Família

“Eu sou uma mulher e mãe muito mais forte e corajosa perto dos 40”, diz Daiana Garbin

Daiana Garbin falou sobre maternidade, o primeiro ano de vida de Lua e a relação com Tiago Leifert - reprodução/Instagram/@garbindaiana
reprodução/Instagram/@garbindaiana

Publicado em 21/07/2021, às 14h47 - Atualizado às 14h49 por Yulia Serra, Editora | Filha de Suzimar e Leopoldo


Daiana Garbin foi mãe aos 38 anos e comentou sobre o amadurecimento e até planejamento necessário para dar à luz Lua. Em entrevista exclusiva para a Pais&Filhos, a escritora contou tudo sobre o processo de reprodução assistida, gestação e o primeiro ano de vida da filha em meio a uma pandemia. Ela também elogiou Tiago Leifert no papel de pai. Confira o bate-papo completo.

Daiana Garbin falou sobre maternidade, o primeiro ano de vida de Lua e a relação com Tiago Leifert (Foto: reprodução/Instagram/@garbindaiana)

Ser mãe sempre fez parte dos seus planos?

Quando eu era mais nova, não pensava muito nisso. Sempre pensei primeiro na carreira, em ser uma mulher independente e foi até por isso que acabei postergando a maternidade. Desde que meu primeiro sobrinho nasceu, e ele tem 18 anos agora, eu comecei a pensar na possibilidade, mas o desejo mesmo surgiu depois da minha sobrinha, que hoje tem 8 anos. Ela mudou minha vida, porque foi a primeira vez que vi uma criança crescer bem próxima. Desde então, eu ficava naquelas “acho que ainda não estou pronta”, e quando chegou no momento que eu falei: “Legal, acho que agora estou pronta”, era tarde. Eu estava com 36 anos e nesse momento que a gente percebe que nossa vida mudou muito, mas o nosso relógio biológico permanece igual.

O que você fez a partir desta notícia?

Eu tentei engravidar naturalmente por 2 anos, e depois desse tempo decidimos procurar um médico, porque de fato não consegui. Nós fizemos todo o processo de fertilização in vitro e conseguimos dois embriões. O primeiro que implantamos não deu certo, nem implantou. A Lua foi a segunda tentativa e graças a Deus deu tudo certo.

Como foi receber o positivo e os nove meses de gestação?

Muito emocionante. A gente abriu o exame juntos. Se o primeiro exame desse positivo, ainda precisaria realizar um segundo dois dias depois para confirmar. Então foi uma alegria muito grande. Mas eu ainda demorei a acreditar. Quando eu fui fazer o primeiro ultrassom, perguntei para o médico: “Mas você tem certeza que estou grávida?”. Eu dizia que só iria acreditar quando ouvisse o coração, então o doutor me colocou para ouvir e eu quase morri de felicidade. É uma sensação que não dá para descrever em palavras, mesmo procurando no dicionário inteiro.

Como foram os 9 meses de gestação?

Eu tive uma gravidez muito tranquila considerando o contexto. Eu fiz a implantação no começo de fevereiro e um mês depois a OMS declarou a pandemia. Por conta do medo de pegar a doença, da falta de informação, eu fiquei trancada em casa o máximo que pude, só saía para ir ao médico. Eu fiz muita meditação. Demorei 38 anos para engravidar, e quando engravido não podia dividir isso pessoalmente com ninguém. Minha família e minhas amigas não me viram grávida. Eu sei que é algo que não volta mais, mas apesar disso, eu escolhi viver da melhor forma possível. Eu me sinto muito privilegiada por ter tido uma gestação saudável.

Como foi a adaptação com a sua filha em casa?

Eu tenho muita sorte, porque a Lua é uma bebê muito tranquila. Desde a maternidade, dormia superbem, sempre rindo. Ela não dá trabalho. Eu falo que demorei tanto, porque Deus estava preparando um anjinho pra mim. Ela só chora se está com fome, sono ou alguma dor na barriga. Eu me preparei muito para a minha maternidade. Por ter passado tantos anos com medo de como seria, eu fiz muita análise e terapia. De tanto que eu tinha medo e me preparei para ser muito difícil, foi ótimo.

Até o momento, qual a parte mais difícil da maternidade?

O começo da amamentação, os primeiros 20 dias. É o peito que vira pedra, o bico que racha, sangra, é uma dor insuportável… Você fica desesperada. Isso foi algo que não me preparei o suficiente. Eu não imaginei que pudesse ser tão difícil. Quantas vezes eu amamentei chorando… Mas é uma fase, quando a gente consegue superar esse momento, é tão gostoso.

E a mais prazerosa?

Quando ela me olha e fala “mamã”, quando ela acorda de manhã batendo palma e me chamando, pegar ela no colo, amamentar agora… A parte mais prazerosa é essa interação. Eu não tinha noção do quanto a gente recebe de um bebê através de afeto, olhares, sorrisos, abraços… É uma troca muito bonita, um amor que não imaginei que pudesse ser tão especial.

Como é o Tiago Leifert como pai? É diferente do que você imaginava?

Eu sabia que ele seria um pai maravilhoso, porque ele é um tio maravilhoso. O que eu não pensei é que ele ficaria acordado até 5h da manhã cuidando dela para que eu pudesse dormir. Quando vocês assistiam ao BBB e ele estava com olheiras fundas, é porque na noite anterior ele havia feito isso. Ele é muito especial, afetuoso, carinhoso e eu falo que ele é um baita companheiro. Além de cuidar muito da Lua, ele cuidou muito de mim no pós-parto. Não teve nenhum dia que ele não perguntasse: “Você está bem? Você precisa de alguma coisa?”. Ele foi fantástico.

Você foi mãe mais tarde. Como enxerga isso?

Eu fui mãe no melhor momento que eu poderia ter sido. Hoje eu olho para trás e vejo que não estaria tão feliz e levando isso, que é uma tarefa árdua e difícil, com tanta leveza se tivesse sido mãe mais jovem. A maturidade e a
vida nos ensinam muito. Eu sou uma mulher e mãe muito mais forte e corajosa perto dos 40.

Você deu à luz em meio a uma pandemia. O que passou pela sua cabeça e ainda passa nesse momento?

A minha maior preocupação sempre foi não pegar coronavírus, então tomo muito cuidado. Eu sinto permanentemente saudade. Eu queria que meus irmãos e amigas pudessem conhecer a minha filha. Essa convivência com os meus pais nesse primeiro ano que não vai existir… Toda vez que eu olhar o álbum da Lua, vou sentir saudades de não ter fotos com a minha família, não ter vivido isso. Mas eu também vou ter tanta coisa para contar para ela sobre como estava o mundo quando ela nasceu, que vai ser muito interessante.

Como tem sido esse primeiro ano com a sua filha em casa?

Eu estou priorizando bem mais a Lua, estou pegando poucos trabalhos, porque já trabalhei tanto na minha vida que quero curtir (rs). O primeiro ano de uma criança tem uma importância muito grande na saúde, no vínculo, então quero estar o mais presente possível.

Como pretende conciliar carreira e maternidade daqui pra frente?

Eu tenho o privilégio de ser a minha própria chefe, então não vou ter dificuldade. O meu trabalho principal é escrever os meus livros, já escrevi dois e a partir de agora pretendo começar a pensar no terceiro. Nos próximos anos, acho que vou trabalhar um pouco menos para curtir ela.

Como mãe de uma menina, o que quer ensinar e deixar para a sua filha?

Tanta coisa. Em primeiro lugar, quero ensinar respeito, que é a coisa mais valiosa que meus pais me ensinaram, e também a independência. Eu pretendo conseguir ensinar ela a ser uma mulher forte, que luta pelos sonhos e que possa ser livre para ser o que quiser.

Você tem vontade de ter mais filhos e aumentar a família?

Não. Eu sempre tive vontade de ter um filho só e estou muito feliz com a Lua. Estou curtindo muito, ter uma menina é uma delícia.

Para você, família é tudo?

Sem dúvida nenhuma! É um amor, é o nosso porto seguro. O lugar em que você se sente confortável, acolhida, segura, amada.


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