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Parto de Lótus: prática que deixa o bebê ligado à placenta não tem embasamento científico

O parto de lótus implica em deixar o cordão umbilical se desprender naturalmente, ligado à placenta - Shutterstock
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Publicado em 22/06/2020, às 12h06 - Atualizado às 16h56 por Yulia Serra, Editora de conteúdo especializado | Filha de Suzimar e Leopoldo


O parto de lótus implica em deixar o cordão umbilical se desprender naturalmente, ligado à placenta (Foto: Shutterstock)

Você já ouviu falar em parto de lótus? Apesar do nome, o Dr. Igor Padovesi, médico ginecologista e obstetra, pai de Beatriz e Guilherme, esclarece que não diz respeito ao ato de dar à luz, mas o pós: “É uma prática de não cortar o cordão umbilical do bebê e deixar ele cair sozinho, ligado à placenta”. Durante a gestação, o feto dentro do útero se liga até a placenta através do cordão umbilical, sendo responsável por fornecer os nutrientes necessários para o desenvolvimento do bebê, e esse método propõe uma separação gradual.

O que muda? 

“Depois que o bebê nasce, a gente normalmente corta o cordão. No parto de lótus, você não faz isso, mas espera ele se desprender naturalmente, o que costuma acontecer de 7 a 10 dias depois”, explica. Nesse período interligado, acredita-se que o bebê continuaria recebendo nutrientes através do cordão umbilical, por se manter ainda ligado à placenta.

Essa prática tem o objetivo de não ter intervenções externas no processo (Foto: reprodução/Pinterest)

O especialista reforça: “É por uma crença de tornar o processo o mais natural possível, não fazer nenhuma intervenção. Então não tem nenhum benefício e nenhum grande risco”. Segundo ele, é uma prática quase religiosa e cultural de pessoas que procuram esse procedimento humanizado, tanto que nunca presenciou isso dentro do hospital.  

A prática tem relação com quem busca o método mais natural possível (Foto: Getty Images)

Como funciona? 

O parto de lótus prevê um processo sem nenhuma intervenção externa, ou seja, após o nascimento do bebê, seja através do parto normal ou cesárea, a mãe expulsa a placenta, que costuma acontecer depois de 30 minutos, e os médicos não fazem o corte do cordão umbilical. Dr. Igor pontua: “Embora não ofereça nenhum grande risco, placenta é tecido e funciona como uma carne fora da geladeira por uma semana. Apodrece”. 

Até por essa questão, manter a placenta pode oferecer riscos à saúde do bebê, causando infecções se não for bem cuidado. “Eu absolutamente não recomendo, porque não há nenhum fundamento científico”, afirma. Os pacientes que optam por esse método costumam encher uma bolsa térmica com gelo ou colocar flores para inibir o cheiro. 

O bebê fica conectado à placenta por cerca de 7 a 10 dias (Foto: reprodução/Pinterest)

As recomendações 

De acordo com o ginecologista, a única recomendação baseada em fundamentos científicos em relação ao cordão umbilical é que o clampeamento não seja feito de imediato. “A não ser que o bebê nasça e precise ser entregue para reanimação neonatal, a gente deve aguardar para fazer o clampeamento tardio do cordão umbilical,  entre 1 e 3 minutos, ou depois de parar de pulsar”, finaliza.

Dr. Igor não recomenda o parto de lótus por não ter fundamento científico (Foto: Shutterstock)

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