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O casal Mariana Goldfarb e Cauã Reymond resolveu optar pelo congelamento de óvulos: “frustrante”

O casal Mariana Goldfarb e Cauã Reymond resolveu optar pelo congelamento de óvulos: “frustrante” - Reprodução/Instagram
Reprodução/Instagram

Publicado em 09/11/2022, às 06h15 - Atualizado às 06h17 por Redação Pais&Filhos


Pensando em ter mais filhos e aumentar a família, o casal  Mariana Goldfarb e Cauã Reymond resolveu optar pelo congelamento de óvulos. Porém, a modelo fez um desabafo sobre já ter passado por dificuldades para realizar o procedimento.

Estreando seu podcast “C/Alma” com a primeira convidada Gabriela Pugliesi, as duas compartilharam suas experiências difíceis e até mesmo decepcionantes com o procedimento. A influenciadora conta que congelou seus óvulos antes de ter o primeiro bebê. Ela acabou de dar à luz o filho Lion com o artista plástico Túlio Dek.

“Cara, eu chorei com o seu vídeo contando como foi o seu processo. Muitas mulheres passam por isso. Eu congelei agora recentemente, eu lembrei muito de você, porque foi muito frustrante. A minha médica me deu uma dosagem hormonal menor, porque eu não podia inchar muito e nem ter muitas oscilações por causa do trabalho”, afirmou Mariana.

Mariana Goldfarb (Foto: Reprodução/Instagram)

“A gente ainda não sabe se sou eu que tenho isso no meu DNA ou se foi pela quantidade de hormônios que eu tomei, mas eu tirei pouquíssimos óvulos”, continua a modelo. “Fiquei muito frustrada e chateada. A médica falou que a gente teria que fazer mais três ou quatro vezes”, desabafou. O ator Cauã Reymond já tem uma filha com a ex, Grazi Massafera, e o casal ainda não tem nenhum.

A influenciadora também compartilhou da experiência de retirada de óvulos e conseguiu quatro bons. Ela afirmou que fez inseminação artificial e outros procedimentos, antes de conseguir engravidar naturalmente.

“Muita gente tem vergonha de congelar e de falar que está congelando, porque às vezes parece que não está bem no casamento ou que não sabe se vai ser mãe. E tem uma pressão enorme da gente ter que ser mãe”, falou Mariana Goldfarb sobre o tabu social existente.

Congelamento de óvulos: 5 maneiras de apoiar alguém que está passando pelo processo

Betsy Ducat mora em Hoboken, Nova Jersey, e decidiu congelar os óvulos aos 48 anos de idade. Segundo ela, essa foi uma decisão tomada a partir da vida que estava levando. “Eu não estava envolvida em relacionamento algum e já estava em um ponto que me sentia preparada para ter um bebê sozinha”, declarou. Assim, começou um processo vivido por mais de 10.000 mulheres todos os anos só nos Estados Unidos.

O endocrinologista especializado em reprodução Thomas Kim, em entrevista ao Portal Parents, explica que o processo de congelamento de óvulos pode representar uma mudança no sistema reprodutor feminino – já que, essencialmente, representa uma “pausa” na fertilidade da mulher. Contudo, essa mulher toma essa decisão baseada em uma série de fatores: pode estar focada na carreira, não está pronta para ter filhos ou ainda não encontrou um parceiro para construir uma família, detalha ainda o doutor Kim.

Mesmo este processo sendo importante no empoderamento de mulheres, as pressões e angústias que envolvem o congelamento de óvulos podem ser muito estressantes. Por isso, além de conversas com especialistas, é muito importante ter contato com mulheres que viveram a experiência na própria pele – conforme também detalha Thomas Kim.

Mulher triste com fundo cinza
O processo de congelamento de óvulos pode ser muito estressante para as mulheres! (Foto: Getty Images)

Assim, Betsy conta que a conversa com mulheres mais maduras com relação ao assunto foi muito importante para que se sentisse confortável com a própria decisão. O contato com mães que passaram pelo congelamento de óvulos foi um dos maiores responsáveis para que conseguisse ter a filha de pouco mais de 1 ano – graças ao procedimento.

Dada a importância da rede de apoio às mulheres que optam pelo congelamento de óvulos, muitas vezes pode ser difícil escolher as palavras certas de acolhimento. Por isso, é importante que tanto aqueles que demonstram apoio quanto aquelas que se submetem ao congelamento estejam curiosos para ir sempre além do conhecimento base, aconselha também Thomas Kim. Quando se trata de garantir o conforto de mulheres submetidas ao congelamento, é essencial que as dúvidas sejam uma rotina para que se tenha conhecimento de todas as realidades. E aqui estão boas dicas para uma comunicação de sucesso!

Seja curioso!

Quanto mais for discutido o processo de congelamento de óvulos, mais mulheres se sentirão seguras e confortáveis para tomar conta da própria fertilidade, alerta ainda o Dr. Kim – mesmo que esta seja uma conversa muitas vezes desconfortável. “Não é o tipo de conversa que se têm no elevador”, brincou Betsy.

Ela conta também que, mesmo sendo uma mãe que se sente bem em compartilhar a própria experiência com congelamento de óvulos, o desconforto começa quando percebe que é sempre a primeira a iniciar o assunto nas rodas de conversa. “Não se falava sobre o tema até que eu mesma contasse novidades da minha saúde – e então as pessoas se mostravam bastante curiosas e interessadas”.

Seja curioso para ajudar alguém que está passando pelo congelamento de óvulos! (Foto: iStock)

Para aqueles que não sabem exatamente como tocar no debate sem parecerem indelicados ou ofensivos, Betsy sugere a inserção do congelamento de óvulos em conversas comuns sobre a construção de uma família ou trajetórias pessoais. 

“Existem tantas maneiras pelas quais isso pode acontecer que não envolvem o congelamento de óvulos especificamente. Não necessariamente a pergunta, ‘você está esperando uma criança?’ – mas ainda assim é um caminho para uma conversa mais leve sobre o assunto”, aconselha.

Diálogo é fundamental

“Nossos registros revelam o que a maioria das pacientes precisa nesse momento. Neles, observa-se uma necessidade de apoio emocional em comum antes mesmo da primeira consulta das futuras mães”, explicou Dr. Kim.

É extremamente importante o diálogo entre quem está inserido no processo – e quem o acompanha de fora (Foto: iStock)

O apoio em questão pode variar de mulher para mulher. Sendo assim, pergunte! Demonstre interesse e pro-atividade na hora de questionar uma mãe que está passando pelo congelamento de óvulos. Pergunte o que ela precisa: desde acompanhamento em consultas médicas até palavras de apoio no processo.

Ajude a fazer pesquisa

Todo o processo do congelamento de óvulos pode ser muito pesado, porque a maioria das mulheres que está inserida nessa situação não sabe o que esperar, aponta mais uma vez Dr. Kim. Betsy relembra, assim, que mesmo que você seja sortuda o suficiente para fertilizar uma grande quantidade de óvulos, isso não significa que você terá essa mesma quantidade de embriões no futuro.

Nesse contexto, Betsy conta que, dos 11 óvulos que foram fertilizados com sucesso, apenas 9 sobreviveram ao descongelamento, e só 7 passaram pela fertilização. “E apenas um foi testado como geneticamente normal!”, ainda complementa. “Então eu tive exatamente uma única chance e deu certo. Saber mais sobre o processo enquanto eu estava nele teria sido muito mais reconfortante”, declarou.

Pesquise sobre o congelamento de óvulos! (Foto: iStock)

Se oferecer para conhecer clínicas que sejam acessíveis para mulheres interessadas no procedimento; entender o processo geral de congelamento de óvulos e até mesmo encontrar grupos de apoio de pessoas que tenham se submetido ao experimento e possam falar melhor sobre o assunto podem ser maneiras de ajudar. Isso porque, quanto mais uma pessoa conhece o trabalho, menos preocupada se sente com possíveis imprevistos.

Esteja disposto a auxiliar problemas físicos da paciente

Mesmo que algumas pacientes consigam retomar à rotina normal no dia seguinte do procedimento, Dr Kim conta que é normal que algumas delas sintam sintomas muito semelhantes ao da tensão pré menstrual – a famosa TPM! Isso ocorre por causa da carga hormonal que envolve o processo do congelamento, além dos medicamentos envolvidos no tratamento. Além disso, locais de injeções podem ficar vermelhos ou roxos.

“Por isso, é importante que a paciente tenha uma rede de apoio disponível para auxiliá-la em quaisquer sintomas de mal-estar. Falando em termos técnicos, elas precisam de alguém que as ajude nesse período pós congelamento, e enquanto elas estiverem sob anestesia”, declarou ainda Thomas Kim. Assim, se oferecer para levar a amiga ao local do processo ou ajudar a cuidar da paciente no período de recuperação pode ser uma boa dica!

Forme uma rede de apoio diversa

Betsy conta que ajudou muito o fato de que a maioria das suas amigas estavam passando por processos em torno da fertilidade na mesma época. “Uma de nós se envolveu em um processo de congelamento de óvulos e fertilização in vitro; outra estava somente na fertilização in vitro; outra ainda teve dois partos normais e uma outra decidiu não ter filho algum – e é uma tia maravilhosa!”, brincou a mãe.

Forme uma rede de apoio diversa! (Foto: iStock)

Contudo – e infelizmente – nem todas as mulheres tem um grupo de amigos saudável e disponível para diálogos enriquecedores, e é por isso que grupos online de conversa podem ser muito importantes nessa fase. Existem diversas comunidades, como a Warriors, a Egg Freezing Supporting Community e a Resolve – em portais online gringos. Mesmo assim, é válida uma busca aprofundada em fóruns online brasileiros para auxiliar as futuras mães em todas as fases do congelamento de óvulos!

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