Publicado em 21/10/2020, às 11h26 - Atualizado em 31/03/2021, às 13h37 por Cinthia Jardim, filha de Luzinete e Marco
É comum as crianças expressarem os sentimentosa partir das emoções, inclusive pela raiva. Mas quando ela sai do controle, é preciso ficar de olho quando o assunto é o desenvolvimento infantil. Dizer ao seu filho para “se acalmar” pode não ser a melhor opção, afinal, é preciso mostrar alternativas durante os momentos de frustração ou estresse.
Segundo Patrícia Santos, especialista em Anger Management (Gerenciamento da Raiva), pela National Anger Management Association, nos EUA, até os quatro anos, por exemplo, uma criança pode ter até nove acessos de raiva por semana, incluindo episódios de chutes, socos, empurrões e choro. Contudo, as frustrações não devem ser eliminadas, pois é necessário ter desconfortos e decepções para desenvolver a autoconfiança e a resiliência. Para entender melhor sobre o assunto, a especialista tirou as principais dúvidas de como enfrentar a situação na família.
Por causa do sistema nervoso, o córtex pré-frontal ainda está imaturo e em desenvolvimento. Portanto, algumas habilidades da regulação de emoções podem passar por estresses, emoções e frustrações intensas.
Apesar de ser apenas uma fase, os pais não podem deixar de ficar de olho. Segundo a Escola de Medicina de Yale os problemas de raiva na infância também podem vir acompanhados de outras condições de saúde mental como, por exemplo, Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), autismo, transtorno obsessivo-compulsivo e Síndrome de Tourette.
Nos momentos de raiva, é fundamental apoiar a criança e ajudá-la a explorar jeitos de regular o emocional. Durante o processo, desenvolver essa maturidade auxilia na promoção da felicidade e do bem-estar. O primeiro passo quando a criança tiver uma crise de raiva, é incentivar a respiração e fazer com que ele preste atenção nela.
Reagir de forma agressiva ao comportamento da criança pode soar bastante negativo no processo de desenvolvimento. Então, ameaçar ou gritar pode engatilhar os modelos de comportamento que você está tentando desencorajar na criança.
Portanto, é muito importante manter o autocontrole, mesmo que ele tente testar os limites. Quando o momento de raiva passar, é importante sentar e conversar sobre o que aconteceu, porque durante os episódios, o entendimento é bloqueado pela criança.
Todas as vezes que o seu filho conseguir se controlar, é muito importante valorizar o avanço e elogiá-lo. Apesar das diversas dicas, é essencial compreender quais são os gatilhos que o deixam com raiva e dar um cuidado especial sem julgamentos e sem reações instantâneas pelo comportamento.
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