Publicado em 19/08/2021, às 07h52 por Mayra Gaiato
Uma grande preocupação recente de pais de crianças pequenas é a perda de estímulos que a pandemia trouxe como uma das suas consequências, além de tantas outras emocionais. Por mais de um ano as crianças estiveram afastadas de vários espaços de convivência, em especial das escolas, ambiente que propiciava acesso a recursos pedagógicos e sociais. Nas interações com outros pares, os pequenos têm oportunidades de aprendizagem infinitas – as brincadeiras ensinam troca de turno (minha vez, sua vez), ensinam limites, frustrações, empatia e muito mais!
Em casa, as crianças ficaram isoladas. Ainda que os pais deem seu melhor para proporcionar um ambiente saudável, o complemento escolar faz falta para a educação e construção de outros comportamentos e cognição. Durante a “espera” pelo retorno à vida “normal”, os pequenos acabaram tendo mais acesso à telas, menos interação com o outro, muitas apresentaram problemas com sono, aumento da irritabilidade, ansiedade e tristeza.
Alguns ainda eram bebês quando o isolamento começou e acabaram ficando com atrasos no desenvolvimento. Muitos pais estão preocupados com os possíveis déficits na comunicação e na socialização dos filhos, justificando esses prejuízos por causa da pandemia. Porém, precisamos ficar atentos ao fato de que distúrbios do neurodesenvolvimento, que vão além do período de isolamento social, podem estar presentes! A diminuição do acesso ao ambiente escolar e social não necessariamente justifica alguns fatores.
Muitas vezes os atrasos começam a ser percebidos em função de transtornos, como o autismo. Hoje, o TEA está em 1 a cada 54 crianças, segundo dados do CDC (Centro de Controle de Saúde Americano). Por mais que os pequenos realmente tenham passado um tempo recebendo poucos estímulos, eles não ficaram isolados em uma bolha. Todo tipo de contato, ainda que só com pais, familiares ou cuidadores, tem papel fundamental para aprimorarmos a arte de sermos humanos.
Pode ser que você já tenha ouvido falar da “criança lobo”, que foi encontrada em uma floresta criada por animais e totalmente sem acesso a pessoas. Nesse caso sim, o indivíduo ficou totalmente privado de interação social, resultando em um desenvolvimento totalmente diferente, justificado pela falta de convívio.
Já os nossos bebês, mesmo que de forma bastante reduzida, têm acesso aos familiares, à linguagem, à interação. Ou seja, tiveram oportunidades de trocas e receberam vários estímulos importantes. Alguns exemplos de atrasos no desenvolvimento que não necessariamente se relacionam com a baixa interação social são:
Se a criança apresenta um ou mais desses déficits é importante pedir avaliação de uma equipe especializada em desenvolvimento infantil. Seja qual for a causa, atrasos podem ser graves e, quanto antes cuidados, maiores são as chances dessa criança de recuperar os prejuízos. A pandemia não justifica Transtornos do Desenvolvimento!
Os pais podem e devem mudar a conduta em casa e passar a brincar e estimular diretamente a criança, quanto mais conseguimos nos dedicar à ensinar novas habilidades e aumentar repertório dos nossos filhotes, melhor será para o crescimento deles. E, se mesmo assim, passado um tempo, as melhoras não forem percebidas, é necessário buscar intervenção profissional o mais rápido possível! E a principal dica é iniciar um trabalho de estimulação intensiva logo que os atrasos são notados.
As terapias e estimulações são totalmente benéficas para os pequenos! Independente de diagnóstico ou transtornos do desenvolvimento, incentivar que o cérebro dos pequenos aprenda mais sempre será positivo.
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