Publicado em 17/10/2019, às 15h58 - Atualizado às 18h21 por Redação Pais&Filhos
Zakiya Milhouse tomou um susto quando o seu filho de sete anos voltou da escola na última terça-feira, 15 de outubro, com um tiro na testa. Mas, calma, era uma maquiagem de efeitos especiais produzida durante a aula de teatro que Amonn Jackson frequenta em Birmingham, no Reino Unido.
O que era para ser apenas uma aula diferente, se tornou um pesadelo. “Então eles fizeram isso na aula de teatro e o professor disse que é como se tivesse levado um tiro. Eu não gostei! Não me importo se é Halloween ou NÃO! Essa é a realidade dos nossos jovens negros. Se você o viu pessoalmente, parecia real.”, escreveu Zakiya em um desabafo em sua rede social.
A mãe informou que teve que assinar um formulário autorizando o filho a participar da aula de maquiagem, mas garante que o resultado ultrapassou todos os limites e acredita que não seja condizente com o plano de aula.
O diretor entrou em contato com a família, afirmando que nenhuma criança foi forçada a participar das aulas e que Jackson escolheu pintar a testa, entretanto, contou que o professor não tinha ciência das possíveis consequências. “Ele disse que isso era inaceitável. Ele não achou que fosse um grande problema”, relembrou a mãe sobre a conversa com o diretor.
Assim que o ocorrido repercutiu, a escola emitiu uma nota de esclarecimento e afirmou que mudarão o plano de estudos das crianças. “O professor também afirmou que o único objetivo no ensino de técnicas de maquiagem é ajudar os alunos a apreciar e entender os elementos técnicos das artes cênicas. Como um sistema escolar culturalmente responsivo, as Escolas da Cidade de Birmingham levam essas questões muito a sério e não toleram a natureza gráfica desta lição sobre efeitos especiais. Lamentamos quaisquer problemas e percepções que esse incidente possa ter causado e essa parte da lição será removida da unidade”, informou.
A maior preocupação da família foi o fato de que Birmingham é considerada a segunda cidade que possui a maior taxa mortífera do país. Aliás, cerca de 82,6% das vítimas de homicídio em Birmingham são afro-americanas.
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