Publicado em 05/10/2018, às 14h16 - Atualizado em 30/01/2020, às 19h24 por Marina Paschoal, filha de Selma e Antonio Jorge
Você já deve ter ouvido falar que temos bactérias “do bem” e “do mal” no nosso intestino. O conjunto de todas elas, segundo o pediatra Dr. Marcello Pedreira, é o que forma a nossa flora intestinal – ou, cientificamente falando, a microbiota intestinal.
São essas bactérias as responsáveis pela produção de alguns nutrientes e vitaminas importantes para o nosso intestino, além de auxiliar na digestão e absorção de alimentos. “Elas ainda ajudam a regular o funcionamento intestinal, prevenindo infecções, e estimulam a nossa imunidade”, Dr. Marcello esclarece.
Quando um bebê nasce, ele tem pouquíssimas dessas bactérias e é ao longo dos três primeiros anos que acontece o amadurecimento da sua flora intestinal. “No momento do parto, principalmente se for parto normal, o bebê já tem o primeiro contato com as bactérias presentes no canal vaginal da mãe. Na primeira mamada, ele ingere grande quantidade de bactérias benéficas presentes no leite materno e, dessa maneira, começará a formar uma flora intestinal saudável”, o médico explica.
Mas não se engane: não existem apenas as bactérias do bem no nosso intestino. “Existem também aquelas que podem causar doenças em situações de desequilíbrio”. Ou seja, quando as “ruins” são maioria. Um intestino saudável é aquele em que as bactérias boas ocupam maior espaço e competem por nutrientes. “As do bem não deixam as bactérias do mal crescerem além do limite no intestino”, comenta o médico.
Para manter o intestino em dia e equilibrado, uma boa alternativa é recorrer aos probióticos, que são produtos que contêm microrganismos bons e, de acordo com a Organização Mundial da Saúde, é benéfico quando consumido em quantidades adequadas. “Os probióticos nada mais são do que os próprios integrantes da nossa flora saudável que são oferecidos com o objetivo de repovoar o intestino e nos protegerem do supercrescimento das bactérias e vírus causadores de doenças”, Dr. Marcello esclarece.
– FAO/OMS. Probiotics in Food. Health and Nutritional Properties and Guidelines for Evaluation. In: FAO Food and Nutrition Paper 85, Roma, 2006.
– International Life Sciences Institute. Europe. Probióticos, Prebióticos e a Microbiota Intestinal, 2013.
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