Tempo seco: dicas para enfrentar o momento e proteger a saúde do seu filho

Além do calor, diversas famílias estão enfrentando o clima seco, bastante comum nesta época do ano, e que acaba trazendo vários riscos para a saúde. Com alguns cuidados simples no dia a dia, é possível fazer a diferença para garantir o bem-estar das crianças.

Conversamos com o otorrinolaringologista, Dr. Alexandre Colombini, para tirar as principais dúvidas sobre esse período e descobrir o que fazer para que a família toda fiquem bem! Confira as dicas de ouro para driblar o problema dentro de casa.

O tempo seco pode ser prejudicial à saúde?

“Sem dúvida nenhuma”, começa explicando o especialista. Com as temperaturas altas e a secura, o nosso organismo acaba perdendo água o tempo todo, o que leva a desidratação. Por consequência, podemos sentir dores de cabeça, a sensação de fraqueza, mal-estar e indisposição. Crianças e idosos podem sofrer até de confusão mental.

O tempo seco também afeta mais especificamente nosso sistema respiratório. “Ele resseca a mucosa que foi feita para ser úmida e funcionar como um mecanismo de defesa para o organismo”, afirma o médico. Assim, perdemos essa função de defesa e ficamos mais propensos a ter doenças respiratórias, como gripe, sinusite, asma e bronquite.

Quais os benefícios do uso do soro fisiológico?

Se o ressecamento da mucosa respiratória é prejudicial, o soro vem exatamente para combater isso! O uso ajuda a umidificar e hidratar a área, melhorando o funcionamento da defesa contra doenças respiratórias. Além disso, os sintomas de secura e congestão nasal também acabam sendo aliviados.

Quais sintomas é possível notar nas crianças sobre a baixa umidade do ar?

Dr. Alexandre reforça que o ressecamento da mucosa nasal causa desconforto nas crianças. Outro fator é a respiração ofegante, que também ocorre pela perda de líquido. “É muito importante, nesses dias de baixa umidade do ar, fazer tanto a lavagem nasal com soro fisiológico quanto a reidratação através de água, sucos, água de coco”, explica.

O sangramento nasal é comum nesta época do ano? 

Durante o período de tempo seco, o sangramento é uma queixa muito comum entre as famílias. O médico aponta duas causas principais para esse problema. A primeira é a formação de casquinhas no nariz das crianças por conta do ressecamento, o que as leva a cutucar o local e acabar ferindo com o próprio dedo ou a unha. Já em outros casos, a mucosa fica seca a ponto de criar fissuras ou rachaduras na entrada do nariz. Essa região é cheia de vasos e acaba sangrando.

É normal que os pais e os filhos acabem se desesperando ao verem o sangue escorrer, mas o primeiro passo para resolver a situação é se acalmar. A criança deve manter a cabeça reta, sem abaixar ou levantar, e com os dedos, fazer pressão no nariz (como se estivesse tampando mesmo). O especialista indica que a área deve ser pressionada por 5 minutos. Uma bolsa de gelo na testa também ajuda a diminuir vascularização da região. Esse processo deve ser suficiente para cessar o sangramento. Caso a técnica não acabe com o problema, ou isso esteja ocorrendo com frequência, o ideal é procurar um otorrinolaringologista.

Como manter a hidratação?

Aí vem um papel importante dos pais. Precisamos prestar atenção e garantir que as crianças estejam realmente se hidratando, enquanto elas se preocupam com a diversão no calor. “Essa hidratação pode ser através da água, sucos, isotônicos, água de coco, frutas. Os pais têm que acompanhar e manter uma hidratação adequada das crianças nessa época em que o clima está muito quente e muito seco”, diz o médico.

Toda família pode ajudar!

As famílias devem começar evitando a prática de atividades físicas ou brincadeiras nos horários mais quentes do dia. Para melhorar a sensação dentro de casa, os pais podem colocar bacias cheia de água em mais de um cômodo e pendurar toalhas úmidas nas portas. O umidificador também é ótimo para manter a umidade do ar controlada. Vale reforçar que manter as crianças hidratadas é essencial para garantir um bom funcionamento do organismo, o ideal seria ingerir, por dia, entre dois e três litros de água.