Marina Paschoal, filha de Selma e Antonio Jorge
Uma bebê recém-nascida foi encontrada enterrada viva, dentro de um pote de barro, num cemitério na Índia. Quem salvou a menina foi uma família que enterrava o próprio filho, que havia morrido.
“Quando a pá estava a cerca de 90 cm do solo, bateu no pote de barro, que se quebrou e logo um bebê começou a chorar. Quando puxaram o pote, encontraram a menina”, disse Abhinandan Singh, um policial do distrito de Bareilly, onde ela foi encontrada, em entrevista à BBC.
A recém-nascida foi levada ao hospital e está internada na UTI Neonatal. Ela tinha cerca de uma semana de vida na época e ainda permanece em situação crítica de saúde, com contagem bem baixa de plaquetas e sofrendo de septicemia, segundo o pediatra Ravi Khanna.
“Ela é um bebê prematuro, que nasceu provavelmente de 30 semanas. Quando chegou, pesava pouco mais de 1 kg, o que é muito baixo”, disse Saurabh Anjan, pediatra-chefe do hospital. A menina chegou hipotérmica – temperatura corporal bem abaixo do normal – e com hipoglicemia.
“A bebê chegou muito pequena e muito fraca, imediatamente a colocamos no oxigênio e começamos a tratar a hipotermia”, o pediatra-chefe explicou na entrevista.
Três dias depois, ela foi transferida para um hospital com instalações melhores e segue a luta contra uma sepse – infecção generalizada.
Dias enterrada
Não tem como ter certeza, mas pelas condições da bebê, alguns médicos desconfiam que ela tenha ficado de três a quatro dias enterrada, enquanto outros acreditam que tenham sido apenas algumas horas. Segundo os especialistas, ela teria sobrevivido graças às gorduras corporais.
“Os bebês nascem com gorduras no abdômen, nas coxas e bochechas e podem sobreviver em uma emergência durante um tempo com essa reserva”, explica o pediatra.
Eles também desconfiam que havia uma bolha de ar dentro do pote de barro, que forneceu oxigênio a ela.
Nova família
Um político local já se colocou à disposição e quer adotar a menina – ele inclusive está bancando as despesas dela no hospital. Rajesh Kumar Mishra, já inclusive batizou a bebê de Sita, em homenagem a uma deusa hindu.
“É um milagre que ela tenha sobrevivido. Acredito que Deus salvou a sua vida e a enviou para mim. Agora é meu dever fazer tudo por ela. Ela está entre a vida e a morte, mas quando se recuperar, a levarei para casa e criarei como minha filha”, ele disse.
Ele a esposa visitam a recém-nascida frequentemente. “Hoje chamei o nome dela durante a visita e ela abriu os olhos, se espreguiçou e me olhou”, contou.
Investigações
O abandono está sob investigações e a polícia desconfia que os pais da menina podem estar envolvidos inclusive com o enterro dela viva.
Na Índia não é incomum o abandono ou assassinato de meninas, já que acreditam que os filhos meninos que levarão o nome para frente e cuidarão dos pais na velhice.
“Não sei qual foi a motivação dos pais biológicos dela para abandoná-la e enterrá-la. Tudo o que posso dizer é que o que eles fizeram não foi certo”, o político finaliza.
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