Publicado em 01/07/2019, às 12h36 - Atualizado em 02/07/2021, às 13h44 por Dr. Igor Padovesi
Recentemente recebi uma paciente que se sentia muito frustrada após tentativa falha de parto natural domiciliar. De forma emocionante, ela contou como havia se preparado para aquela que seria a “experiência mais transformadora da vida” dela. O “empoderamento” que acabou não acontecendo e a terrível frustração de ter “morrido na praia”, indo parar no hospital para uma “terrível” cesariana depois de horas de trabalho de parto.
Com todo respeito às diferentes visões, fatores culturais e até psicológicos que envolvem o parto, como obstetra sempre faço um alerta: por mais que a mulher se prepare de todas as formas, o desfecho do nascimento simplesmente não depende dela. E em cerca de 20% das vezes, a cesárea será, SIM, necessária. É fato que a assistência obstétrica no Brasil ainda é muito precária. Motivo pelo qual nosso país é um dos líderes mundiais em cesáreas consideradas inadequadas.
Em muitos hospitais – especialmente os particulares, onde as cesarianas chegam a 90% – o obstetra do plano de saúde não possui disponibilidade para acompanhar partos normais. E isso acontece porque ele não tem remuneração compatível com a demora e a imprevisibilidade dos trabalhos de parto. Nesse contexto é que surgem as cesáreas por indicações duvidosas e que muitas vezes são feitas antes da maturidade fetal adequada (39 semanas).
Triste, mas uma realidade que ficou bem documentada em um estudo feito pela Fiocruz. Apesar do problema se concentrar nas maternidades privadas, a maioria dos hospitais do SUS também praticam condutas ultrapassadas. Resquício de décadas de uma cultura obstétrica muito intervencionista.
Aos poucos essa mentalidade tem mudado, mas ainda encontra bastante resistência. Por isso, algumas mulheres que desejam um parto normal acabam optando pelo parto domiciliar como uma “fuga do sistema” – um gigantesco engano. A opção pelo parto domiciliar implica inevitavelmente em abrir mão da segurança.
Bebês nascem naturalmente e de forma tranquila na grande maioria das vezes, mas podem ocorrer eventuais e gravíssimas complicações, mesmo em gestações de absoluto baixo risco. Essa pode ser realmente uma experiência transformadora, especialmente para mulheres que têm visão ideológica e que enxergam o as dores das contrações como forma de empoderamento.
Mas é bom lembrar que, em alguns casos, as coisas simplesmente não vão acontecer como planejadas, e sem que isso represente falha da mãe, dos pais, da alimentação, do clima ou do Ministério da Saúde.
Sempre digo: o parto deve ser um meio e não um fim. O objetivo é que mãe e bebê fiquem bem, saudáveis e seguros. O pós-parto, o chamado puerpério, já é um período bastante difícil e delicado. Tudo que a mulher não precisa nesse momento é carregar uma frustração ou culpa por não ter tido o parto da forma como idealizou.
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