Seria o começo da cura? Chineses estudam célula do coronavírus para impedir que se multiplique
Os cientistas testaram 10 mil substâncias que poderiam interromper a replicação do Sars-CoV-2 e encontraram 6 compostos que podem ser cruciais na produção de vacinas e medicamentos
Resumo da Notícia
- Cientistas chineses mapeiam enzima do coronavírus para inibir reprodução
- Eles encontraram 6 compostos que podem ser cruciais na produção de vacinas e medicamentos
- Para acelerar as pesquisas, eles disponibilizaram esse resultado para 300 grupos de pesquisa
- Veja como foi feito esse estudo
Um estudo feito na Universidade SanghaiTech, na China anunciou uma descoberta que poderá ajudar na luta contra o novo coronavírus. O estudo, que foi publicado pela revista Nature, identificou a estrutura da principal protease, a enzima que constitui o novo coronavírus – Sars-CoV-2.
A enzima é chamada Mpro e tem um papel fundamental nos processos de duplicação, na divisão celular, que faz com que o vírus se espalhe rapidamente. Com essa descoberta, os pesquisadores poderão desenvolver medicamentos e substâncias que possam bloquear os processos de replicação do vírus.
Usando um software, os pesquisadores identificaram a protease e a transformaram em um modelo 3D. Logo em seguida usaram outro programa de computador para avaliar mais de 10 mil compostos que poderiam inibir a reprodução.
Os porta-vozes da pesquisa disseram que descobriram seis substâncias que seriam capazes de inibir o funcionamento da enzima. Eles defenderam em declaração à imprensa que essa descoberta dará pistas sobre quais medicamentos podem ser utilizados contra o coronavírus e ajudar, ainda, no desenvolvimento de vacinas.
Para tornar as descobertas mais rápidas, os cientistas disponibilizaram as informações encontradas para mais de 300 equipes de pesquisa ao redor do mundo.